Dezembro de 2025 – Vol. 31 – Nº 12

Sérgio Telles

  1. Alentado texto acadêmico de autor chinês sobre o conto gótico “Uma rosa para Emily”, de William Faulkner, analisado sob a ótica da teoria lacaniana.

Analysis of Emily’s Subject Construction in A Rose for Emily from Jacques Lacan’s …

  1. Artigo relembra a trajetória radical de Reich, articulando suas ideias com a manosfera – o atual universo da masculinidade em crise com o declínio do patriarcado.

Reich hoje: a economia sexual da manosfera – Esquerda.net

  1. Interessante artigo de sociólogo croata sobre o crescente número de pessoas com problemas emocionais, apesar da abundância de profissionais da área para atendê-los. Considera um equívoco o clamor por mais psicólogos, quando o que se faz necessário é uma profunda reflexão crítica sobre a prática, que ignora a patologia social e centra o foco no individuo, visando mantê-lo funcional dentro das demandas ideológicas alienantes do neoliberalismo.

Do we really need more psychologists? | Meer

  1. Interessante artigo em que o autor, um psicanalista norte-americano, critica o “terceiro analítico” (que outros chamam de “terceira tópica”), a atual tendência da psicanálise de trocar o foco no mundo interno e dirigi-lo para as relações intersubjetivas. Ou seja, a mente individual é substituída por relações intersubjetivas, um campo relacional externo, o que seria um grave erro, pois, com essa manobra, a mente desaparece e com ela a psicopatologia, restando apenas abstrações relacionais.

Some Problems With the “Analytic Third” | Psychology Today

  1. Na mesma linha do link acima e escrito pelo mesmo autor, é enfatizada a ideia da existência de duas posições filosóficas opostas na psicanálise – uma que procura a “verdade psicológica” e outra que vê a mente e o significado como produto de um relacionamento. Enfatiza ele que os jovens estudantes devem ser informado dessas diferentes abordagens, para evitar confusões no aprendizado.

The Two Psychoanalyses | Psychology Today

  1. O prestigiado Prêmio Sigourney, da Fundação Sigourney e criado em 1989, premia anualmente pessoas ou instituições cujo trabalho enriquece de alguma forma o acervo psicanalítico. Este ano foi concedido à psicanalista Dana Amir (Israel), Calibán – Revista Latino-Americana de Psicanálise (Uruguai), à escritora Siri Hustvedt (Estados Unidos) e à plataforma digital e editora ROOM – A SKETCHBOOK FOR ANALYTIC ACTIONS (Estados Unidos).

O prêmio Sigourney Award de 2025 homenageia quatro pessoas por seu trabalho criativo e …

  1. Entidades palestinas de saúde mental protestam contra o Prêmio Sigourney outorgado a Dra. Dana Amir, de Israel, por seus estudos com trauma em vítimas e perpetradores de violência de guerra de Gaza. Alegam ser inaceitável que tais estudos não mencionem a condição de genocídio em andamento naquela região, tal como considerou a Comissão de Investigação da ONU. Em longo manifesto fazem denúncias, exigem retratação e reparação para o povo palestino, especialmente para os trabalhadores de saúde mental, que trabalham em condições extremas.

On Professional Silence During Genocide: The 2025 Sigourney Award – CounterPunch.org

  1. Extensa entrevista em jornal do Sri Lanca com Alenka Zupancic, pensadora original que articula filosofia e psicanálise e colaboradora próxima de Slavoj Zizek.

The Impossible Object of Sex: My talk with Alenka Zupančič – Sri Lanka Guardian

  1. Número especial da MAD IN AMERICA – uma publicação de esquerda muito atuante na área da saúde mental, explorando o tema CLASSE E PSICANÁLISE, com muitos autores de relevância nessa área nos Estados Unidos.

Special Issue: Class and Psychoanalysis – Mad In America

  1. Também da MAD IN AMERICA e na mesma linha dos trabalhos acima, esse artigo com o sugestivo título – “Desconforto provocado – escrita expressiva sobre dinheiro, classe e psicanálise”.

Evoking Discomfort: Expressive Writing on Money, Class, and Psychoanalysis

  1. O excelente filme O AGENTE SECRETO, de Kleber Mendonça Filho, tem provocado muitos debates em função de sua potência crítica, como mostra essa entrevista.

O que as discussões em torno de ‘O Agente Secreto’ revelam sobre o Brasil de hoje

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