Outubro de 2013 - Vol.18 - Nº 10 Editor: Walmor J. Piccinini - Fundador: Giovanni Torello |
Outubro de 2013 - Vol.18 - Nº 10 France - Brasil- Psy Coordenação: Docteur Eliezer DE HOLLANDA CORDEIRO Quem somos (qui
sommes-nous?)
France-Brasil-PSY é o novo espaço virtual de “psychiatry on
line”oferto aos profissionais do setor da saúde mental de expressão
lusófona e portuguesa.Assim, os leitores poderão doravante nela encontrar
traduções e artigos em francês e em português abrangendo a psiquiatria, a
psicologia e a psicanálise. Sem esquecer as rubricas habituais : reuniões
e colóquios, livros recentes, lista de revistas e de associações, seleção de
sites. Qui sommes- nous ? France-Brasil-PSY est le nouvel espace virtuel de “psychiatry on
line”offert aux professionnels du secteur de la santé mentale d’expression
lusophone et française. Ainsi, les lecteurs pourront désormais y trouver des
traductions et des articles en français et en portugais concernant la
psychiatrie, la psychologie et la psychanalyse. Sans oublier les rubriques
habituelles : réunions et colloques, livres récentes, liste de revues et
d’associations, sélection de sites
1) AS ORIGENS
LITERÁRIAS DA PSICANÁLISE Eliezer de Hollanda Cordeiro (Tradução e rezenha) Referências: Adèle Van Reeth e Philippe Petit Emissão :
Les Nouveaux Chemins de la Connaissance, 23.11.2012 Convidados
: “Freud com os escritores. Poderíamos quase dizer
Freud com seus companheiros, Freud com seus duplos, Freud com seus aliados e
rivais. Mas poderíamos também completar e dizer Freud com
Freud, de tal maneira ele era um homem de livro e de escrita, um epistoleiro
incansável, um mestre da polêmica, um teórico e, além disso, um contador de
histórias. Freud
escreveu a Fliess, em setembro de 1899: há escondido em algum lugar em
mim, um senso da forma, uma maneira de considerar a beleza como uma espécie de
perfeição mas as frases contornadas de
meus escritos sobre o sonho ofenderam
gravemente meu ego ideal. “Há com certeza em Freud uma tensão entre o seu
amor pela literatura e seu amor pela ciência. E não é à toa que ele dizia
que suas histórias clínicas se liam como
romances. O próprio objeto de sua pesquisa, a elaboração do
sonho, aproximou nele o homem de ciência
do escritor. E ele reconheceu haver
escrito o seu livro "Uma
lembrança da infância de Leonardo da Vinci", como um romance psicanalítico
genuíno, cujas qualidades estilísticas
muito lhe agradaram. Não obstante,
Freud tomou muito cuidado para
não confundir literatura e psicanálise e para que suas relações com os
escritores, obedecessem às mais variadas razões. Não se pode
comparar a admiração que Freud tinha por Romain Rolland ou Émile Zola, e
a que ele tinha por Stefan Zweig. Daí o
enorme interesse deste livro - "Freud com os escritores" que acaba de
ser publicado pela editora Gallimard –
onde é questão dos autores que, sem dúvida, influenciaram Freud: Shakespeare,
Goethe, Schiller, Heine, Romain Rolland e muitos outros...” Mesa redonda com Geneviève BRISAC, Tobie
NATHAN e Catherine CLEMENT
sobre o livro ‘’Freud
com escritores’’ (de Edmundo Gómez Mango e Jean-Baptiste Pontalis) (ed. de
l'Olivier) e a Correspondência entre
Sigmund Freud e Anna Freud (Fayard). GENEVIÈVE BRISAC ‘’Houve uma evolução nas décadas passadas, quando
a Psicanálise era anexada à filosofia.
Agora, através de Marx e de Freud, aprendemos
a desconstruir este movimento. E, sob
a impulsão dada por Jean-Bertrand Pontalis e Michel Gribinski, a
reflexão dos psicanalistas começou a se aproximar da literatura. Em universidades americanas, o
estudo dos traumas através da
literatura levou os estudantes a se lembrarem de que as raizes dos trabalhos de
Freud foram literárias. Quanto à minha experiência pessoal, minha maneira de abordar a psicanálise veio da
literatura, dos escritos de Virginia
Woolf( https://pt.wikipedia.org/wiki/Virginia_Woolf), por exemplo,ou as vezes dos trabalhos que eu
lí sobre a anorexia. Toda a criação procede
de um acesso direto ao inconsciente, como disseq Odilon Redon. Tudo o que impede
este recurso direto ao inconsciente
inibe a criação. » Pontalis incita a pensar um outro lugar, fora da teoria da filosofia ou da ciência,
a partir da linguagem, dos
sonhos, cujos caminhos permitem o acesso ao
inconsciente. É neste ponto que a
literatura encontra a psicanálise, a sublimação como ponto comum, mas ela não passa pelo mesmo caminho. Para Pontalis, um
pensamento que nos surpreende é um
pensamento que se move. A Psicanálise não poude se mover enquanto
permaneceu fechada em sua armadura
teórica. Foi a literatura que lhe
permitiu escapar ao dogmatismo. É preciso
que estes dois elementos dialoguem. Toda
criação decorre de um acesso direto ao inconsciente, como disse Odilon Redon.
Tudo que vem dificultar o recurso direto
do inconsciente inibe a criação. Não se trata de uma identidade
profissional. O psicanalista tem a
obrigação de obter resultado
porque a psicanálise tem uma função
curativa. Em 1978, diziam
muitas "bobagens " sobre a psicanálise. Eu estava cheia e publiquei um
livro intitulado ‘’Os filhos de Freud estão cansados’’ afim de pedir aos analistas para apegarem-se à sua
vocação terapêutica. Pontalis
só passou para a literatura como um
escritor depois de fechar seu gabinete. Ele deixou seus pacientes para se
dedicar à literatura propriamente dita. Há
uma contradição para o psicanalista entre psicanálise e literatura: ele não
pode escrever, porque ele vai buscar permanenetemente as razões pelas quais
ele escreve o que
não deve fazer. Pontalis resume sua posição através do termo d’ « amour courtois » (do "amor
cortês"). Ele soube encontrar a distância precisa entre a literatura e a
psicanálise. Pontalis também soube guardar a distância necessária com Sartre: ele foi um dos únicos a
deixar a revista Les Temps
Modernes,
quando Sartre e Beauvoir quiseram destruir a Universidade. Pontalis soube adotar
um tipo de relacionamento cortês com a
realidade, uma distância que lhe era
necessária. Mas eu me pergunto se
a literatura não corre um perigo ao especular em demasia com a
psicanálise.” CATHERINE
CLÉMENT «Pontalis restituiu a importância da literatura para a psicanálise. Ele
continua dizendo que o psicanalista pode julgar-se psicanalista. Não se trata
de uma identidade profissional. O psicanalista tem uma obrigação de resultado,
como a psicanálise tem uma função curativa. «Pontalis restituiu a importância da literatura para a
psicanálise. Ele continua
dizendo que o psicanalista pode julgar-se psicanalista. Não se trata de uma
identidade profissional. O psicanalista tem uma obrigação de resultado, como a
psicanálise tem uma função curativa. Em 1978, muita bobagem foi dita sobre a
psicanálise. Não suportando tantas bobagens , publiquei um livro intitulado
‘’Os filhos de Freud estão cansados’’, no qual pedí aos analistas para não
negligenciarem sua vocação terapêutica.
Pontalis só passou para a literatura
como escritor depois de fechar seu gabinete. O analista procura se desconectar de seus pacientes
quando ele escreve.Mas existe uma
contradição entre psicanálise e literatura: o psicanalista corre o risco de procurar continuamente as razões que levaram-no a
escrever. Pontalis gosta do termo "amor cortês". Ele
procura guardar uma distância entre literatura e psicanálise. Foi assim que ele poude guardar sua distância com Sartre: Pontalis foi um dos únicos que deixou a revista ‘’Les
Temps Modernes’’, quando Sartre e
Beauvoir quiseram destruir a
Universidade. Pontalis sempre teve um tipo de relacionamento cortês à realidade, uma distância
que se tornou uma exigência de sua parte. Mas eu me pergunto se a literatura não correria um perigo se ela
viesse a se aproximar demasiadamente da psicanálise. » TOBIE NATHAN É
uma questão muito antiga. Freud cita autores como referências, alegorias, mas
isso não significa que ela se se inspirou neles . Devemos nos interrogar sobre
a construção das narrativas: Freud é um grande fabricante de histórias. Por
exemplo fabricou muitas na Interpretação
dos sonhos, por exemplo. Ele contou fábulas, como a da Horda primitiva.
Deste ponto de vista, ele foi essas histórias na psicanálise. Finalmente, ele de
tal maneira fascinou e até mesmo causou terror em pessoas, que ele mesmo foi
pouco uitilizado como uma personagem de romance. Um extraordinário romance foi
publicado em 2007. É o romance policial, A
interpretação dos assassinatos, que foi um enorme sucesso e que conta a
viagem de Freud nos Estados Unidos. Este
é um livro fabuloso que fez de Freud uma
personagem, e foi preciso esperar pelos romances policiais para alcançar isto! Não esqueçamos a parte selvagem
da psicanálise: os surrealistas aprenderam que a criação vinha das profundezas
do self.” ** Le masochisme ANDRÉ Serge Gironde, Lormont, Le Bor de l’eau, collection ‘’La
Muette’’ 2013 - 7 € **Le sadisme ANDRÉ Serge Gironde : Lormont, Le Bor de l’eau, coll. ‘’La
Muette’’, 2013 - 7 € **Les enveloppes psychiques J.DORON, D. HOUZEL, E. MISSENARD Paris, Dunod, 2013- 24 € **Penser la psychanalyse : avec Bion, Lacan,
Winnicott, Laplanche, Aulagnier, Anzieu, Rosolato GREEN, André Paris, les éditions d’Ithaqu, 2013- Br. 20 € **L’école de Palo
Alto PICARD Dominique, MARC Edmond Paris, PUF, 2013- 9€ **Joyce McDOUGALL Société Psychanalytique de Paris Colloque 2012 Sous la direction de Bernard CHERVET et Paul DENIS Paris, Société
Psychanalytique de Paris, 2013- 15€ **Les théâtres de Joyce McDOUGALL : l’héritage d’une
psychanalyste engagée Sous la direction de Sander KIRSCH, Jacques VAN
WYNSBERGHE Toulouse, EPEL, 2012 -
23€ **Évolution psychiatrique (L’). 78-1 Réhabilitation Issy-les-Moulineaux, Elsevier, 2013- 28 € **Tristesse business : le scandale du DSM5 LANDMAN, Patrick Paris : Max
Milo, 2013- 12€ **L’anthropologue et le monde global AUGE Marc Paris :Armand Colin, , 2013- 21,90 € **La bioéthique, pour quoi faire ? Par les membres du Conseil consultatif national
d’éthique ; coordonné par Ali
Bemmaklouf Paris : PUF, 2013 -
13 € **Le fétichisme ANDRÉ Serge Paris : Dunod, 2013 - 7 € **Autour de l’œuvre de Jean-Paul VALABREGA :
permanence et métamorphose Sous la direction de Jean-Jacques BARREAU Paris, In press, 2013 - 22 € **Marx, Lacan: l’acte révolutionnaire et l’acte
analytique Sous la direction de S.LIPPI, P. LANDMAN Toulouse : Erès, 2013- 29,50
€ **L’avenir de la haine LE BRUN Jean-Pierre Paris : Fabert, 2013- 3,95 € **Mon corps et ses images NASIO Juan-David Paris : Payot, 2013-
9,15 € **Du temps pour soi : conquérir son temps intime SCHIMITT Laurent Paris : Odile Jacob, 2013- 8,90 € **Mal de femme : la perversion au féminin ABELHAUSER Alain Paris: Seuil, 2013-
24 € **Le générationnel : approche en thérapie familiale
Psychanalytique A.EIGUER, A.CARIL, F. ANDRÉ-FUSTIER Paris : Dunod, 2013-
22 € **Psychopathologie et handicap de l’enfant et de
l’adolescent : approches cliniques J-Y. BARREYRE, C. BURSZTEIN, A. CICCONE Toulouse : Erès, ,2013- 26,00
€ 3) REUNIÕES E COLÓQUIOS *OUTUBRO 2013 Em Brest(Finistère), dias 11 e 12: o Agrupamento dos
hospitaos de dia psiquiátricos
Bélgica-França-Suissa organisa o XXXXI
colóquio sobre o tema 4) REVISTAS La Revue Française De
Psychiatrie Et De Psychologie Médicale *Mission
Nationale d’Appui En Sante Mentale *Association Française
De Psychiatrie Et Psychologie Legales (Afpp) *Association Française
De Therapie Comportementale Et Cognitive (Aftcc) *Association De Langue
Française Pour L’etude Du Stress Et Du Traumatisme (Alfest) *Association Pour La
Fondation Henri Ey * Association Française de Thérapie du Traumatisme des
Violences Sexuelles et familiales et de Prévention (AFTVS) Site internete: www.psylegale.com *Association Aquitaine pour L'information Médicale et
l'Epidémiologie en Aquitaine AAPIMEP *Association Française des Psychychiatres. d'Exercice
Privé AFPEP *Association pour la Promotion de l'Assur. Qualité en
Santé Mentale ANCREPSY *Association
Scientifique des Psychiatres de Secteur ASPS *Association Francophone de Formation et de Recherche en
Therapie Comportementale et Cognitive (A.F.FOR.THE.C.C.)
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