Volume 12 - 2007
Editor: Giovanni Torello

 

Fevereiro de 2007 - Vol.12 - Nº 2

France - Brasil- Psy

Coordenação: Docteur Eliezer DE HOLLANDA CORDEIRO

Quem somos (qui sommes-nous?)                                  

France-Brasil-PSY é o novo espaço virtual de “psychiatry on  line”oferto aos  profissionais do setor da saúde mental de expressão  lusófona e portuguesa.Assim, os leitores poderão doravante nela encontrar traduções e artigos em francês e em português abrangendo a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise. Sem esquecer as rubricas habituais : reuniões e colóquios, livros recentes, lista de revistas e de associações, seleção de sites.

Qui sommes- nous ?

France-Brasil-PSY est le nouvel espace virtuel de “psychiatry on line”offert aux professionnels du secteur de la santé mentale d’expression lusophone et française. Ainsi, les lecteurs pourront désormais y trouver des traductions et des articles en français et en portugais  concernant la psychiatrie, la psychologie et la psychanalyse. Sans oublier les rubriques habituelles : réunions et colloques, livres récentes, liste de revues et d’associations, sélection  de sites

SOMMAIRE (SUMÁRIO):

 

  • 1. As boas intenções do novo presidente da Association Française de Psychiatrie (AFP)
  • 2. Jean LAPLANCHE  ou a criatividade permanente
  • 3. O governo francês retirou parte de seu projeto de lei sobre a prevenção da delinquência
  • 4. Livros recentes
  • 5. REVISTAS
  • 6. ASSOCIAÇÕES
  •   1. As boas intenções do novo presidente da Association Française de Psychiatrie (AFP)

    Eliezer de Hollanda Cordeiro (psiquiatra, psicanalista, inscrito na Ordem dos Médicos da França).

    Resumo

    La Lettre de Psychiatrie Française (A Carta da Psiquiatria Francesa) de dezembro 2006, num  estilo muito “diplomático”, revelou-nos que   “na reunião do Conselho da AFP datada de  28/10/2006(...)  a confiança  não foi renovada ao comité de direção”.Quais as razões dessa destituição ? Dois editoriais do novo presidente da AFP e um artigo do secretário da revista Psychiatrie Française  exprimem uma vontade de promover  contactos entre as diferentes correntes psiquiátricas. E reafirmam com muita força a defesa da especificidade da psiquiatria.

    Introdução

    Os recentes acontecimentos ocorridos na Association Française de Psychiatrie poderiam ser  considerados como um passo positivo para relançar a questão do diálogo entre psiquiatras de formações diferentes ? O fato é que o Presidente dessa comissão que apresentou a sua demissão era  Christian Vasseur- de quem falámos várias vezes em edições passadas- que tornou-se muito conhecido nos meios especialisados ao defender o projeto de lei do governo instituindo um diploma de psicoterapeuta na França, reservado aos psiquiatras e psicólogos clínicos (POLBr Dezembro 2003). Ignoro as razões exatas da destituição de C. Vasseur, mas, a julgar o conteúdo e o estilo  direto, enérgico e determinado dos dois editoriais escritos em dezembro e janeiro últimos  pelo novo presidente da AFP, Bernard Gibello, pretendo que algo vai mudar nas relações entre a AFP(e seu sindicato, o SPF)  com os psiquiatras e os psicoterapeutas. Contudo,  Bernard Gibello parece ter compreendido que, para dialogar, seria primeiro necessário afirmar a especificidade da psiquiatria, atualmente em crise,  atravessada por tendências dogmáticas e redutoras donde  resultaram diversas correntes  aparentemente irreconciliáveis. A análise que faz Bernard Gibello dessa situação leva-me a  resumi-la em três partes :

    I) Relação entre psiquiatria e medicina

     Citando o exemplo de uma consulta pessoal que fez com um especialista, Bernard Gibello denuncia o absurdo de uma medicina desumanizadora que confiou  à tecnologia, aos exames biológicos e aos aparelhos modernos  o essencial do exame do paciente. A clínica médica desapareceu, o colega médico que o “examinou” renunciou a  escutá-lo, a examinar-lhe o corpo, a coletar os sinais e a regrupá-los em síndromes, afim de comparar os dados obtidos,  com os nossos conhecimentos sobre as doenças”. Só então caberia o pedido de exames complementares-que o especialista pediu de imediato-  para afinar o diagnóstico e pensa rem termos de prognóstico, antes de propor o tratamento. O método clinico desapareceu, pois, e com ele  « a herança de Hipocrates(…), enriquecida pelas descobertas da medicina experimental, da biologia e dos novos métodos de exploração do corpo humano ». Mesmo que seja muito dificil convencer os zeladores do DSMIV, a medicina é uma arte e não uma ciência ».

    II) Especificidade do método clínico em psiquiatria

    A  reafirmação nítida  da psiquiatria como disciplina médica não deve levar-nos a esquecer que, no domínio das doenças mentais, a clínica psiquiátrica enriqueceu-se com as descobertas fundamentais de S. FREUD - escuta do paciente, associação de idéias, interpretação- bem como de outros autores, compo  por exemplo na psiquiatria da criança: Melanie Klein, Anna Freud e D. Winnicott, sem esquecermos   Jean Piaget , « que aprofundou  o método clínico para o exame dos processos cognitivos no pensamento da criança. »Ora, constata Bernard Gibello,  a medicina em geral e a psiquiatria em particular estão evacuando o método clínico em suas práticas. A tendência da psiquiatria atual consiste  « em inventar questionários e preenchê-los ».

    III) Terminar com a clivagem corpo-espírito.

    O segundo editorial publicado em janeiro ultimo na Psychiatrie Françaiseretoma os aspectos essenciais do primeiro:  Bernard Gibello conclama, numa sorte de manifesto,“ médicos, médicos psiquiatras,  pesquisadores em neuro-ciências, autoridades administrativas encarregadas do funcionamento da medicina, as encarregadas das pesquisas médicas,enfim  todos que, de perto ou de longe, sentirem-se concernidos pelo presente e o futuro da psiquiatria, a descobrir  que o homem(ou a mulher) doente ou não, é um ser pensante e falante, cujo corpo, como o pensamento, podem ser perturbados por processos patológicos”.O que se observa entretanto é a clivagem tradicional entre o corpo e o espirito, donde as duas posições bem conhecidas :

    > por um lado encontramos « os que defendem a idéia de que o pensamento não tem importância, não tem interesse nenhum, ou então dizem  que é impossivel estudá-lo. Em lugar do método clínico, constróem questionários, nos quais a soma das respostas por « sim » conduzem , ao que parece de maneira infalivel, ao diagnóstico e à quimioterapia, às vezes à cirurgia apropriada.Para eles o pensamento do paciente é sem importância e eles evitam também de pensar » ;

    > por outro lado existem « os incondicionais do pensamento puro, e, na medida do possivel, inconsciente”.

    Psychiatrie Française apresenta-se como uma revista ao mesmo tempo profissional e científica.Ligada à Association Française de Psychiatrie, ela tem por objetivo  abrir-se  a todas as correntes psiquiátricas. Jean-Louis Brenot e Yves Manela escreveram uma introdução na qual podemos ler : « Este número tem por objetivo realizar uma antigo e ambicioso projeto: permitir um diálogo entre os psiquiatras, quaisquer que sejam as suas formações. Com efeito, nossa profissão apóia-se em diversas correntes de pensamento  que, os mais das vezes, ignoram-se.Nossa intençao é de instaurar um debate  longe  de todo sectarismo, de todo dogmatsmo e de toda rejeição(…)Todos os enfoques, neurobiológicos, neuropsicológicos, psicofarmacológicos, comportamentais ou psicoterápicos merecem a nossa atenção ».

     Conclusão : promover o diálogo entre as diferentes correntes em psiquiatria ? 

    Diante da crise  da psiquiatria, não seria razoável  que  os psiquiatras, suas associações e sindicatos se unissem afim de dar coerência às ações coletivas junto aos poderes públicos e pesarem com mais consistência na política da saúde mental? A divisão da psiquiatria, presente desde o começo de sua história, revela-se nas  concepções dos distúrbios mentais, que dão lugar a uma multiplicidade de correntes e escolas, donde emergem métodos, conceitos e modelos que procuram delimitar suas fronteiras. A divisão aparece também ao nível dos tratamentos : biológicos (medicamentosos), psicoterápicos (psicoterapias analíticas, TCC, etc.) e sociais (reinserção social do paciente ).Tais divisões acompanham-se de comportamentos hegemônicos que exacerbem, num efeito de retrocessão, as clivagens teóricas e práticas atuais.

    Outro ponto importante : não dispondo de uma teoria específica convincente e aceita por todos sobre os distúrbios psicopatológicos, a psiquiatria importou diversas teorias : à psicanálise, à psicologia experimetal, à filosofia, às neurociências, às teorias dos grupos, à sociologia, donde as  chamadas psiquiatria dinâmica, comportamental, cognitiva, fenomenológica, biológica, institucional. Desta forma, não é de se estranhar que, ao longo de sua história, tentativas fossem  feitas para aproximar diferentes pontos de vista, para integrar teorias e modelos: Henri Ey, P. Fédida  e Daniel Widlocher  são alguns exemplos dessa busca de diálogo.

    Em novembro 2006, uma tentativa infrutífera foi feita neste sentido pelo Sindicato Nacional dos Psiquiatras Privados da França.Como esceveu  Robert Palem em artigo que traduzimos em France-Brasil-Psy (POLB), esta tentativa fracassou, de tal modo que o diálogo entre psiquiatras de formações diferentes resta uma utopia. Vejo, objetivamente, um obstáculo enorme à instauração deste diálogo : parece-me impossivel julgar-se o valor de um método psicoterápico sem a devida formação,  que necessita um intinerário que vai da condição de  paciente à de  terapeuta.Alguns me dirão que um psiquiatra pode de indicar uma terapia que ele não pratica e depois avaliar os resultados da mesma. Isto ja permitiria, sem dúvida, uma melhor compreensão do que ignoramos e por conseguinte favoreceria o diálogo que até hoje permanece somente como intenção.Mas nada substitui a experiência pessoal,  condição necessária para julgarmos o valor de uma psicoterapia. Sem preconceito, intolerância e aversão.  

    2. Jean LAPLANCHE ou a criatividade permanente

    Eliezer de Hollanda Cordeiro

    S. Freud, aos 82 anos, publicou  os famosos livros  Moisés e o monoteismo e Compêndio da psicanálise. Na Polbr do mês passado apresentamos o psicanalista J.-B.Pontalis, 82 anos, cuja idade não alterou sua capacidade criativa, ao contrário : um livro mais ou menos a cada dois anos depois que enveredou pelo caminho da literatura ! E que dizer do grande psicanalista francês, Jean Laplanche, incansável criador que parece ignorar o tempo ? Também aos 82 anos, ele continua realisando seus seminários-que deram lugar à publicação da coleção intitulada, Problématiques ( Problemáticas)-,  viajando a convite de sociedades analíticas, fazendo video-conferências com grupos de psicanalistas de vários países, publicando, dirigindo os trabalhos de tradução das Obras completas de Freud … O número especial da revista Psychiatrie Française, volume XXXVII, Novembro 2006, intitulado : Le concept d’inconscient selon Jean Laplanche, constitue um exemplo bem recente da atividade intelectual deste psicanalista infatigável.

    Nesse, número da revista, dez pessoas  aceitaram comentar vários aspectos da concepção laplanchiana do inconsciente. Entre os temas abordados pelos convidados destaquemos : « Destino das mensagnes enigmáticas » (pelo francês Jean-Louis BRENOT), « Para fazer trabalhar a tópica laplanchiana » (pelo brasileiro Jose Carlos CALICH), « Psycanálise e ciência » (pelo belga Francis Martaens), « Sobre a tradução e seus fracassos » (pela americana Ruth STEIN). Jean Laplanche responde a cada comentarista, dando precisões, retificando, explicando, apoiando ou discordando. Um lição de subtilidade do pensamento,  de modéstia tambm, de  lúcida coerência deste homem dotado de uma vasta cultura e que muitos consideraram  como o maior exegeta vivente  da obra de Freud.

    3. O governo francês retirou a parte relativa à saúde mental de seu projeto de lei sobre a prevenção da delinquência 

    E. H.C.

    No jornal Le Monde(15.02.07), Cécile Prieur escreveu que a greve dos psiquiatras dos hospitais na terça feira 13 de fevereiro  e as passeatas de protesto perto da Assembléia Nacional levaram o Ministro do interior e candidato à presidência da República, Nicolas Sarkozy,  a anunciar  na Assembléia Nacional,  a retirada do capítulo sobre a saúde mental contida em seu projeto de lei sobre a prevenção da delinquência.Com efeito, quatro sindicatos conclomaram os 3 500 psiquiatras dos hospitais a fazerem uma greve contra o  "amalgama inaceitável" entre distúrbios mentais e delinquência. Os partidos da oposição apelaram para o Conselho Constitucional, que censurou o processo por vícios de forma.O projeto foi também criticado por não ter havido negociações com os médicos e usuários, sobretudo a parte do projeto relativa às hospitalizações obrigatórias dos pacientes peturbadores da ordem pública. O ministro afirmou, contudo, « nunca haver assimilado doença e delinquência »  e « ter entendido os receios » dos profissionais.O candidato da UMP à presidência da República confirmou, apesar de tudo,  a sua vontade de reformar a lei de 1990 sobre o internamento psiquiátrico.

    Notemos que na POLBr de Janeiro 2004 , publicámos um trabalho intitulado « Projeto de lei sobre a responsabilidade dos doentes mentais autores de crimes e delitos ». Neste trabalho, referi-me aos artigos de P. Simonot e G. Dupuy, dos jornais Le Monde e Libération.Um resumo desse artigo pode ser lido mais abaixo.

    « Um novo projeto de lei está suscitando polêmica nos meios psiquiátricos e jurídicos franceses. Elaborado pelo Ministério da Justiça, o projeto estipula o envio dos doentes mentais autores de crimes e delitos diante de tribunais especiais, mesmo quando os acusados são declarados irresponsáveis pelos psiquiatras. Estes tribunais especiais serão habilitados a julgar o acusado, em presença do mesmo (se suas condições o permitirem), da vítima ou de sua família, dos responsáveis do inquérito, das testemunhas eventuais, dos peritos.

    A situação atual é a seguinte: quando o autor de um crime é considerado irresponsável pelos psiquiatras e psicólogos, isto é portador de“distúrbio psíquico ou neuropsíquico abolindo o discernimento ou o controle de seus atos”,  a decisão do juíz, no fim do processo, se termina geralmente por uma declaração de inocência, isto é pela inexistência de motivo suficiente para um processo  judiciário. O paciente é então internado de força num hospital psiquiátrico por uma decisão do poder administrativo e não do poder judiciário... Desta forma, a justiça perde o controle da situação, donde a idéia de dotá-la de meios para controlar a alta ou a saída em permissão dos doentes culpados e internados.

    Outra razão justificando o projeto: a resposta judiciária deve levar em conta o interesse das vítimas. Ora, os peritos consultados pelo Ministério deram-lhe razão: para eles, o declarar inocente  pronunciado por causa de demência priva as vítimas de informações sobre a continuidade do tratamento psiquiátrico imposto ao autor dos fatos.

    Por fim, para melhor proteger as vítimas e a sociedade de eventuais recidivas do acusado, o dever de tratamentos será notificado ao paciente durante a audiência. O tratamento comportaria entrevistas terapêuticas regulares e a possibilidade de reajustá-las. Não cumprir estas obrigações, válidas durante vinte anos, constituiria uma infração.O Tribunal fixaria, enfim, a quantia da indenização a ser paga às vítimas.

    “ Muitos consideram esta reforma inútil porque ela diz respeito a um número restrito de casos: somente 0,17% dos criminosos presos são declarados irresponsáveis, contra 30 % de presos declarados portadores de distúrbios mentais. O jornal Libération denuncia a incoerência consistindo em declarar o louco culpado mas impunível...De fato, como julgar alguém sabendo-se que, no fim do processo, ele irá ou voltará para um hospital psiquiátrico » ?

    4. Livros recentes

    A Carta da Psiquiatria  Francesa de Janeiro propõe aos leitores os seguintes livros recentemente publicados :

    *A loucura domesticada : o enfoque inédito do professor Collomb para tratar a loucura

    Robert Arnaut

    De Vecchi, 21,90 euros

    *Quatro discussões sobre Bion

    Ruprecht Wilfried Bion

    Les E. d’Ithaque, 10 euros

    *Lugar das psicoterapias contemporâneas no tratamento da depressão

    Jean COTTRAUX

    Doin? 2 » euros

    *A psicanálise poderia ainda ser útil à psiquiatria ?

    Guy DACOURT

    O. JACOB, 25 euros

     

    *Os idealistas apaixonados

    Mauride DIDE

    Frison-Roche, 25 euros

    *Figuras da psicanálise. 13, Lógicas do corpo

    Apresentação Olivier DOUVILLE

    Erès, 25 euros

    *Novos caminhos da terapêutica psicanalítica: o dentro e o fora

    Sob a direção de André GREEN e Françoise COBLENCE

    *O risco do pensamento

    Julia KRISTEVA

    Ed. de L’Aube

    *Psicologia transcultural e psicopatologia oriental

    Can-Liem LUONG

    Libr. You-Freng, 25 euros

    *Influência do hábito na faculdade de pensar

    MAINE DE BIRAN

    L’Harmattan, 33 euros

    *Manual de psiquiatria transcultural :trabalho clínico, trabalho social

    Ed. M.R. MORO , Q. de la NOE, Y. MOUCHENIK

    Pensée sauvage, 26 euros

    *Ler Bion

    Cláudio NERI, Antnello CORREALE, Paolo FADDA

    Erès, 25 euros

    *O corpo resituado :medicina, ética e convicções

    Ed. Laurent RAVEZ, Chantal TILMANS-CABIAUX

    Presses universitaires de Namur, 21 euros

    *História da histeria

    Etienne TRILLAT,

    Frison-Roche, 35 euros

    *Coq Héron (Le).186, Nicolas ABRAHAN, Maria TOROK :símbolos, criptas e fantasmas

    Erès, 16 euros

    * Etica e pesquisa bio-médica : relatório 2004, França.

    Comité consultativo nacional de ética para as ciências da vida e da saúde

    Documentation française, 19 euros

    5. Revistas

    *Abstrac psychiatrie : www.impact-medecin.fr

    *La revue française de psychiatrie et de psychologie medicale : www.mfgroupe.com

    *L’encephale:www.encephale.org

    *Les actualités en psychiatrie: www.vivactis-media.com

    *Neuropsy : www.neuropsy.fr

    *Nervure : rédaction: Hôpital Sainte-Anne, 1 rue cabanis, 75014 paris. Téléphone: 01 45 65 83 09 fax. 01 45 65 87 40

    *Neuronale (revista de neurologia do comportamento) [email protected]

    *PSN :(psychiatrie, sciences humaines, neurosciences) : rue de la convention, 75015 paris. Fax : 0156566566

    *Psychiatrie française : [email protected]

    *Psydoc-broca.inserm.fr/cybersessions/cyber.html

    *Synapse : [email protected]

    *Evolution psychiatrique

    6. Associações

    *Association française pour l’approche integrative et eclectique en psychotherapie (afiep)

    *Association française de psychiatrie et psychologie legales (afpp)

    *Association française de musicotherapie (afm)

    *Association art et therapie

    *Association française de therapie comportementale et cognitive (aftcc)

    *Association francophone de formation et de recherche en therapie comportementale et Cognitive (afforthecc)

    *Association de langue française pour l’etude du stress et du trauma (alfest)

    *Association de formation et de recherche des cellules d’urgence medico-psychologique (aforcump)

    *Association nationale des hospitaliers pharmaciens et psychiatres (anhpp)

    *Association scientifique des psychiatres de secteur (asps)

    *Association commission des hospitalisations psychiatriques france (cdhp france)

    *Association promotion defense de la psychiatrie a l’hopital general (psyge)

    *Association karl popper

    *Association pour la fondation Henri Ey

    *Association internationale d’ethno-psychanalyse (aiep)

    *Collectif de recherche analytique (cora)

    *Ecole parisienne de gestalt

    *Ecole française de sexologie

    *Ecole de la cause freudienne www.causefreudienne.org

    *Groupement d’études et de prevention du suicide (geps)

    *Groupe de recherches sur l’autisme et le polyhandicap (grap)

    *Groupe de recherches pour l’application des concepts psychanalytiques a la psychose (grapp)

    *Regroupement national en psychiatrie publique (renepp)

    *Société française de gérontologie

    *Société française de thérapie familiale (sftf)

    Société francophone de medecine psychosoma

    *Société française de psychopathologie de l’expression et d’art-therapie(sfpe)

    *Société française de recherche sur le sommeil (sfrs)

    *Société française de relaxation psychotherapique (sfrp)

    *Société française de sexologie clinique (sfsc)

    *Société française de psycho-oncologie/association psychologie et cancers

    *Société d’addictologie francophone

    *Société ericksonienne

    *Société de psychologie medicale et de psychiatrie de liaison de langue française

    *Société médicale Balint

    *Union nationale des associations de formation médicale continue (unaformec)

    *Union nationale des amis et familles de malades mentaux (unafam)

    *Association Psychanalytique de France (apf)

    *Société Psychanalytique de Paris (spp)

    *Ecole Freudienne de Paris

    *Mediagora:http://perso.wanadoo.fr/christine.couderc/

    *Agoraphobie.com:http://www.agoraphobie.com/

    *Sitesfrancophones:http://www.churouen.fr/ssf/pathol/etatanxiete.html

    *Distúrbios do humor (afetivos) :    www.depression.ch

    *Estados limites em psiquiatria: tratamento (d. Marcelli): suicidio escuta - 24/24 http://suicide.ecoute.free.fr

    *Informações sobre o suicidio e as situações de crise:       http://www.suicideinfo.org/french

    *Centro de prevenção do suicidio: http://www.preventionsuicide.be

    *Associação  alta ao  suicidio:     http://www.stopsuicide.ch

    *Suicídio : http://www.chu-rouen.fr/ssf/anthrop/suicide.html

    *Drogas :    http://www.drogues.gouv.fr/fr/index.html

    *S.o.s. Réseaux :   http://www.sosreseaux.com/

    *Ireb – Instituto de pesquisas cientificas sobre às bebidas: http://www.ireb.com/  

    *Addica : addictions precarité Champagne Ardenne : http://www.addica.org/

    *Internet addiction : conceito de dependência à internete:    http://www.psyweb.net/addiction.htm

    *Estupefiantes e conduta automobilistica; as proposições  da sfta: http://www.sfta.org/commissions/
    *stupefiantsetconduite.htm

     Coordination (coordenador): Eliezer de HOLLANDA CORDEIRO

    [email protected]


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