Psyquiatry online Brazil
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Volume 22 - Novembro de 2017
Editor: Walmor J. Piccinini - Fundador: Giovanni Torello

Dezembro de 2016 - Vol.21 - Nº 12

Psiquiatria na Infância e Adolescência

CRIANÇAS ADOTADAS

Psychiatry online Brasil dá sequência a tradução de Fact for Families da AACP (http://www.aacap.org/aacap/families_and_youth/facts_for_families/fff-guide/FFF-Guide-Table-of-Contents.aspx)

“O tema da adoção no Brasil é um desafio de enormes dimensões, como comprova a análise dos dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA), administrados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Existem hoje cerca de 5.500 crianças em condições de serem adotadas e quase 30 mil famílias na lista de espera do CNA. O Brasil tem 44 mil crianças e adolescentes atualmente vivendo em abrigos, segundo o CNCA — em fevereiro do ano passado, eram 37 mil. Se há tantas pessoas dispostas a acolher uma criança sem família, por que o número de meninas e ­meninos do cadastro, não param de crescer? (https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/adocao/realidade-brasileira-sobre-adocao.aspx)”.

Aproximadamente 120.000 crianças são adotadas a cada ano nos Estados Unidos.

As crianças com deficiência física, emocional ou do desenvolvimento que uma vez foram consideradas difíceis de colocar, com uma nova família estão agora sendo adotado.

 ("necessidades especiais adoções"). 

Adoção ajuda muitas destas crianças que crescem em famílias permanentes em vez de orfanatos ou instituições.

Os pais com uma criança adotada de saber se, quando e como informar ao seu filho que ele ou ela é adotado. Eles também querem saber se adotaram crianças especiais de enfrentar 

problemas ou desafios.

 

Os psiquiatras de crianças e adolescentes recomendam que a criança seja informada sobre a adoção pelos pais adotivos.  

As crianças devem saber sobre sua adoção de uma forma que possam compreender.

Existem pelo menos dois pontos de vista

diferentes sobre quando uma criança deve ser informada que ela é adotada. 

Muitos especialistas acreditam que a criança deve ser informada numa idade mais jovem possível. Esta abordagem proporciona a criança uma oportunidade inicial para aceitar e 

integrar o conceito de "adoção". Outras especialistas acreditam que dizer a uma criança muito 

cedo pode confundir a criança que realmente não consegue entende a informação. 

Estes especialistas recomendam esperar até que a criança tenha mais idade.

Em ambos os casos, as crianças devem saber da sua adoção pelos pais adotivos.

Isso ajuda a dar a mensagem de que a adoção é algo bom e que a criança pode confiar nos pais.  Se a criança vier, a saber, sobre a adoção, intencionalmente ou acidentalmente 

de alguém que não sejam os pais, a criança pode sentir raiva e desconfiança para com os pais e pode ver a adoção como ruim ou vergonhoso porque foi mantida em segredo.

Filhos adotivos vão querer falar sobre sua adoção e os pais devem incentivar este processo. Livros infantis excelentes estão disponíveis em livrarias e bibliotecas que podem ajudar os pais a contar à criança sobre a adoção ou o processo de adotar.  

As crianças têm uma variedade de respostas para o conhecimento que eles são adotados.

Seus sentimentos e respostas dependem de sua idade e nível de maturidade. 

A criança pode negar a adoção ou criar fantasias sobre isso. 

Frequentemente, crianças adotadas podem apresentar crenças que foram doados por

ser ruim ou podem acreditar que eles foram sequestrados. 

Se os pais falam abertamente sobre a adoção e conseguem apresentá-la de uma forma positiva, estas preocupações são menos propensas a ocorrer e se desenvolver.

Todos os adolescentes passam por uma fase de luta com sua identidade, querendo saber como eles se encaixam com sua família, seus colegas e o resto do mundo. 

Esta luta pode ser ainda mais intensa para os filhos adotados de outros países ou culturas. 

Na adolescência, a criança adotada é provável que tenha um interesse aumentado em seus pais de nascimento. Esta curiosidade aberta é normal e não significa que ele ou ela está rejeitando os pais adotivos. 

Alguns adolescentes podem desejar aprender a identidade de seus pais biológicos. 

Pais adotivos podem responder por avisar o adolescente é normal ter essas dúvidas e perguntas e  quando perguntado deve dar que informações têm sobre a família de nascimento com 

sensibilidade e apoio.

Pais adotivos, muitas vezes, têm dúvidas sobre como lidar com as circunstâncias da adoção. Estes pais precisam de apoio de profissionais de saúde e saúde mental.

Alguns filhos adotivos podem desenvolver problemas emocionais ou comportamentais. 

Os problemas podem ou não podem resultar de insegurança ou de fatos relacionados à sua adoção.  Se os pais ficarem preocupados, devem procurar ajuda profissional. As crianças que estão preocupadas com a sua adopção também devem ser avaliadas. 

Um psiquiatra da criança e do adolescente pode ajudar a criança e os pais adotivos determinar se  a ajuda é necessária ou não.

Segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção, para cada criança na fila, há cinco famílias querendo adotar. O perfil das crianças que os futuros pais sonham, no entanto, é bastante restrito. No Brasil, 29% das famílias querem adotar somente meninas e quase 70% não aceitam ficar com os irmãos. São meninos pardos entre 8 e 17 anos com irmãos que acabam ficando mais tempo nos abrigos. E enquanto 69% só aceitam crianças sem doenças, mais de 25% possuem problemas de saúde.


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