Volume 16 - 2011 Editor: Giovanni Torello |
Julho de 2011 - Vol.16 - Nº 7 France - Brasil- Psy Coordenação: Docteur Eliezer DE HOLLANDA CORDEIRO Quem somos (qui
sommes-nous?)
France-Brasil-PSY é o novo espaço virtual de “psychiatry on
line”oferto aos profissionais do setor da saúde mental de expressão
lusófona e portuguesa.Assim, os leitores poderão doravante nela encontrar
traduções e artigos em francês e em português abrangendo a psiquiatria, a
psicologia e a psicanálise. Sem esquecer as rubricas habituais : reuniões
e colóquios, livros recentes, lista de revistas e de associações, seleção de
sites. Qui sommes- nous ? France-Brasil-PSY est le nouvel espace virtuel de “psychiatry on
line”offert aux professionnels du secteur de la santé mentale d’expression
lusophone et française. Ainsi, les lecteurs pourront désormais y trouver des
traductions et des articles en français et en portugais concernant la
psychiatrie, la psychologie et la psychanalyse. Sans oublier les rubriques
habituelles : réunions et colloques, livres récentes, liste de revues et
d’associations, sélection de sites
1) LA MAISON DU MORT (A CASA DO MORTO) Autor: Dominique Lecomte Fayard, 208 p., 17 euros. Referências: Angélique NÉGRONI, artigo do FIGARO.fr de 17 de novembro de 2010; Doutor A. DESEUR, Bulletin d’information de l’Ordre national des médecins N. 17, Maio-Junho de 2011
A Dra. Dominique Lecomte dirige o Institut Médico-Légal (IML) de Paris desde 1988. O IML fica no quai de la Râpée, para onde são levados cerca de 3000 corpos por ano,vítimas de crimes, acidentes e mortes suspeitas.Em mais de vinte anos, ela examinou vítimas, praticou autópsias e realizou 19.575 exames médico legais. Seu percurso de cirurgiã não foi nada fácil :ao realizar suas primeiras autópsias em 1983, ela entrou num domínio até então reservado aos homens. Seu primeiro livro, Quai des ombres, ela o escreveu em 2003. Nele conta a sua trajetória profissional,a técnica que emprega afim de determinar as causas da morte dos corpos que examina. Acidente ? Homicídio ? Suicídio ? Assassinato disfarçado em suicídio ? No livro La maison de la mort( A casa da morte), a professora Dominique Lecomte nos faz compartilhar sua experiência da convivência com a morte. Sobretudo, Dominique Lecomte nos dá uma lição de vida: muito mais do que um médico dos mortos, ela é médica dos vivos, daqueles que restam, marcados pala dor, pela incompreensão, a cólera ou o ódio que devem enfrentar. É a parte oculta de suas funções: acolher as familias que vêm velar o corpo de um parente no IML. Os parentes e próximos reagem com gritos e choros, cólera e agitação no caso de homicídio; tristeza e prostração em caso de morte acidental. Há dias mais dificeis do que outros, como na última Segunda-feira, quando teve de enfrentar muitos suicídios. Famílias inteiras ficaram prostradas nos bancos do pequeno jardin do IMC. « Tivemos de ajudá-las a recobrar as forças e a retornar às suas casas. Sem o morto, para continuarem a viver. » Mas o pior é quando o pessoal deve enfrentar uma criança que perdeu a mãe. O que dizer neste caso ? “Confesso que levei muito tempo antes de acompanhar crianças nestas situações dolorosas”, acrescentou. Então ela pediu a um psicólogo para ajudá-la a acompanhar estas pessoas sofredoras. Dominique Lecomte, tornou-se uma sumidade no seu domínio, sendo chamada para muitas missões no estrangeiro. Em1999, por exemplo, recebeu mandato do Tribunal pénal international para atuar nos ossuários do Kosovo. Suas comoventes descrições levam-na para o que é verdadeiro e a considerar a morte como inerente a vida. A morte em sua brutal realidade, sem a negação e o ostracismo com que tentamos apagá-la de nossa consciência. São lições de humanismo e de deontologia. Não é a morte que dá sentido às nossas vidas? Ela quer também lembrar nossos deveres de médicos e de humanos para com nossos pacientes e suas familias. 2)CARTA DE D.W. WINNICOTT À THOMAS SZASZ Em Lettres vives( Cartas Vivas) , edições Gallimard, p. 178, 1989. Caro Doutor SZAZS
Escrevo ao Senhor sobre o questionário que teve a gentileza de me enviar. Eu sei que o Senhor é um pesquisador muito sério e um colega psicanalista. Espero que não ficará contrariado com a minha decisão de não responder o questionário. Na minha opinião, ele não é bom. Nenhuma maneira de prenchê-lo poderia lhe dar um quadro fiel sobre a minha prática e a minha maneira de ver as questões como analista ou psiquiatra de crianças. Eu considero este tipo de questionário como perigoso porque respostas precisas e cifradas poderão levar a certas conclusões que, eu creio, não serão legítimas porque nenhuma maneira de ver ou nenhuma prática poderão ser representadas dessa maneira. Eu poderia detalhar mais críticas, mas só lhe escrevo para dizer que se eu enviasse este formulário preenchido de maneira precisa, eu partciparia a uma coisa muito artifical. 3.COLÓQUIOS E CONGRESSOS
*Setembro 2011(dias 26 e 27) À Pau (Pyrénées Atlantique) La Fédération d’aide à la santé mentale Croix-Marine organise les Journées Nationales de Formation Continue sur le thème : ‘’Familles: Sources et ressources-La constellation familiale dans le soin et accompagnement de personnes handicapées psychiques’’. Informations : FASM Croix-Marine 31, rue d’Amsterdam 75008 Paris. Téléphone : 01 45 96 06 36
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