![]() ![]() Volume 12 - 2007 Editor: Giovanni Torello |
Janeiro de 2007 - Vol.12 - Nº 1 France - Brasil- Psy Coordenação: Docteur Eliezer DE HOLLANDA CORDEIRO Quem somos (qui
sommes-nous?)
France-Brasil-PSY é o novo espaço virtual de “psychiatry on
line”oferto aos profissionais do setor da saúde mental de expressão
lusófona e portuguesa.Assim, os leitores poderão doravante nela encontrar
traduções e artigos em francês e em português abrangendo a psiquiatria, a
psicologia e a psicanálise. Sem esquecer as rubricas habituais : reuniões
e colóquios, livros recentes, lista de revistas e de associações, seleção de
sites. Qui sommes- nous ? France-Brasil-PSY est le nouvel espace virtuel de “psychiatry on
line”offert aux professionnels du secteur de la santé mentale d’expression
lusophone et française. Ainsi, les lecteurs pourront désormais y trouver des
traductions et des articles en français et en portugais concernant la
psychiatrie, la psychologie et la psychanalyse. Sans oublier les rubriques
habituelles : réunions et colloques, livres récentes, liste de revues et
d’associations, sélection de sites Eliezer de Hollanda Cordeiro (psiquiatra, psicanalista, inscrito no quadro da Ordem dos Médicos da França (Departamento do Loiret) 1.1 Biografia1.2 Conceitos 1.3 Livros 1.4 Artigos 1.5 Citações 1.6 Correlatos 1.7 Referências 1.8 Foto Dezessete livros já publicados , entre eles o famoso Vocabulaire de la psychanalyse, escrito em colaboração com Jean Laplanche; centenas de artigos, conferências e trabalhos: aos 83 anos de idade, Jean- Bertrand Pontalis continua sua intensa atividade intelectual de psicanalista e escritor. A menos que não seja a de um escritor e psicanalista, tanto as duas maneiras de exprimir sua visão do homem e do mundo estão imbricadas. Mas sua formação primeira foi mesmo em filosofia: aluno de Jean-Paul Sartre, muito influenciado pelas concepções de Merleau-Ponty, ele ensinou a filosofia no estrangeiro e na França, antes de engajar-se na grande aventura da psicanálise. Foi com Jacques Lacan que empreendeu uma análise pessoal. Pouco tempo depois, em 1970, criou a famosa Nouvelle Revue de Psychanalyse: (comité de redação: Didier Anzieu , André Green , Jean Pouillon, Guy Rosolato, Victor Smirnoff, Jean Starobinski, François Gantheret. Masud Khan foi o co-redator estrangeiro, Michel Schneider o primeiro secretário da revista, sendo substituido anos depois por Michel Gribinski. A Nouvelle Revue de Psychanalyse cessou de ser publicada em 1994. As várias vidas
de Pontalis, a multiplicidade de seus
interesses levou Claude Janin a
escrever no livro que lhe consagrou: “Confiança
total na escritura e desconfiança relativa na linguagem, é nesta tensão não
resolvida e insolúvel que se forjou
(...) a obra complexa e secreta de Jean-Bertrand Pontalis: homem público e
psicanalista, editor e escritor, ensaista e romanceiro(...)” Antes de ajuntar:« Sua obra literária é
indissociável de sua obra psicanalítica”. Em seu livro Travessia das
sombras, pg. 179, J.-B. Pontalis explicou-nos as analogias que percebia entre a psicanálise e a escritura qualificada
como literária: “ Embora as duas fossem
muito diferentes,pelos seus procedimentos, exigências e finalidade, creio que são, quero que sejam próximas. É que eu vejo agir nelas uma palavra em movimento,
avançando para o desconhecido,uma palavra sonhante que tente livrar-se de tudo o que
constrange no discurso organizado”. “Tudo o
que constrange no discurso organizado” me faz lembrar o artigo que escrevi na POLBr de Junho 2004- Os limites do analisável- e a citação de J.-B.Pontalis:“O dogma esconde-se na clínica
subjetiva da mesma maneira que o
fantasma se deixa entrever no discurso que se diz científico”.Percebemos
aqui uma vontade resoluta de pensar por
si mesmo, de colocar em questão os conceitos psicanalíticos e
filosóficos, de não ceder à tentação de transformá-los em dogma, em verdade indiscutível. J.-B. Pontalis não escreveu que : “os conceitos [são] nossos
instrumentos do dia,e nada mais? [E que eles] ignoram a sombra, recusam a noite ?»
” (Traversia das sombras, pg. 181-182). Mas é tambem provável que esta atitude inscreva-se na sua própria história psico-afetiva, ponto importante para entendermos as rupturas que marcaram o seu percurso : com a filosofia, com Jean-Paul
Sartre, com Jacques Lacan, e, de uma certa maneira, com Jean
Laplanche. Tais rupturas traduziriam
o interesse permanente que ele manifesta, ao longo de suas obras, por temas como a perda e a separação? Sua ruptura
com a filosofia, agora que a “leitura cuidadosa dos filósofos, especialmente de Merleau-Ponty, nutriu [sua] reflexão
psicanalítica”? Ele evocou esta questão em várias ocasiões, por exemplo numa recente entrevista
concedida a Psychologies
Magazine, intitulada “Até onde podemos mudar?”, cuja tradução
publicamos na POLBR Outubro
2006 :«Antes de tornar-me
psicanalista, eu era professor de filosofia. Um dia– aos 29 anos –, uma
aluna me disse: « Seus cursos são bons, mas tenho a impressão de que o Senhor
não acredita muito no que diz ». No momento, isto não me tocou
muito, porém realizei mais tarde que ela dizia a verdade : eu dominava a
linguagem, o discurso, mas não habitava minhas palavras ». Ele
escreveu ainda,em Travessia das sombras (pgs.177-179) : « Sim,
passei horas, anos a ler a filosofia, com paciência, as vezes sofrendo quando
não compreendia Parmenide (…) ou qualquer mudança de posição da dialética implacável de Hegel”. Como se ele esperasse da filosofia
respostas às interrogações que lhe atravessavam o espírito sobre a morte, o sentido da vida, a liberdade... Não
obtendo respostas, sua insatisfação aumentou, até o momento em que “descobriu nos escritos de Merleau-Ponty que a
filosofia podia não ser desencarnada, e
desta forma inventar um estilo, deixar perceber uma voz singular”(...) Concluiu
então que “a filosofia começava com a
surpresa”, que ela “ ia de par com a insubmissão”, referindo-se “à ordem vigente, a começar pela família, seu meio social (…). Eu tinha 16
anos na época, era também o início da Ocupação alemã”. Sua ruptura com
Sartre, responsável da revista Les Temps Modernes,
da qual deixou o Comité de direção por
divergências politicas?“Eu
precisava antes de tudo libertar-me dos mestres, especialmente de
Jean-Paul Sartre, o qual, embora generoso, era por demais
esmagador” , disse na entrevista mencionada. Sua ruptura com as
teorias de Jean-Paul Sartre e Jacques Lacan ? Pela necessidade
de “desprender-se dos conceitos » (...) Desconfio [deles], esses produtos de um pensamento desencarnado,
quando pretendem tudo elucidar (Traversée des ombres pg. 181).Claude Janin cita
o post-scriptum”de Pontalis em Après Freud (p.379) ,onde ele fala
novamente de suas relações com Sartre et Lacan: [Foram] “duas separações(...) mas na realidade uma só.Em alguns anos de
distância, um duplo laço se desfez.Sim, vejo nisso um desenlaço, um desprendimento, e não duas rupturas.Teria
eu pressentido que, para cessar de me situar, não sem dificuldade, entre Sartre
e Lacan, ser-me-ia necessário dar adeus a cada um?”.Num encontro na Sociedade
psicanalítica de Paris, em 21/06/1994, Pontalis voltou a falar, não de sua
desconfiança dos conceitos, mas de sua preocupação em libertar-se deles,do que
pretendem cercar, captar,eu ia dizer, pensando no termo alemão:Biegrif, que
significa pegar em suas garras”[...] Nesta
espécie de “cerimônia de adeus” a Sartre e Lacan, para empregar a bonita
expressão de Claude Janin, Pontalis precisou seu pensamento: “Tudo me distancia
da crença,da adesão a uma causa, a uma doutrina, a um discurso que pretende
ditar as suas leis, mostrar autoridade,o
discurso político sendo somente um modelo do gênero. Considero como suspeito o
pensamento que, mesmo se defendendo, tem resposta para tudo e deixa de lado sua
própria incerteza. No centro desta
reticência, encontro a recusa de identificar uma linguagem à verdade”(Amours
des commencements,páginas 96-97). Na mediateca de Orléans, encontrei
por acaso um documento contendo uma entrevista de Pontalis. Ele respondeu a Daniel FRIEDMANN(CDROM 1983 ), na série LES PSYCHANALYSTES,
sob o patrocínio do CNRS(Centro Nacional da Pesquisa Científica). Interrogado sobre
suas relações com Lacan, Pontalis explicou-se abundantemente. Retive apenas o
que me pareceu mais interessante para o presente trabalho. Sobre a importância de Lacan para Pontalis:
“Lacan
foi importante para mim, nos meus anos de formação. A palavra dele era nova, ele
contribuiu para a inserção cultural do analista, despertou a análise francesa. Era um homem
excepcional, tive a chance de ter
seguido o seu ensino no começo, quando
não era ainda famoso. Prefiro este momento em que o pensamento dele surgia. Quando
ele começou a imobilizar-se, este período interessou-me menos. (…)Isto é assim,
deve ser assim (…) ele escreve é assim, não pode ser de outra forma (…), numa
posição de domínio do saber. Houve uma sacralização dos textos de
Lacan (…) Desinteressei-me quando Lacan tornou-se o lacanismo. (…)Não podia
reconhecer-me na escola lacaniana, nela eu não poderia me situar, dispor da
possibilidade de me exprimir com minhas próprias palavras. O que seria contrário à experiencia analítica, que dá a
possibilidade ao analista de falar com suas próprias palavras. A análise se faz
por meio da lingua comum e não a do analista ». Sobre a contribuição clínica de Lacan : “Elanão desempenhou
nada em minha prática cotidiana (…) não me trouxe nada (…) não interiorisei o
seu ensino (…)não tem nenhuma utilidade
no meu trabalho clinico”. E sua separação de Jean Laplanche, após uma colaboração muito frutífera entre os dois grandes analistas?Lembremos que
foram analisados por Lacan e escreveram juntos o Vocabulaire
de la psychanalyse e o célebre
artigo: Fantasmes des
origines et origines des fantasmes. As relações entre eles esfriaram, não o
respeito mútuo nem o reconhecimento intelectual recíproco: não ouvi num congresso
da Association Psychanalytiue de France,
Pontalis apresentar Jean Laplanche lançando ao auditório: “desnecessário
apresentar Jean Laplanche, o maior exegeta
de Freud”? Contudo, “foi em torno dos
problemas de tradução que surgiram divergências importantes entre os dois:
Laplanche empreendeu a publicação das Obras completas de Freud na P.U.F.(Presses
Universitaires de France) enquanto Pontalis dirigiu a publicação das Nouvelles
traductions (Novas traduções) das obras de Freud, na editora Gallimard, lembra Claude
Janin. Recentemente, analistas
da Associação Psicanalítica da França tomaram a iniciativa de homenageá-lo,
organizando um colóquio em Cerysi, intitulado: O Reino Intermediário
em torno dos
escritos psicanalíticos e literários de JEAN-BERTRAND PONTALIS. Homenagem merecida a um analista cujos escritos, como
escreveram os organizadores do colóquio, “têm a particularidade de situar-se, constantemente, nas fronteiras,
ocupando este « reino intermediário » de
que falava Freud(…)[A singularidade do homem Pontalis, “sua curiosidade e afável
lucidez atravessam as distinções
convencionais entre o trabalho científico, a clínica analítica e a escritura”. Entre os participantes e
conferencistas: Jean-Michel DELACOMPTÉE, François
GANTHERET et Jean-Bertrand PONTALIS, Jacques ANDRÉ, Guy GOFFETTE, Pierre
BAYARD, Antoine BILLOT Colette FELLOUS, Roger GRENIER, Laurence KAHN, Edmundo
GOMEZ-MANGO, Jean CLAIR, Catherine CHABERT, Daniel PENNAC, Miguel DE AZAMBUJA, Maurice OLENDER,Jean-Claude
ROLLAND, Michel Gribinski. 1.2 Conceitos Autografia: Em recente entrevista a Calou, l’Ivre de
lecture, Pontalis aborda novamente a maneira como conseguiu reconciliar
psicanálise e literatura, suas maiores paixões. Explicando à jornalista Pascale Arguedas
o conceito Autografia, que ele inventou para designar precisamente as
características de sua escritura: autografia é um livro onde não se escreve
sobre si mas escreve-se. Autografia: escrever-se, sim, escrever-se. Imagem: em seu livro La traversée de l’ombre (pg.
380), Pontalis pergunta “A imagem não seria a fonte do pensamento?(...) E o
pensamento não viria após, para dar uma forma lógica ao irracional, para delimitar
o caminho, utilisando com muita força demonstrações, argumentos, provas; por
medo de perder-se? Se eu procurasse o vínculo entre as imagens que se impõem a
mim, qual seria o fio que me conduziu a associá-las em suas
disparidades?(...)Eu encontraria o quê?Qualquer coisa que se situaria entre
hesitação e surpresa, uma falha imprevista,próxima de uma revelação(...)Então é
todo o regime do pensameneto, mais ou menos seguro que oscila, uma mudança de
estado(...)De súbito a incerteza, a perturbação, a inquietação; perdidas as
marcas e as balisas, derrota da ordem do discurso, desarranjo que poderia até
anunciar a loucura”. A mágica e a potência da imagem, sem as quais as pelavras seriam
ineficazes, escreveu Pascale Arguedas sobre L’amour des commencements. De sua abundante
produção, citemos apenas os seguintes
livros e artigos: *Após Freud//*Entre o sonho e a
dor//* O amor dos começos//*Perder de Vista//*Travessia
das sombras//*A força de atração//* Irmão do precedente (Prêmio
Médicis 2006)//*À margem dos dias. O inatingivel entre
dois, in « Bisexualité et différences des sexes », N.R.P. n° 7,
Gallimard, 1973//Marcos ou confins) in « Aux limites de
l’analysable », N.R.P. n°10, Gallimard, 1974// A partir da
contra-transferência, a morte e o vivo entrelaçados, in « La
Psyché », N.R.P. n°12, Gallimard ,1975 // Uma idéia incurável),in
« L’idée de guérison », N.R.P. n°17, Gallimard, 1978 //O trabalho do
tecelão, in « Regards sur la psychanalyse en France », N.R.P. n°20,
Gallimard.
*É preciso vários
lugares em si para ter alguma chance de ser si. *O dogma esconde-se na clínica subjetiva
da mesma maneira que o fantasma se deixa entrever no discurso que se diz
científico.
Toda língua é
estrangeira, inclusive a língua materna, porque não foi minha língua no
começo : se eu tivesse nascido na China, falaria o chinês.
*Os conceitos [são] nossos instrumentos do
dia,e nada mais. Eles ignoram a sombra, recusam a noite. * Desconfio dos
conceitos, esses produtos de um pensamento desencarnado, quando pretendem tudo elucidar. *Os conceitos não
incomodam. Ao contrário, eles arrumam, como arrumamos e classificamos nossos
livros,papéis, vestimentos. * Temer ser absorto
pelo pensamento e pela linguagem do outro. *: « Sentimos muito cedo a
fuga{de Pontalis}da tirania dos códigos(…) a tomada de consciência de que escrever
é também sonhar, é também estar de luto, se sonhar ». Filosofia,Linguagem, Literatura, Escritura,Imagem,Pintura. *Claude Janin: J.-B. Pontalis, coleção Psychanalystes d’aujourd’hui, PUF,Paris,1997. 2.1 TRATAMENTO DA DOR NOS DOENTES MENTAIS Jornal Libération de 6/12/2006 Resumo e Tradução : Eliezer
de Hollanda Cordeiro Eric Favreau, no Jornal Libération de 6 de Dezembro, comenta um
inquérito realizado pela primeira vez na França sobre o tratamento
da dor em doentes mentais. Os
resultados foram impressionantes (…) « mais de dois terços dos psiquiatras reconhecem não terem sido formados para
enfrentar esse poblema. E a maioria
ignora os próprios instrumentos que permitem medir a dor. Como se a doença
mental ocultasse tudo ». O inquérito consistiu em escrever a todos os chefes dos seviços de
psiquiatria e aos farmacêuticos dos hospitais ».O Doutor Eric Serra
do Centre Hospitalier
Universitaire d’Amiens, responsavel do inquérito, « ficou
surpreso » ao constatar que o problema
ocorre tanto nos doentes tratados nos hospitais gerais como nos doentes tratados em hospitais especialisados ».
Uma constante : « a dor somática fica no segundo plano. Não se
trata nesses casos de sofrimentos psíquicos, que pudesssem ser atribuidos à
doença mental, mas incontestavelmente de
dores relacionadas com o corpo, como metástases cancerosas, dores articulares,
cefaléias, até mesmo dores dentárias ». Entre as explicações dessa anomalia,
o « inquérito revela um número insuficiente de médicos para tratar
os doentes ». [Em certos hospitais] « somente um terço dos pacientes têm um
médico para tratar problemas somáticos.
(…) . Dito de outra maneira,
a patologia mental é tratada mas não a
somática, e muito menos a dor ». « Outra explicação, « a doença mental isola.
E diminue as reações. Em minha prática, na consultação antidor do hospital de
Amiens », explica o Doutor
Eric Serra, « somos confrontados a atitudes particulares : pacientes indiferentes,
que não se queixam (…) Muitas vezes ficamos na dúvida, como no caso do
paciente que sofria de tanta dor de cabeça que se dizia prestes a utilisar uma
furadeira para curar suas dores : Mas o que ele tinha
exatamente »? « Ainda no mesmo inquérito, mais de cincoenta por cento dos
psiquiatras consideram « que a dor
em seus pacientes não é avaliada, não é
tratada como a dor de um indivíduo qualquer. O que fazer, então ? E
como tratá-la ? E é aqui que tocamos uma idéia muito difundida, isto é que os medicamentos psicotrópicos
teriam um efeito antiálgico ; e que o paciente que sofresse de uma dor
somática, seria assim aliviado. Na realidade, isto não foi demonstrado : poucos
antidepressores revelam-se capazes de uma ação simultânea contra a dor, embora os medicamentos antepsicóticos tenham as vezes esta ação. «Sobre
esta questão,como sobre muitas outras, o
que chama mais a atenção é ... a ausência de dados », ajuntou o Doutor
Serra. Outro exemplo: nas escalas
de avaliação, instrumentos indispensáveis para que o paciente possa medir a
intensidade da sua dor, não existe estudo mostrando se eles são eficazes para
os deoentes mentais. 2.2 A ESTRELA E O PSICANALISTA Marilyn, dernières séances Michel SCHNEIDER, prêmio l'Interallié 2006 E.de Hollanda Cordeiro « Marylin, últimas sessões»
(Grasset), livro escrito por Michel Schneider, foi recompensado com o prêmio literário l'Interallié.Neste
livro, situado entre romance e biografia, ele imagina as relações entre Marylin
Monroe e seu psiquiatra-psicanalista, , Ralph Greenson, durante os trinta meses precedendo o suicídio da estrela do cinema
americano. Escrevemos várias vezes sobre Michel
Schneider, psiquiatra e psicanalista que não de pode classificar nem categorizar com facilidade, autor de livros
sobre psicanálise, política, música e cinema. Assim, em Psiquiatras de renome ( POLBr de Novembro 2003), apresentamos o livro : “Big Mother,Psychopathologie
de la vie politique »,um ensaio admirável, escrito por um
psicanalista inspirado, cuja erudição ajuda-nos a melhor entender o funcionamento
psíquico daqueles que nos governam. “ A política é de ponta a ponta
animada pelo Inconsciente (...) os
homens políticos, como todos os homens,
não escapam à psicopatologia”. Em outra edição de France-Brasil-Psy, apresentamos
um resumo do artigo “Economia e mercado da
psicanálise na França”, que Michel Schneider
escreveu
com Antoine Compagnon. No
capítulo intitulado :”Economia na cura psicanalítica”,os autores abordam o
problema do dinheiro na cura e tentam uma avaliação do custo de uma cura
psicanalítica. Com
efeito, (...) “A cura é um desejo que se paga, e o paciente vai consagrar-lhe
uma fração substancial de sua renda ou de seu patrimônio ». Em seu último
livro, « Marilyn, últimas sessões », Michel Schneider explica
o tema de seu trabalho : ele sempre estudou as relações entre a
psicanálise e o cinema. E foi assim que descobriu, em suas pesquisas, a
história de Marilyn Monroe e de seu último psicanalista, Ralph Greenson, que tratou muitos atores de Hollywood. Autor de um
« Tratado técnico e prático da psicanálise», Greenson ele começou a tratar Marilyn em 1960,
parecendo haver esquecido tudo o que ele havia escrito sobre a técnica
psicanalítica : frequência e duração das sessões, tocar ou não o corpo do
analisando, como administrar a transferência e a contra-transferência, etc.. O livro retraça esta análise peculiar, que se terminou com o suicídio
de Marylin. O autor preferiu
escrever uma narração romanceada, na
qual personagens, datas e endereços são
verídicos, mas onde os episódios
se sucedem de tal maneira que a narração se transforma em tragédia : a da
funesta trajetória de uma existência em
perdição, de uma psicoterapia analítica impossivel, de uma folie à
deux : « Marilyn Monroe é uma personalidade borderline,
não delirante. Ralph Greenson é um neurótico narcísico. Contudo, juntos, eles
perderam o senso dos limites », disse Schneider, que recebeu o prêmio
literário Interallié por este livro situado entre romance e
biografia. 2.3 ARQUITETURA, ESPAÇOS E PSIQUIATRIA XXI Jornada de psiquiatria de Fontevraud Argumento publicado no « Le
Journal des psychologues », n°236, Avril 2006, pg1 Leio no Jornal dos
psicólogos o argumento da Jornada de psiquiatria da Abadia de Fontevraud: “Ser psiquiatra e arquiteto,
uma longa história se atou, primeiro em torno do asilo, de seus enunciados e de
suas metáforas. Trazendo a terapêutica consigo o asilo do século XIX não
constituiu um aparelho ou um fragmento da cura, mas a própria cura em sua
totalidade.Quais são os denominadores comuns de todos esses estabelecimentos
que edificaram-se a partir da promulgação da lei do 30 de Junho de 1938 ?
Existiria uma arquitetura preventiva, antidepressiva por exemplo ? E, ao
contrário, o que é um espaço patogênico, gerador de suicídio, de fobia de
comportamento adicto ? Que nos nos ensinam as projeções do psicótico sobre
uma possivel homologia entre o corpo humano e do edificado arquitetural, quando
uma potente solidariedade delirante
liga de maneira íntima a sua sorte ao espaço que o cerca ? A revista Psychiatrie Française,
em sua edição de novembro, propõe a
leitura dos seguintes livros : *Revue Française de Psychanalyse, N°3, (2006) Jacques ANGELERGUES, Marina PAPAGEORGIOU (sob
a direção) L’après coup PUF, 31 euros *La psychiatrie en péril : en dépit des
états généraux Hervé BOKOBZA, Anaïs BOKOBZA (sob a direção) Erès, 23 euros *La dignité Bernard DORAY LA Dispute ? 26 euros *100 mots pour comprendre la psychiatrie Jean GARRABE Les empêcheurs de tourner en rond, 18 euros *L’éternel retour de l’eugénisme Jean GAYON, Daniel JACOBI (sob a direção) PUF, 24 euros *Femmes sous emprise : les ressorts de la violence dans le couple Marie-France HIRIGOYEN Pochet, 6,60 euros *Ethique médicale interculturelle Regards francophones Nicolas KOPP, Marie-Pierre RETHY, Claudine
BRELET et François CHAPUIS(sob a direção) L’Harmattan, 21 euros *Les rituels familiaux :essais de
systémique appliquée Robert NEUBURGER Payot, 7,50 euros *Les dangers du on-dit : et autres
réflexions, abord analytique de la parole de l’autre Gisela PANKOW Campagne Première, 15 euros *Accompagner les personnes atteintes par la
maladie d’Alzheimer Michel PERSONNE Chronique sociale, 16,90 eros *Lalibi éthique Didier SICARD Plon, 19 euros *Revue Française de Psychanalyse, N°4(2006) Psychanalyse et institutions PUF, 31 euros *Abstrac
psychiatrie : www.impact-medecin.fr *La
revue française de psychiatrie et de psychologie medicale : www.mfgroupe.com *L’encephale:www.encephale.org *Les
actualités en psychiatrie: www.vivactis-media.com *Neuropsy :
www.neuropsy.fr *Nervure :
rédaction: Hôpital Sainte-Anne, 1 rue cabanis, 75014 paris. Téléphone: 01 45 65
83 09 fax. 01 45 65 87 40 *Neuronale
(revista de neurologia do comportamento) [email protected] *PSN :(psychiatrie,
sciences humaines, neurosciences) : rue de la convention, 75015 paris. Fax
: 0156566566 *Psychiatrie
française : [email protected] *Psydoc-broca.inserm.fr/cybersessions/cyber.html *Synapse :
[email protected] *Evolution
psychiatrique *Association
française pour l’approche integrative et eclectique en psychotherapie (afiep) *Association
française de psychiatrie et psychologie legales (afpp) *Association
française de musicotherapie (afm) *Association
art et therapie *Association
française de therapie comportementale et cognitive (aftcc) *Association
francophone de formation et de recherche en therapie comportementale et
Cognitive (afforthecc) *Association
de langue française pour l’etude du stress et du trauma (alfest) *Association
de formation et de recherche des cellules d’urgence medico-psychologique
(aforcump) *Association
nationale des hospitaliers pharmaciens et psychiatres (anhpp) *Association
scientifique des psychiatres de secteur (asps) *Association
commission des hospitalisations psychiatriques france (cdhp france) *Association
promotion defense de la psychiatrie a l’hopital general (psyge) *Association
karl popper *Association
pour la fondation Henri Ey *Association
internationale d’ethno-psychanalyse (aiep) *Collectif
de recherche analytique (cora) *Ecole
parisienne de gestalt *Ecole
française de sexologie *Ecole
de la cause freudienne www.causefreudienne.org *Groupement
d’études et de prevention du suicide (geps) *Groupe
de recherches sur l’autisme et le polyhandicap (grap) *Groupe
de recherches pour l’application des concepts psychanalytiques a la psychose
(grapp) *Regroupement
national en psychiatrie publique (renepp) *Société
française de gérontologie *Société
française de thérapie familiale (sftf) Société
francophone de medecine psychosoma *Société
française de psychopathologie de l’expression et d’art-therapie(sfpe) *Société
française de recherche sur le sommeil (sfrs) *Société
française de relaxation psychotherapique (sfrp) *Société
française de sexologie clinique (sfsc) *Société
française de psycho-oncologie/association psychologie et cancers *Société
d’addictologie francophone *Société
ericksonienne *Société
de psychologie medicale et de psychiatrie de liaison de langue française *Société
médicale Balint *Union
nationale des associations de formation médicale continue (unaformec) *Union
nationale des amis et familles de malades mentaux (unafam) *Association
Psychanalytique de France (apf) *Société
Psychanalytique de Paris (spp) *Ecole
Freudienne de Paris *Mediagora:http://perso.wanadoo.fr/christine.couderc/ *Agoraphobie.com:http://www.agoraphobie.com/ *Sitesfrancophones:http://www.churouen.fr/ssf/pathol/etatanxiete.html *Distúrbios do humor (afetivos) : www.depression.ch *Estados
limites em psiquiatria: tratamento (d. Marcelli): suicidio escuta - 24/24 http://suicide.ecoute.free.fr *Informações
sobre o suicidio e as situações de crise: http://www.suicideinfo.org/french *Centro
de prevenção do suicidio: http://www.preventionsuicide.be *Associação
alta ao suicidio: http://www.stopsuicide.ch *Suicídio
: http://www.chu-rouen.fr/ssf/anthrop/suicide.html *Drogas :
http://www.drogues.gouv.fr/fr/index.html *S.o.s.
Réseaux : http://www.sosreseaux.com/ *Ireb
– Instituto de pesquisas cientificas sobre às bebidas: http://www.ireb.com/
*Addica
: addictions precarité Champagne Ardenne : http://www.addica.org/ *Internet
addiction : conceito de dependência à internete: http://www.psyweb.net/addiction.htm *Estupefiantes
e conduta automobilistica; as proposições da sfta: http://www.sfta.org/commissions/ Coordination (coordenador):
Eliezer de HOLLANDA CORDEIRO ![]()
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