Outubro de 2021 – Vol. 26 – Nº 10

João Romildo Bueno

Moon river, wider than a mile

 I’m crossing you in style 

some day

 (Mancini & Mercer, 1961)

 

O SNDM E A ACADEMIA – Em 1941, durante a ditadura Vargas, cria-se o Serviço Nacional de Doenças Mentais e com um duplo propósito: administrar a rede de hospitais e colônias federais e criar um sistema de atendimento ambulatorial em psiquiatria. Assume a direção SNDM Adauto Junqueira Botelho que vê aprovada em 1944 a normatização da nova autarquia … E a rede de hospitais e colônias psiquiátricas federais criadas, adaptadas ou federalizadas não era pequena. uma vez que Juliano Moreira, declarado adepto do modelo “hospitalocêntrico” alemão criara no Rio de Janeiro o Centro Psiquiátrico Pedro II, a colônia em Jacarepaguá e que depois levaria seu nome.

Era praticamente impossível a manutenção de grandes hospitais colônias a partir do governo Arthur Bernardes (1918-1922) sem ajuda do poder central. Em psiquiatria, o poder central era representado por Juliano Moreira que passou a “influenciar” diversos nosocômios, como  o Hospital Franco da Rocha-Juquery em São Paulo, o Asylo da Tamarineira no Recife -, o São Pedro em Porto Alegre , o Hospital Colônia de Barbacena nas Minas Gerais, o Hospital Juliano Moreira em Salvador (antigo Hospício São João de Deus), o Juliano Moreira de Belém do Pará e…paramos por aqui

Sem dúvida, Juliano Moreira influenciou uma geração de psiquiatras, muitos presos ao modelo “médico-legal” como Heitor Carrilho, A.C. Pacheco e Silva, Heitor Carpinteiro Peres, Pedro Pernambuco e o próprio Adauto Botelho.

Administrar a rede pública federal de estabelecimentos nosocomiais em Psiquiatria à época era uma impossibilidade técnica, administrativa e,financeira.

Quanto a “mudar o modelo” para um atendimento ambulatorial era missão impossível.

Aproveitando a ocasião, Adauto Botelho reuniu no SNDM a nata da psiquiatria que trabalhava em serviço público: de Henrique Roxo – diretor do recém criado Instituto de Psiquiatria-IPUB, passando por seus sócios do Sanatório Botafogo: Antonio Austregésilo, Ulysses Vianna (pai) e Pedro Pernambucano; incorporou a escola do Recife herdeira de Ulisses Pernambucano com nomes como Lucena, José Octávio de Freitas, René Ribeiro. Nelson Pita, Luiz Cerqueira, Nelson Pires em Salvador e, por aqui no antigo Distrito Federal somou A.L. Nobre de Melo, J. Alves Garcia, Elso Arruda, I. Cunha Lopes, Inaldo de Lyra Neves Manta, Lysâneas Marcelino da Silva, Washington Loyello, Lysâneas Marcelino da Silva, Isaias Paim, e não parou a de arregimentar psiquiatras: Fraletti, Carvalhal Ribas, Osório Cesar, Durval Marcondes, Gerardo Frota Pinto, Vandick Pontes e por ai vai.

Mantinha relações mais próximas com Jurandyr Manfredini e Maurício de Medeiros, mas em sua ânsia de criar um “sistema de ensino em psiquiatria” que substituísse o gorado projeto ambulatorial, convidava, sutil e gentilmente, a todos: biológicos, psicanalistas, praxi terapeutas e hipnotistas.

Adauto Botelho deixou a direção do SNDM com a morte de Getúlio em 1954 … e a grande maioria dos postos de ensino em universidades federais e estaduais estava ocupada por aqueles que trabalharam – ou estavam trabalhando – no SNDM.

Em outras palavras, na década de 1950 somente o SNDM oferecia, para seus “coordenadores”, cursos de formação psiquiátrica fora da academia e os formados pela academia procuravam trabalho no SNDM.

Ulysses Vianna Filho – que conheceu Adauto Botelho antes de completar dez anos – disse-me que nunca entendeu a “burrice afetiva” de Adauto Botelho em não valorizar o trabalho de união da psiquiatria que fizera e vivia se lamentando que não tinha conseguido “implantar os ambulatórios”…coisa que não se conseguiu até os dias correntes …

A outra faceta do SNDM de Adauto Botelho era a incentivar o sistema de internato-residência das faculdades de medicina e transplantá-lo para a iniciativa privada: Casa de Saúde Dr. Eiras e Sanatório Botafogo ofereciam este tipo de “treinamento em serviço”.

Talvez Botelho devesse ter ficado com a universidade e o Manfredini com o SNDM …

De qualquer modo, neste longo período – 1941 – 1954 – criaram-se as condições para a “tríplice aliança ” SNDM, a Academia e os hospitais privados”

Com a aposentadoria compulsória de Maurício de Medeiros em 1955, Adauto “não esquentou cadeira” foi logo nomeado “diretor-interino” do IPUB (1956-58) e apostou todas as fichas na escolha de Jurandyr Manfredini como novo “catedrático”: enquanto Maurício se transformava em ministro da saúde dos governos Nereu Ramos e Juscelino ( 1955/58 ), Leme Lopes venceu o concurso … surpresa geral, ganhou um candidato que não “juliano-moreirista” nem “adautista”… c’est la vie ….

No SNDM Adauto Botelho foi substituído por por Lysâneas Marcelino da Silva, em 1955 e a quem se seguiu Jurandyr Manfredini, o perdedor do concurso…ao menos no Rio de Janeiro-DF interrompia-se a longa influência da medicina legal na cátedra da principal das escolas médicas…

Adauto Botelho faleceu em 1963, quando começa a desabrochar o botão de uma possível “associação brasileira de psiquiatria” … Maurício de Medeiros morreu atropelado na esquina de Rio Branco com Santa Luzia por um carro oficial dirigido pelo motorista de ministro da saúde do governo Castello Branco, Raymundo de Britto …  são muitos os percalços desta vida…

 

A ACADEMIA, O SNDM E A …ABP – 1954 não é apenas o ano da morte de Getúlio …marca mudança de um estilo de governo …afinal, desde o encilhamento – corralito, para os gaúchos – promovido por Arthur Bernardes – que governou 3 anos e nove meses sob estado de sítio – que o Brasil não conhecia de perto a “democracia”.

Em 1922, após Bernardes, cria-se o movimento tenentista – o “tenentismo” – que leva à criação da coluna Prestes, há o “crack da bolsa” de 1928, Washington Luiz é deposto…segue-se a revolução de 30 que leva Vargas ao “governo provisório” …Vargas dá uma rasteira em Júlio Prestes, acontece a revolução constitucionalista de 1932 … em 1934, Vargas manobra e é eleito “indiretamente” presidente da república … em 1937 a mesma figura encomenda a Francisco Campos – um grande jurista e educador, nascido em Dores do Indaiá , MG  e conhecido como “Chico SAPIÊNCIA” –  uma nova constituição, conhecida como “polaca” ( “polacas” eram as putas do DF, principalmente as migrantes judias e, por extensão, todas as outras…) … Getúlio se consolida no poder sob a égide do ESTADO NOVO,  “fascistiza” o Brasil, permanece como “primeiro mandatário” até 1945 … Eurico Dutra – o marechal que seguia o “caderninho” : a constituição – é eleito presidente pelo PSD, partido criado por Getúlio para fazer frente ao “seu” PTB … em 1949 Getúlio cria um novo termo : “cristianização”, isto é, “queima” a candidatura de Christiano Machado pelo PSD e se elege presidente pelo PTB – respondendo aos anseios do “queremismo” ou “bota o retrato do velho, bota no mesmo lugar que o sorriso do velhinho faz a gente trabalhar”… – com seu suicídio tenta-se melar as eleições seguintes – movimentos dos “Carlos” : Luz e Lacerda …acaba 1954 e começa o governo Juscelino … ufa! … como se vê, não se pode pensar em psiquiatria fora do contexto da época …

1954 é também o ano “superlativo”, o ano do IV centenário de São Paulo – a cidade que mais cresce na América “Latrina” – e do I Festival Internacional de Cinema realizado no “mais luxuoso cinema do Brasil” – o Cine Marrocos, na Conselheiro Crispiniano – onde por vez primeira um embasbacado capiau sul-mineiro vê os balouçantes peitos da jornalista-atriz France Roche, a primeira mulher a usar blusas transparentes em vestido de gala em público … atravessando a Sete de Abril chegava-se ao cine República onde se inaugurava a “maior tela cinemascópica da América “Latrina” para o lançamento do filme “O Roupão”, digo “O Manto Sagrado”, uma das muitas falsificações históricas criadas por Hollywood …

Era muita coisa para um tempo só …

Entrementes, a psiquiatria patinava: internos-residentes constituíam mão de obra barata, as universidades batalhavam por uma reforma de currículo, Lysâneas mantinha o SNDM no mesmo curso e a SBNPHM tentava realizar seus congressos onde se entretinham os colóquios de psiquiatria …

Em 1959/60 ocorre a reforma curricular … os departamentos de psiquiatria se articulam para a dura sobrevivência sem a “medicina legal” e sem a “higiene mental”…a disciplina “higiene e medicina preventiva” é criada e a cátedra da Faculdade Medicina – UB é ocupada pelo senador Hamilton Nogueira … a casa de Juliano continuava na Av. Pasteur, 250 … mas, todavia, contudo e porém confabulava-se a criação de uma associação de psiquiatria….

Quando nasce a ABP está tudo pronto para sua participação no “ensino de psiquiatria” no Brasil, os catedráticos, em maioria ligados ao SNDM, criam o “Conselho”, primeira e única instância administrativa da ABP que, aos poucos assume o posto da SBNPHM na organização de congressos complementando uma ação conjunta de criação de cursos de especialização em psiquiatria começada em 1958.

No Rio de Janeiro, duas das três cátedras eram ocupadas por egressos do SNDM: a da Federal Fluminense com A.L. Nobre de Melo e a da Medicina e Cirurgia com J. Alves Garcia, a da Universidade do Brasil ficou com Leme Lopes mais ligado ao Deolindo Couto, aos Fraga e, por tabela ao Moniz de Aragão.

Newton Sucupira, secretário de Ensino Superior do MEC e membro do Conselho Federal de Educação lança as bases do ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO no Brasil. Na área médica, a regulamentação se dá pelo parecer 67/69 elaborado por Raymundo Moniz de Aragão, ex-ministro de Educação do governo Castello Branco.

Após Porto Alegre, a SBNPHM resolve fazer seu congresso no Copacabana Palace, Rio de Janeiro no inverno chuvoso de 1969 e tendo como mote a aposentadoria compulsória do Prof. A.C. Pacheco e Silva … a partir daí, a ABP passou à condição de interlocutor privilegiado na educação psiquiátrica no Brasil, ultrapassando o agonizante SNDM que se transformaria em DINSAM … razão : o congresso de 1969 foi inteiramente concebido e realizado pelo grupo acadêmico da ABP e nele se discutiu por vez primeira a organização de “equipes psiquiátricas” para o ensino e prática da psiquiatria sob responsabilidade das faculdades de medicina : os cursos de especialização teriam “vinculação universitária” para terem seus diplomas registrados no MEC … vitória de Pirro … as faculdades não tinham condição de arcar com tamanha carga.

De qualquer modo, a primeira contribuição da ABP para o ensino de psiquiatria foi positivo.

Coisas tupiniquins: primeira se regulamenta a pós-graduação “stricto sensu” – MESTRADO E DOUTORADO – entre 1970/71 – e só muito depois se normatiza a residência médica em 1978.

Mesmo antes da regulamentação a ABP já contava com uma “comissão de residência médica” e influenciou em seu reconhecimento e tentou interferir nas regras de funcionamento das “residências em psiquiatria”.

Em 1970 ocorre a “experiência” do I Congresso Brasileiro de Psiquiatria no bojo do Congresso da APAL realizado em São Paulo e que foi presidido por Clóvis Martins …experiência mesmo : observou-se como funcionavam as oficinas de ensino e as mesas-redondas sobre ensino de psiquiatria na América Latina e observou-se como um congresso interdisciplinar poderia “funcionar” no aspecto do ensino.

Em 1972, no II Congresso Brasileiro de Psiquiatria realizado em Belo Horizonte realizaram-se mesas específicas sobre ensino de psiquiatria na área de graduação e na de pós-graduação e foram ensaiados cursos sobre temas específicos.

Em 1974, o III Congresso Brasileiro de Psiquiatria ocorre no Rio de Janeiro, dedicado ao Prof. Leme Lopes por ocasião de sua aposentadoria e os temas sobre ensino foram muitos e os cursos de atualização começaram a ganhar corpo: congresso também é educação continuada.

Por volta de 1978/80 os cursos de atualização se consolidam, mesmo os ministrados por professores convidados que não falavam português têm boa audiência.

Dali em diante, a ABP promove em seus congressos cada vez mais eventos e cursos de atualização, mesas redondas de franco caráter didático: uma vocação se estabelece: a área de atuação da ABP não deve se restringir ao ensino de graduação, ao de pós-graduação ou à residência médica; nosso maior propósito é o da educação continuada.

Na década de 1980 aparece o primeiro programa de educação continuada à distância da ABP no formato de modestas fitas cassetes, gravadas por especialistas e com meros 60 minutos de duração … o segundo começo é sempre mais difícil que o primeiro …

 

der Spaltung – A ABP, A DINSAM E A ACADEMIA – A partir de 1978 a ABP adquire consciência de sua própria identidade e inicia um movimento de autonomia em relação à Academia, nada traumático, tudo tranqüilo …, mas, separações, mesmo as consensuais são dolorosas ou, no mínimo, deixam marcas doloridas.

A Academia mais e mais se envolvia com pós-graduação “senso strictu”, investia em programas de residência médica – durante algum tempo para se candidatar ao mestrado o jovem aspirante deveria terminar a residência médica – e pouco se dedicava à educação continuada.

Por outro lado, a ABP percebeu que sem educação continuada não seria possível manter seus associados satisfeitos … até aí, tudo bem…só que a separação se deu ex-abrupto, sem se observar um processo normal.

Ressentimentos para todos os lados, muitos professores de medicina deixaram de ser convidados para cursos em congressos, tentava-se valorizar a contribuição de associados. Alguns mais afoitos chegaram mesmo a insinuar que a ABP deveria se bandear para a psiquiatria “oficial” representada pela DINSAM e onde a ABP gozava de prestígio…

Feliz ou infelizmente, apareceu o movimento da luta anti-manicomial: associados se dividiam entre a defesa da categoria médica, outros apoiavam a “guerra” contra aos manicômios e a fissão, a divisão entre a ABP e a Academia passou para um segundo plano…

As cousas progridem, o movimento concentra-se na abolição do atendimento psiquiátrico hospitalar e, a partir da década 1990 tomou ares de movimento francamente “anti-psiquiátrico”, desqualificando o trabalho do psiquiatra em todos os níveis de atendimento na saúde pública.

Desta vez, de forma traumática a ABP entendeu que não podia ser caudatária da “psiquiatria oficial” sob pena de se auto-extinguir … e não pensem que dramatiza-se a situação : o movimento da luta anti-manicomial continua visando as carótidas da especialidade médica conhecida como psiquiatria e, para isto, conta com todo o apoio da “psiquiatria oficial” agora apresentada sob a denominação de CORSAM.

Excessos são cometidos, a Academia, por definição é palco de todas as tendências e na maioria das vezes passou a mediar conflitos.

Com isto, os congressos, programas, cursos de atualização e mesmo a educação continuada à distância passaram a contar com a soma de esforços das duas instituições …se não ganhamos todos ao menos, muito aprendemos …

 

O ENSINO DE PSIQUIATRIA – ABP – E OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO – A ABP, no que tange às outras áreas de conhecimento sempre compartiu a pesquisa Tudo começou com o reconhecimento como “especialidade médica” pela Associação Médica Brasileira: Leme Lopes iniciou o processo contando com a inestimável ajuda de Manoel Albuquerque então diretor da AMB. Além da bem-sucedida gestão de Manoel dois outros nomes devem ser lembrados nas tratativas: Fernando Megre Velloso e Clóvis Martins. Uma vez creditada no elenco de especialidades médicas dentro do convênio AMB-CFM as coisas ficaram mais acessíveis.

No Rio de Janeiro a Academia Nacional de Medicina na Av. General Justo era vizinha da Academia Brasileira de Ciências na R. Anfilófilo de Carvalho e o intercâmbio entre as duas, vinha dos tempos de Miguel Ozório de Almeida, discípulo de Oswaldo Cruz que tinha compartilhado com Juliano de Almeida cadeiras nas duas “academias”.

O primeiro tempo envolve as pesquisas de Aristides Pacheco Leão e Hiss Martins Ferreira sobre a “depressão alastrante”, fenômeno de despolarização progressiva de neurônios envolvido em epilepsias e discutido nas duas academias quando atraiu a atenção de neurologistas como Deolindo Couto e psiquiatras como Leme Lopes.

Em uma segunda etapa temos os estudos de Paulo Lacaz sobre o ácido capróico detectado no suor de pacientes catatônicos.

A seguir entra a farmacologia com Rocha e Silva e os efeitos cerebrais da bradicinina, José Ribeiro do Valle concentrado nos efeitos do delta-9-tetrahidrocanabiol – presente na resina e nas folhas do cânhamo, marijuana, diamba ou maconha – e Lauro Sollero relacionando aos efeitos dos psicodislépticos – LSD, mescalina, ibogaina, psilocina e psilocibina – o humito dos ensinamentos de D. Juan do Castañeda – com o bloqueio dos receptores triptamícos “M” e “D”. Os psicodislépticos, alucinógenos ou expansores da mente causavam mudanças do comportamento chamadas de “psicoses experimentais”.

Depois é a vez de Carlini, Helena Calil, Karniol e Zuardi continuarem as pesquisas no instituto de Psicobiologia da EPM, cria dileta do Juquita (Prof. Ribeiro do Valle, mineiro, por acaso…).

Outra área de precoce colaboração com a ABP foi a “neuropsiquiatria infantil”…mesmo antes da fundação da ABENEPI – e depois, com maior assiduidade – o intercâmbio com “psiquiatria infantil” (no dizer de Grunspum, “aquela que não cresce”…) foi uma das primazias da ABP.

Tentando não esquecer, cito alguns nomes: António B. Lefevre, Stanislau Krynsky, Haim Grunspum, Olavo Nery, Zaldo Rocha, Eneida Baptistete Matarazzo, Luiz Carlos Osório, Helena Antipoff, José Raimundo da Silva Lippi, Mara Salvini, Salvador Celia, Ana L. Mercadante, Júlia Chermont que sempre estiveram presentes na área de ensino onde a ABP transita…

Hoje, com as NEUROCIÊNCIAS a ABP ensina e aprende …à demain…

Romildo

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Newton Sucupira, secretário de Ensino Superior do MEC e membro do Conselho Federal de Educação lança as bases do ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO no Brasil. Na área médica, a regulamentação se dá pelo parecer 67/69 elaborado por Raymundo Moniz de Aragão, ex-ministro de Educação do governo Castello Branco.

 

a área de atuação da ABP não deve se restringir ao ensino de graduação, ao de pós-graduação ou à residência médica; nosso maior propósito é o da educação continuada.

 

Desta vez, de forma traumática a ABP entendeu que não podia ser caudatária da “psiquiatria oficial” sob pena de se auto-extinguir … e não pensem que dramatiza-se a situação : o movimento da luta anti-manicomial continua visando as carótidas da especialidade médica conhecida como psiquiatria e, para isto, conta com todo o apoio da “psiquiatria oficial” agora apresentada sob a denominação de CORSAM.

 

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