1.STEFAN ZWEIG

Uma das lições mais importantes que nos oferece a leitura do livro de STEFAN ZWEIG , « Le Brésil, terre d’avenir », um inédito que acaba de ser publicado na França, reside, em última análise, nesta imensa dificuldade que todo observador encontra ao tentar descrever a complexa realidade brasileira, para, em seguida, emitir hipóteses sobre o seu futuro. O livro de Zweig, deste ponto de vista, é exemplar: raramente um escritor soube falar com tanta erudição, clareza e pedagogia do Brasil, da sua cultura, da sua economia e da sua história. Ao mesmo tempo, apesar de seu talento extraordinário, de suas precauções, Zweig não poude evitar o amalgama entre um olhar profundamente pertinente desta sociedade e sua idealisação insensata.

Olhar profundamente pertinente? Sem dúvida alguma, como podemos ler no prefácio que Alain Mangin escreveu na tradução francesa do livro de Zweig : (…) ‘’o interesse desta obra reside na solidêz de sua informação e na elegância de sua escritura. Zweig está em sintonia com o saber de sua época. O capítulo intitulado ‘’História’’ permanece justo. (…) O consagrado à economia é habilmente examinado. Mais uma vez Zweig leu tudo, escutou muito e entendeu perfeitamente.(…) As páginas dedicadas às questões de investimento, à procura de novos capitais e a eterna questão da desvalorização da moeda parecem diretamente oriundas da pena de um correspondente de imprensa ali estabelecido ».

Esta lucidêz impressionante de Zweig encontra-se tambem no capítulo intitulado « Cultura ». Como nos diz Alain Mangin com muita razão:(…) Zweig reconheceu imediatamente, por exemplo,

os sucessos da literatura brasileira. (…) Ele passou bem perto da ideia ainda excessivamente paradoxal para ser inteiramente percebida, mesmo hoje, da radical modernidade da cultura brasileira’’.

Zweig era consciente dos perigos que comportava toda e qualquer predição sobre um país tão complexo como o Brasil. Assim, ele poude escrever na introdução ao seu livro: ‘’ Preocupado com a verdade, devo renunciar a emitir conclusões definitivas, previsões, ou a fazer profecias sobre o futuro econômico, financeiro e político do Brasil. Os problemas culturais do Brasil são tão novos, tão particulares, e, sobretudo por causa de suas dimensões, apresentam-se de uma maneira tão dificil a resumir, que seria necessário, para explicar cada um deles como se deveria, uma equipe inteira de especialistas. Uma visão global que abranja tudo é impossivel num país que não tem ainda dele mesmo nenhuma visão global que abranja tudo, é impossivel num país que não tem ainda dele mesmo nenhuma visão global e que, ainda mais, encontra-se em um período de crescimento tão tumultuoso que todos os julgamentos e todas as estatísticas tornam-se caducas no momento mesmo em que as escrevemos ou as imprimimos. Nestas condições, parece-me fundamental compreender as razões que levaram Zweig a perder de vista esta intenção de uma descrição objetiva da realidade brasileira, alterando-a de tal maneira que ela se transformou em inúmeras passagens, em sua idealisação inconsequente.

A idealisação inconsequente de Zweig ? Ele descreve um país ‘’cuja importância para as futuras gerações é incalculável. Ele escreve ainda ‘’que não existe no Brasil nenhuma fronteira de cor, nenhuma delimitação, nenhuma casta orgulhosa’’. Ele assevera ‘’que não existe na lingua palavra alguma de desprezo para com o negro ou o crioulo’’. Ao visitar Recife, ele afirma: dentro de alguns anos ou décadas, Recife será uma cidade- modelo’’.

Poderiamos citar várias outras passagens do livro para demonstrar que, num dado momento, ele perdeu o contacto com a complexa e contraditória realidade brasileira, passando de uma retórica objetiva e imparcial de descrição dos fatos observados, a uma retórica de elogios ditirâmbicos e de previsões megalomaniacas sobre o futuro do Brasil.

2. A DOENÇA DE CHARCOT MELHOR DETECTADA

Referência: Sophie Lacoste

O célebre físico britânico Stephen Hawking morreu recentemente, aos 76 anos. Ele sofria de uma doença degenerativa desde os 21 anos, a doença de Charcot, também chamada esclerose lateral amiotrófica.

Cada ano, no mundo, ela concerne uma pessoa sobre 50000, e entre 5000 e 7000 na França. Nota-se um aumento global de 50% nos cincoenta últimos anos, por causa do aumento da esperança de vida e de melhores diagnósticos.

Trata-se dum ataque dos neurônios motores. As informações transitam de menos e menos bem entre o cérebro e os músculos, que terminam se atrofiando. Em compensação, os doentes conservam, na maioria dos casos, suas faculdades sensoriais e intelectuais. As causas sa doença restam desconhecidas mesmo se suspeitamos certos fatores : tabagismo, pesticidas, esporte de alto nivel, intoxicação por metais pesados…

LIMITAR OS SINTOMAS

Mais frequentemente, a doença se manifesta primeiro nos membros

(fraqueza e fundição dos músculos, problemas de contração involuntária) , em seguida os músculos respiratórios são atingidos, bem como os da deglutição e da palavra. Ela concerne pessoas 40 à 70 anos, e os homens mais do que as mulheres Mesmo que não exista tratamento propriamente dito, alguns medicamentos podem limitar os sintomas. Esforços musculares adaptados são recomendados, assim como a permanência de un peso estável. E se esta afecção resta fatal, 10% das pessoas atingidas sobrevivem além de 10 anos.

3. NAS CRIANçAS, O RISO FAZ PARTE DA TERAPIA

Referência: Michel Cymes, essentiel santé magasine, junho 2018

O humor, podemos utilisá-lo com as crianças. É o que se passa com o Riso Médico onde palhaços vêm nos serviços de pediatria. Uma criança doente é bastante destabilisada porque ela não está em sua casa. A apatia, o sorriso, a gargalhada fazem parte da terapia, afora casos dramáticos, naturalmente. O objetivo é de mostrar que a vida não é a doença, não é o hospital e que quando a criança sair, tudo retomararar o curso normal.

Na relação com meus pacientes, em vez de falar do riso, posso falar de descontração e de sorriso. Desde que posso distender a consulta porque a situação não é tão grave, eu o faço. Sobre um plano terapêutico, utilizo o riso quando sinto os pacientes muito angustiados, embora não tenham nada. Em seguida, há os hipocondriacos. Para eles, isto é um verdadeiro sofrimento, por conseguinte, nem sempre se pode rir. Mas,qundo ficam calmos porque dissemos que não havia nada de grave, podemos nos permitir um pequeno sorriso e lhes falar das angústias da doença.

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