Quando escrevo, repito o que já vivi antes.  E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios,  pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranquilos e escuros como o sofrimento dos homens.    

 João Guimarães Rosa.

 

 

Boa noite a todos, senhores, senhoras, autoridades presentes, que cumprimento todas ao saudar o Dr. José Raimundo Lippi, presidente da Academia Mineira de Medicina, meu professor.

Tomo posse da cadeira de número 96 desse egrégio sodalício. É muito grande, diletos confrades, essa responsabilidade, e é, entre emocionado e honrado, que me sento ao vosso lado.

Sou uma pessoa direta, os que me conhecem sabem disso, prefiro discursos curtos, ou discurso nenhum, mas peço vênia para hoje contrariar expectativas. A singularidade do momento exige.

A admissão na Academia exige uma série de avaliações de mérito e alguns pré-requisitos, Entre eles, a idade mínima de 50 anos, que completei esse ano. Já dizia Osler que o homem é moralmente são aos trinta, mentalmente rico aos quarenta, e sábio aos cinquenta anos – ou nunca. Espero ter adquirido alguma sabedoria.

Nel mezzo del cammin de nostra vita

Meu trabalho como médico e professor, também meus quereres e prazeres, me fizeram conhecer meio mundo. Nesse ano viajei a doze países diferentes. Em onze deles o trabalho, no outro para a passagem de meus cinquenta anos. Uma viagem ritual. Primeiro a cidade eterna. A imperial Roma, onde nem Hanibal e nem Freud ousaram entrar. Depois Pompeia, para não esquecer que a vida é efêmera, as glórias passageiras, e que, em sendo pó, é ao pó que voltarei. É com o triunfo Romano, no coração, mas na mente a humildade que nos obriga Pompeia, que hoje me dirijo aos senhores.

Falarei sobre mim e minha vida e essa fina tessitura traçada entre o meu eu e as minhas circunstâncias. Longa a viagem, dispensa-se detalhes. Pouca falta faz que lhes diga como ela começou. Vamos ao que me trouxe ao porto de hoje, no meio do caminho de minha vida, o salão nobre da Academia de Medicina de Minas Gerais.

 

Não faças de ti um sonho a realizar. Vai. Sem caminho marcado. Tu és o de todos os caminhos.

Cecília Meireles

 

Ao me deparar com o branco papel, sem conseguir nele imprimir o meu espírito, duas palavras volteavam minha cabeça: caminho e ânimo. Palavras são seres muito caprichosos, quanto mais delas precisamos mais teimam em se esconder ou nos ocultar suas intenções… mas correrei o risco e as usarei, as duas,  como guias.

A primeira, caminho, segundo o Aurélio, “o Espaço a percorrer de um lugar para outro”, “o meio de alcançar um resultado”. De fato, para chegar aqui hoje um caminho foi percorrido, resultados alcançados. Vou sintetizar. Graduação em medicina na UFMG, onde tive, ainda, a honra de ser escolhido por meus colegas presidente do diretório acadêmico Alfredo Balena. Residência médica em psiquiatria, no Hospital das Clínicas, onde ocupei a presidência da associação dos residentes, do HC e depois, do estado de Minas Gerais. Mestrado em Famacologie et Pharmacochimie, pela Université Louis Pasteur, doutorado em Farmacologia pela UFMG e um pós-doutorado pela Université Paris-Decartes. Foram, até agora, duas centenas de artigos publicados, a maioria em revistas internacionais, dezenas de capítulos de livros, cerca de 50 orientações de mestrado doutorado e pós-doutorado. Centenas de conferências no Brasil e mundo afora, incontáveis atividades administrativas na Universidade e em entidades de classe e associativas como as presidências das Associações Latino americana e da Brasileira de prevenção do suicídio.

Esse caminho, esse percurso, entretanto, não passaria de um amontoado de números e de fatos, tal como um amontoado de ossos e carnes, um corpo sem vida, se a ele não se colasse a outra palavra que não me saia da cabeça: ânimo.

O que é animo? Animo pode ter muitos significados: espírito, alma, vida, intenção, sentido… Pois bem..o que anima meu caminho..o que dá vida a esse trajeto…qual a alma desse percurso???? É a pergunta que espero responder.

 

Perder-se é uma maneira de fazer novos caminhos e quebrar a rotina. Ninguém acha um atalho sem se perder antes

Fabrício Carpinejar

 

A medicina e a psiquiatria

Eu confesso! A medicina para mim foi uma circunstância. Ao iniciá-la aos dezoito anos, depois de ter cursado um ano de Física, e de uma paixão à primeira vista, fulgurante, pelas ciências exatas, ainda não sabia bem o que queria. Poupar-lhes-ei dos detalhes…

É perfeitamente possível uma paixão a primeira vista, mas amor à primeira vista não existe. Paixão é hormônio, amor é construção.

A medicina, e a psiquiatria mais especificamente, deram-me algo a mais, do que a matemática me oferecia. O encontro com o outro e outros desafios..

Na psiquiatria temos o desafio do cérebro e da mente, que são dois e ao mesmo tempo um. A cada instante, nossa biologia interage dialeticamente com o ambiente, gerando, um quase imperceptível novo EU, que interagindo de nova maneira com seu ambiente faz desse um novo, que modifica o EU, de nova maneira, a cada ínfima unidade de tempo, ad infinitum. Quântica pura. Somos seres plásticos, nos modificamos, somos modificados e modificamos. Saúde ou doença, que nessa perspectiva parecem muito relativos, depende desse processo.

Na psiquiatria temos ainda o desafio do singular encontro entre dois EUs, e poucos encontros humanos podem ser mais íntimos do que o do psiquiatra com o seu paciente. Adentramos mundos desconhecidos, narrativas por vezes insólitas, onde as regras da sintaxe podem desaparecer. Para alguns tentamos o conforto do cuidado, a observação atenta, tentativas de se reduzir a dor. Para outros, de acordo com as possibilidades de cada um, a transformação.

Venham até a borda, ele disse. Eles disseram: Nós temos medo. Venham até a borda, ele insistiu. Eles foram, Ele os empurrou… e eles voaram. ” 

Apolinaire

 

Acho que sou bom psiquiatra, mas gostaria de ser bem mais, por que há tanta dor que precisa ser aliviada e dor da alma dói como nenhuma outra. Tenho tentado fazer o melhor, mas há ainda muito a aprender.

Um dia pensei que seria poeta. Encontrei na psiquiatria minha poesia. Um dia desejei ser escritor. Encontrei nos meus pacientes as narrativas, histórias e estórias, que me fizeram sublimar esse desejo. Tenho o privilégio de ser psiquiatra. Observador do comportamento humano, artesão de almas.

Tout homme a deux pays, le sien et puis la France !”

 

Henri de Bornier / La fille de Roland

 

A França

Passei cinco anos de minha vida na França em dois momentos diferentes de minha vida. Aprendi muito como ser humano e devo a França e ás pessoas que estavam ao meu lado essa oportunidade. Viver em outro país, outra cultura, inserido plenamente nela, é uma experiência única. Aprendi também medicina, psiquiatria e como fazer boa ciência.

Primeiro a Alsácia, Rouffach. Eu tinha um cargo de médico “Medecin Specialiste Attaché”, o que em termos práticos significava que eu era médico, psiquiatra, funcionário público, com os mesmos direitos e deveres de meus colegas franceses. Também fui estudante de mestrado e doutorado na Université Louis Pasteur.

Era um momento de efervescência. Quando cheguei a Rouffach o serviço acabara de instalar uma ressonância magnética funcional de 3,5 tesla, uma das primeiras do mundo, e era um dos serviços mais dinâmicos da Europa graças a uma pessoa, o Dr. Macher, Jean Paul, o chefe do serviço, com quem aprendi muito e que, digo com muito orgulho, se tornou um amigo. Tive o privilégio de conhecer, de conversar, em algumas situações fazer amizade, nos seus longos e, por vezes, pantagruélicos jantares, pessoas como Jacques Servier, Paul Janssen, do qual ouvi, sem intermediários, durante um almoço, a história do desenvolvimento do Haloperidol, que ele próprio desenvolvera décadas antes. Alguns Nobeis como Kandel e Carlsson, e nomes como Tim Crown, Kupfer, Meltzer, Angst, Nancy Andreasen (que veio aqui em Belo Horizonte duas vezes a meu convite) e muitos, muitos outros.

Nessa época eu tinha 27, 28, 29 anos de idade. Nessa época me casei também, com minha companheira de toda vida.

Anos depois, Paris. Hopital Saint Anne onde estiveram Delay, Deniker Pierre Pichot.  Ao chegar em Paris, minha sala não estava pronta. Deram-me, provisoriamente, a sala que antes fora ocupada por Lacan.

Que privilegiado eu fui. Merci la France!

Subdesenvolvimento não se improvisa.

É obra de séculos.

Nelson Rodrigues

 

Além de aprender medicina, privilegiado também por viver uma cultura diferente, outros modos. A confiança no estado, ser respeitado, por cada cidadão e pelo estado. A noção de que, de fato, não apenas no discurso, todos são iguais. Sair de casa e ter a certeza que retornarei, bem, (que não serei mais uma das sessenta mil vítimas de homicídio e outros tantos sessenta mil mortos brutalmente nas nossas estradas). Nosso país é muito violento e muito agressivo e nossos magistrados, a se fiar na nossa impressa, recebem em sua maioria proventos muitíssimo acima do teto legal (o que possivelmente não deve ser ilegal, já que são magistrados que interpretam a lei, mas claramente imoral).

Perceber, receber e praticar aquelas sutis gentilezas do dia a dia, que fazem enorme diferença em nossas vidas… O culto ao trabalho duro, o trabalho bem feito e ao mérito. Quantas diferenças com nosso país. Não temos nenhum Nobel, em área alguma, mas ainda nos preocupamos com a escalação dos nossos times de futebol… Tristes trópicos!

Nosso herói é Macunaíma, aquele sem caráter e muito preguiçoso. Produzimos-os em massa, e até elegemos Macunaíma. São muitos os exemplos, longuíssima a lista, e sensível o assunto, me furtarei de nomina-los, tanto os que estão na cadeia, quanto os que não estão, tanto os que não têm quanto os que barba têm… se é que me entendem.

Desculpem-me mais uma vez, também não partilho o mito do brasileiro dócil, hospitaleiro, gentil. O brasileiro é antes de tudo um OGRO, que precisa, creio eu de quatro coisas fundamentais, que enumerarei:

1-Educação

2-Mais educação

3-Muito mais educação

4-Disciplina e persistência (coisas que habitualmente são desnecessárias quando as três anteriores estão  satisfeitas).

Está se deteriorando a bondade brasileira. De quinze em quinze minutos, aumenta o desgaste da nossa delicadeza.

Nelson Rodrigues.

 

Para os que não me conhecem e que podem, nessa altura, me achar antipatriota, antibrasileiro esclareço logo. Escolhi viver no Brasil. Convites para outros países já tive muitos, portas abertas mundo afora, as tenho. Cidadanias tenho outras, além da brasileira. Escolhi viver no Brasil por que acredito poder contribuir para mudanças, tão fundamentais. Estamos em uma encruzilhada. Quanto aos meus filhos, não sei.. Talvez eu tenha que protege-los, do nosso país. Espero não ser obrigado a isso.

A Universidade

Entrei na UFMG como estudante em 1985, para fazer física e em 1986 para estudar medicina. Essa é minha segunda casa e dela não mais saí, exceto nos períodos em que estive fora do Brasil. Escolhi estar na Universidade, à universidade com U maiúsculo.

A universidade surgiu há quase mil anos e desde Bologna e Paris, principalmente Paris, universtitaes magistrorum, alma mater de todas as outras, alguns princípios permanecem fundamentais e deles somos todos, guardiões: Liberdade e autonomia.

Liberdade, principalmente de pensamento. Não confundamos, naturalmente, o pensamento com a banal opinião. O pensamento deve ter por alicerce os fundamentos da ciência de excelência. Conceitos precisos, cuidadosa demonstração. Dogma é a própria negação do princípio fundador da universidade. E a autonomia? Essa deve nos proteger de poderes os mais variados, de ideologias que sufocam a liberdade, de governos que tenta nos controlar. A autonomia tem por objetivo, em última instância, preservar a liberdade, o pensamento e o livre pensar. Esses são, a meu ver, os dois pilares da Universidade. Não poderia deixar, entretanto, de citar também o mérito. O mérito é o oxigênio do livre pensar, a espinha dorsal de uma academia, que não pode se curvar a ingerências de ordem econômica, política, sindical, partidária, governamental, corporativa, religiosa,  assim como, também não pode fazer distinções em relação à  cor da pele…Vivemos em um pais muito injusto, eu bem sei, mas o que poderia substituir o mérito? O sobrenome? A filiação partidária? Ideologias, Democratismos, sindicalismos e corporativismos é a antítese do espírito de qualquer Academia.

Nem sempre é fácil manter esses princípios. Tentações há que nos levam por vezes a decisões açodadas. Há pressões de todas as ordens. Há também inimigos que estão à espreita. Sim, sim, por incrível que pareça o livre pensar sempre teve inimigo, com roupagens e apresentações diferentes ao longo dos tempos, e que continuam por ai… Desconfiem daqueles que têm muitas verdades, desconfiem daqueles que colocam suas ideias acima da realidade dos fatos, acima da experimentação, desconfiem daqueles que sabem o que é o melhor e, principalmente, daqueles que acreditam saber, mais do você próprio, o que é o melhor pra você. Desconfiem também dos que vilipendiam o mérito… Desconfiem…desconfiem sempre.

Nossa, universidade, essa que estamos vendo, com u minúsculo tem feito uma opção preferencial pela mediocridade.  Instalou-se um sistema de cotas (da qual não sou, em princípio, contrário, sei que nosso país eh muito injusto), mas que foi implantado sem se fazer nenhuma mudança estrutural para se resolver o mal pela raiz que é a péssima qualidade de todo o ensino público antes de se chegar na universidade. Isso para mim tem um nome: populismo.  Da forma como foi implantada, precisaremos eternamente das cotas, mantendo ad infinitum os conflitos que dai resultam, sem resolver o problema de base. Isso tem para mim outro nome: má-fé. Agora também se torna professor titular, o mais alto posto da universidade, mais por antiguidade, do que por merecimento, resultado do ultimo movimento grevista Todos serão titulares, assim todos terão aumentos de salario. Precisamos de universidades, não de colejões. Professor de uma universidade, com U maiúsculo, não poder ser um barnabé. Os sindicalistas, os corporativistas e os idiotas perderam completamente a modéstia e a vergonha.

Suicídio

Estudo pesquiso, ensino e atuo socialmente na prevenção do suicídio há trinta anos. Meu primeiro trabalho sobre suicídio foi feito quanto eu era estudante de graduação, há 29 anos. Recentemente fui convidado, honrado, para ajudar em um documentário cuja serie que terá 13 episódios e se chama: Cientistas brasileiros entre o melhores. São trezes episódios com 13 cientistas escolhidos por seu trabalho científico e pela repercussão social de sua produção. Ano que vem os senhores terão a oportunidade de assisti-lo nos canais comerciais de alta difusão..

O Patrono

A cadeira 96, Patronímica de Antônio Zacarias Álvares da Silva, filho natural e homônimo do primeiro e único barão do Indaiá. Nascido em 06 de setembro de 1847 em Pompeu.

Estudou no Seminário de Mariana, formou-se em medicina no Rio de Janeiro. Casou-se com a viúva Balbina Alves de Souza e foi para a França continuar seus estudos de Medicina. Regressando ao Brasil, fixou residência na Vila do Marmelada, atual cidade de Abaeté. A partir de 1880, Zacarias foi deputado provincial por duas legislaturas. Em 1889, mudou-se em Dores do Indaiá. Em 1891, foi eleito vereador, Presidente da câmara e Agente Executivo Municipal, iniciando assim, a era Zacariana que modificou o espaço urbano da cidade, transformando o antigo arraial com vias longas e retilíneas (um Haussman do oeste mineiro). Reeleito sucessivas vezes, em 1894, 1897, 1900 e 1903, veio a morrer administrando a cidade, em 1905.

O último ocupante

Todo mundo é vassalo de alguém

Marco Aurélio Baggio

Marco Aurélio nasceu em Belo Horizonte no dia 08 de março de 1943 e faleceu 71 anos depois, também em BH. Formou-se em medicina pela UFMG em 1965 e se especializou em psiquiatria e em psicanálise, mas sua produção intelectual foi muito além da medicina e da psiquiatria.  Marco Aurélio Baggio é autor de vários estudos no campo da literatura, especialmente sobre as obras de Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, Raduan Nassar, Nelson Rodrigues, Umberto Eco e Harold Bloom. Estudioso do capitalismo globalizado também discutia sobre os aspectos políticos e econômicos da conjuntura mundial e o impacto provocado por essas mudanças na vida das pessoas.

Ao longo de quase 50 anos de carreira, ele foi agraciado com 35 insígnias e medalhas por mérito cívico, publicou 19 livros e foi empossado membro da Academia de Letras do Brasil, ocupou a cadeira número 10 do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, do qual foi presidente emérito. Ocupava, também, a cadeira número 27 da Academia Brasileira de Médicos Escritores (Abrames) e foi presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores Regional Minas Gerais.

Ocupou aqui nonagésima sexta cadeira, que agora me honra ocupar. Lembro-me de sua posse nessa Academia (De fato conheci o Marco Aurélio desde quando eu era criança). Ele iniciou seu discurso com essa frase: Todo mundo é vassalo de alguém, para expressar o fato de que todos nós devemos algo a outros.

É muita responsabilidade ocupar seu assento nessa casa.

Hoje, dia 06 de dezembro de 2017, aqui estou eu, tomando posse na Academia Mineira de Medicina. Como nos disse Quintana, Temos todos, dentro de nós, todas as idades. Assim, ainda tenho dentro de mim o menino de sete anos, short azul marinho, entrando pela primeira vez na escola Estadual Maria Modesta Cravo… Tenho outro menino de dez anos que cruzou os portões do Colégio Santo Antonio… o adolescente  que prestou vestibular para medicina, o jovem que realizou a residência em psiquiatria… e o já adulto que cruzou o atlântico para fazer o mestrado, o doutorado e depois ingressou como docente na UFMG.  Não poderia deixar, portanto, hoje, de agradecer cada um que contribuiu, em cada uma de minhas “idades”, como diria o Quintana, para que eu aqui hoje estivesse. Muitíssimos nomes me vêm à cabeça tornando longa a lista…

Com todos aprendi algo especial. Não poderia deixar de citar minha família, meu pai Humberto, minha mãe Maria Helena, meus irmãos, Helena, Hebert, Heraldo, Hilmara, esteio e abrigo, assim como alguns amigos que de tão próximos viraram família. Finalmente, minha esposa, Maria, companheira de vinte anos, cúmplice de meus desejos, reconforto entre as batalhas. A minha musa, sim também tenho direito a uma, Luísa, minha filha, e o Lucas, meu Príncipe, que são, o que de mais importante já fiz em minha vida, minhas obras primas, que me dão todos os dias outros sentidos, outras razões, outros ânimos, ainda além daqueles que eu já tinha… e me impulsionam  a seguir meus caminhos….

 

Já foi dito que a gratidão é a memória do coração. Tenham certeza, meu coração não se esquece. Meu muito obrigado a todos!

 

 

 

 

 

 

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