Volume 12 - 2007 Editor: Giovanni Torello |
Outubro de 2007 - Vol.12 - Nº 10 Psicanálise em debate ESCREVER EM CORPOS, ESCREVER NO PAPEL - Algumas idéias em torno de O LIVRO DE CABECEIRA (The Pillow Book, 1996), de Peter Greenaway (*) Sérgio
Telles * Peter Greenaway é um dos maiores criadores do cinema atual. De sua instigante obra, o filme “O livro de cabeceira” (“The Pillow Book”, 1996) ilustra com muita acuidade questões próprias à linguagem, como a representação e a simbolização. Ao comentá-lo, deixo de lado seus extraordinários aspectos cinematográficos e me restrinjo àqueles que iluminam nosso conhecimento psicanalítico. Nesta abordagem, mantenho-me na trilha que venho seguindo, há algum tempo, na leitura psicanalítica de filmes (Telles, 2004) e que Gabbard explicita bem quando diz:
(...) esperamos ilustrar o potencial do pluralismo na crítica psicanalítica de cinema. Baseamos nosso trabalho (...) nos conceitos derivados de um largo espectro de escritos clínicos psicanalíticos. Como o clínico que adota diferentes posições teóricas de acordo com as necessidades dos diferentes pacientes, usamos uma variada gama de perspectivas para iluminar uma quantidade de filmes marcadamente diferentes. Enquanto a abordagem lacaniana produziu intrigantes relatos de filme enquanto processo, estamos mais interessados nos filmes em si – em seus textos, subtextos, temas e personagens. Cada filme convida diferentes níveis do poder explanatório de uma variedade de formulações teóricas ( Gabbard, 1999, p. 201-2). O texto completo deste artigo está no livro "O psicanalista vai ao cinema II", da Editora Casa do Psicólogo, São Paulo, 2008.
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