Volume 22 - Novembro de 2017 Editor: Walmor J. Piccinini - Fundador: Giovanni Torello |
Abril de 2016 - Vol.21 - Nº 04 Psicanálise em debate SOBRE O LIVRO “O PSICANALISTA VAI AO CINEMA – VOLUME 3”
Sérgio
Telles Em “O psicanalista vai ao cinema – volume 3” (Editora Zagodoni, 2016) mantenho o objetivo de seus predecessores, ou seja, divulgar psicanálise através da interpretação de filmes. Consta de 22 textos, muitos deles publicados em diferentes lugares, nos quais discuto 52 filmes. Deles constam três palestras. Numa delas, realizada em Caxambu, MG, no V SINAL da Universidade Vale do Rio Verde (UNINCOR), em 24/04/09, abordei os filmes “Cidade dos Sonhos” (2001) e “O Império dos Sonhos” (2006), de David Lynch. Na outra, realizada na I Jornada Paulista de Cinema e Psicanálise do Instituto de Psicologia da USP em 10/12/2009, citei os filmes “Beleza Americana” (1999) de Sam Mendes; “Anticristo” (2009) de Lars von Trier; “Cada um vive como quer” (1970), de Bob Rafelson; “Veludo Azul” (1986), de David Lynch; “O triunfo da vontade” (1935), de Leni Riefenstahl; “Saló ou 120 dias de Sodoma” (1975), de Pasolini; “O Falsário” (2007), de Stefan Ruzowitzky; “A Estrada Perdida” (1997), de David LYnch, “Festa de família” (1998), de Thomas Vinterberg; “A vida é bela” (1997), de Roberto Benigni; “Procurando os Friedman” (2003), de Andrew Jarecki; “Felicidade” (1998) e “Histórias Proibidas” (2001), de Todd Solondz; “O pântano” (2001), de Lucrécia Martel, “Caráter” (1987), de Mike van Diem; “Uma babá quase perfeita” (1993), de Chris Columbus , “Wall Street” (1987), de Oliver Stone e “Tudo sobre minha mãe” (1999), de Pedro Almodóvar. A terceira palestra foi realizada no XII Simpósio do Núcleo de Estudos Junguianos da PUC-SP, sob o titulo “Erotismo e sexualidade na contemporaneidade”, 31/10/2014, onde abordei o filme de Lars von Trier, o “Anticristo” (2009). Os filmes analisados mais detidamente são “A grande beleza” (2013), de Paolo Sorrentino ; “Eu, mamãe e os meninos” (2013), de Guillaume Gallienne; “A Caça” (2012), de Thomas Vinterberg; “Amor” (2012), de Michael Haneke; “Depois de Lúcia” (2012), de Michel Franco; “A pele que habito”, (2011), de Pedro Almodóvar; “Shame” (2011), de Steve MacQueen; “Precisamos falar sobre o Kevin” (2011), de Lynne Ramsay; “J. Edgar” (2011), de Clint Eastwood e “Separação” ( 2011), de Asghar Farhadi; “Os descendentes” (2011), de Alexander Paine; “As canções” (2011), de Eduardo Coutinho; “Melancolia” (2011), de Lars von Trier; “A árvore da vida” (2011) de Terence Mallick; “Meia-noite em Paris” (2011), de Woody Allen; “Um método perigoso” (2011), de David Cronenberg; “Film Socialisme” (2010), de Jean-Luc Godard; “Ele não está tão a fim de você” (2009), de Ken Kwapis, onde também abordo os filmes “Closer” (2004), de Mike Nichols, “Vicky, Christine, Barcelona” (2008), de Woody Allen, “Thelma e Louise” (1991), de Ridley Scott e “Cenas de um casamento” (1974), de Ingmar Bergman ; “A janela” (2008), de Carlos de Sorin; “Pecados inocentes” (2007), de Tom Kalin; “Saraband” (2003), de Ingmar Bergman; “A Secretária” (2002), de Steven Sheinberg; “8 e ½ mulheres” (1998) de Peter Greenaway; ”Leolo” (1992), de Jean-Claude Lauzon; “Nostalgia” (1983) de Andrei Tarkovsky e “O conformista” (1970), de Bernardo Bertolucci. Nesses filmes os conflitos psíquicos inconscientes são determinantes na construção dos personagens e das situações nas quais estão enredados e aprisionados. Além do mais, eles oferecem uma ampla abertura sobre importantes problemas socioculturais que exigem nossa atenção, como a produção artística, as questões de gênero, a pedofilia, a violência, a eutanásia, as relações familiares, o bullying, o transexualismo, a nova moralidade sexual, a psicanálise, a política, a paternidade, o machismo, o patriarcalismo, o feminismo, etc. A psicanálise continua sendo um instrumento indispensável para a compreensão do homem e de suas circunstâncias, desde que o inconsciente está presente em todas as suas obras. Espero que a leitura desse livro dê uma boa mostra disso.
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