Volume 16 - 2011
Editor: Giovanni Torello
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Volume 16 - 2011 Editor: Giovanni Torello |
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Abril de 2011 - Vol.16 - Nº 4 France - Brasil- Psy Coordenação: Docteur Eliezer DE HOLLANDA CORDEIRO Quem somos (qui
sommes-nous?)
France-Brasil-PSY é o novo espaço virtual de “psychiatry on
line”oferto aos profissionais do setor da saúde mental de expressão
lusófona e portuguesa.Assim, os leitores poderão doravante nela encontrar
traduções e artigos em francês e em português abrangendo a psiquiatria, a
psicologia e a psicanálise. Sem esquecer as rubricas habituais : reuniões
e colóquios, livros recentes, lista de revistas e de associações, seleção de
sites. Qui sommes- nous ? France-Brasil-PSY est le nouvel espace virtuel de “psychiatry on
line”offert aux professionnels du secteur de la santé mentale d’expression
lusophone et française. Ainsi, les lecteurs pourront désormais y trouver des
traductions et des articles en français et en portugais concernant la
psychiatrie, la psychologie et la psychanalyse. Sans oublier les rubriques
habituelles : réunions et colloques, livres récentes, liste de revues et
d’associations, sélection de sites
1)ACOMPANHAMENTO DE CRIMINOSOS SEXUAIS RECIDIVISTAS
Médicos especialistas em criminologia participaram da emissão de televisão ‘’C Dans L’air’’, animada pelo jornalista Yves Calvi. Estavam presentes na cadeia estatal France 5 os psiquiatras e peritos Daniel Zagoury e Rolland Coutenceau, o jornalista especializado, Pierre Rancé, e a jornalista escritora Isabelle Horlans. O tema de discussão foi o horrivel assassinato de Laetitia, 18 anos, perpetrado por Tony M., um homem de 31 anos. Ele decapitou a jovem, cortou-lhe os braços e as pernas, depois jogou os pedaços do corpo num rio, perto da cidade de Saint-Nazaire. A autópsia, revelou que Laetitia foi inicialmente estuprada, antes de ser estrangulada e esquartejada. Tony Meilhon é um recidivista, sua primeira condenação ocorreu aos 17 anos de idade, seguida de 10 outras condenações por violências, agressões e mesmo o estupro de um detento durante uma de suas encarcerações. Somadas todas as penas, ele já havia cumprido dez anos de prisão. ANTECEDENTES PERIGOSOS NEGLIGENCIADOS Tony, devia ter sido acompanhado pelos serviços médicos, sociais e policiais quando saiu da prisão pela última vez. Aliás, duas irmãs do assassino haviam avisado a polícia que ele era capaz de perpetrar novos crimes.E que se comportava em casa como ‘’uma caldeira prestes a explodir a qualquer momento’’. Depois do horrivel homicídio, as autoridades competentes diligenciaram um inquérito, concluindo que ‘’houve uma negligência culpada dos organismos públicos habilitados a acompanhar Tony fora da prisão.’’ Os peritos tentaram reconstituir o encadeamento psíquico, o que poude se passar na cabeça do assassino no momento em que encontrou a vítima: Tony tentou seduzi-la,ela se recusou, ele ficou decepcionado, estuprou-a, matou-a, imaginou desvencilhar-se do corpo, decidiu esquartejá-lo e jogar os restos no rio, pensando que jamais seriam encontrados. AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE RECIDIVA Daniel Zagoury, chamou a atenção sobre a “ilusão retroativa”, conceito que inventou para denunciar a tendência consistindo em dizer, após o crime, o que os juizes, peritos, serviços sociais, educadores especializados e a polícia deveriam ter feito para evitar que o criminoso repetisse atos semelhantes. Ele lembrou a diferença “entre assassinato e crime de morte: o assassinato é um crime premeditado, as vezes minuciosamente planejado; o crime de morte resulta de um ato impulsivo, imprevisivel, sem premeditação”. Zagoury, deduziu que Tony “não é um doente mental,um esquizofrênico halucinado, porém um psicopata” que premeditou e planejou o crime que cometeu. O psiquiatra e perito em criminologia,Rolland Cottenceau, falou de sua experiência, de seus encontros com assassinos recidivistas, um deles tendo lhe deixado a extranha impressão ‘’de haver encontrado o Diabo’’. Para ele, o perito deve procurar identificar “os mecanismos psicológicos encobertos”, contidos no comportamento dos assassinos reincidentes.Ele afirma que o mais importante , para o perito,é “compreender o crime, o momento em que o criminoso comete o ato”. Donde os procedimentos que ele adota para compreender o assassino e avaliar “se suas capacidades de julgamento e de discernimento estavam intactas, alteradas ou abolidas”, no momento em que cometeu o crime. ACOMPANHAR OS DELINQUENTES SEXUAIS QUE SAIRAM DA PRISÃO Os especialistas dizem que as recidivas diminuiem quando o acompanhamento do delinquente sexual não é interrompido antes de ser terminado. Eles denunciam a falta de pessoal nos serviços públicos especializados, dificultando o acompanhamento dos delinquentes sexuais que estão soltos.Resultado, ‘’só podemos acompanhar alguns’’, aqueles que julgamos perigosos e cujo risco de recidiva é elevado’’, disseram Cottenceau e Zagoury. Na França, “o maior problema encontrado pelos serviços de criminologia é a insuficiência de recursos e de pessoal para o acompanhamento dos delinquentes sexuais :em vez de resolver esta questão, as autoridades oferecem-nos mais ficheiros e videocâmaras’’, disseram.Desta forma, ‘’fatos semelhanntes vão inevitavelmente se reproduzir’’. Rolland Cottenceau, propõe a criação de um serviço especializado para a “avaliação do perigo em criminologia”.Porque, apesar da ‘’revolução criminológica’’ e dos progressos que ela trouxe à compreensão do funcionamento mental dos criminosos recidivistas, “não podemos dizer com toda certeza quais são os pacientes que correm o risco de recidivar e os que não correm este risco”.De uma maneira sucinta: “paranóicos, megalomaníacos(que têm um ego desmedido), os que se interessam excessivamente às crianças, os pacientes que romperam seus laços familiares” devem ser acompanhados com muita atenção. Mas o problema da periculosidade dos doentes mentais deve ser relativizado. Lembremos que, na França, a probabilidade de recidiva criminológica é de 4% nos doentes mentais. E de 2,7 % nos delinquentes sexuais.
2.COLÓQUIOS E CONGRESSOS *Setembro 2011(dias 26 e 27) À Pau (Pyrénées Atlantique) La Fédération d’aide à la santé mentale Croix-Marine organise les Journées Nationales de Formation Continue sur le thème : ‘’Familles: Sources et ressources-La constellation familiale dans le soin et accompagnement de personnes handicapées psychiques’’. Informations : FASM Croix-Marine 31, rue d’Amsterdam 75008 Paris. Téléphone : 01 45 96 06 36
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