Volume 11 - 2006
Editor: Giovanni Torello

 

Abril de 2006 - Vol.11 - Nº 4

France - Brasil- Psy

SOMMAIRE (SUMÁRIO)

Docteur Eliezer DE HOLLANDA CORDEIRO

Sumário:

 

  1. PSICANÁLISE E PSICOTERAPIAS BREVES
  2. É PRECISO ACABAR COM A PSICANÁLISE?
  3. PSICOTERAPIAS: O DESAFIO DA AVALIAÇÃO
  4. ASSOCIAÇÕES

QUI SOMMES- NOUS (Quem somos)

QUEM SOMOS ?

France-Brasil-PSY é o novo espaço virtual de “psychiatry on line” oferecido aos profissionais do setor da saude mental de expressão lusofona e portuguesa.Assim, os leitores poderão doravante nela encontrar traduções e artigos em francês e em português abrangendo a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise. Sem esquecer as rubricas habituais : reuniões e colóquios, livros recentes, lista de revistas e de associações, seleção de sites.

QUI SOMMES- NOUS ?

France-Brasil-PSY est le nouvel espace virtuel de “psychiatry on line” offert aux professionnels du secteur de la santé mentale d'expression lusophone et française.Ainsi, les lecteurs pourront désormais y trouver des traductions et des articles en français et en portugais concernant la psychiatrie, la psychologie et la psychanalyse. Sans oublier les rubriques habituelles : réunions et colloques, livres récentes, liste de révues et d'associations, sélection de sites.


 

1. PSICANÁLISE E PSICOTERAPIAS BREVES (A propósito do livro de Dominique MEGGLE: "Les thérapies brèves")

Eliezer de Hollanda Cordeiro

Em vários artigos publicados na POLBr(1,2,3,) abordamos a competição entre a psicanálise e as TCC, sem levarmos em conta outras formas de psicoterapias, reunidas sob a denominação de psicoterapias breves ou curtas .Como tantos psiquiatras que optaram por um formação psicanalítíca, implicando análise pessoal e supervisões, segundo as normas de uma importante associação psicanalítica francesa, durante muitos anos mostrei-me incapaz de exprimir uma opinião, tentar compreender e muito menos admitir as teorias, técnicas e os resultados das terapias breves. Para dissipar dúvidas, ajunto que em minha longa atividade de psicoterapeuta e psicanalista de crianças e adultos, acho ter realizado um trabalho positivo, que possibilitou mudanças na vida dos pacientes, no contexto familiar, nas suas ralações aos outros e em suas capacidades amorosas. No final das contas, os fracassos psicanalítícos, em minha experiência, atingiram somente uma pequena proporção de pacientes, se eu levar em conta o total daqueles por mim seguidos ao longo de trinta anos de trabalhos.

Tais experiências negativas, encontrei-as muito cedo com certos pacientes que mostraram-se refratários ao enfoque psicanalítico : uns não investiam o tratamento, outros eram incapazes de produzirem associações, de rememorarem-se o passado infantil, em certos casos os sintomas mostraram-se recalcitrantes, ocorreu-me que pacientes desenvolvessem reações terapêuticas negativas. Mais ainda, com os analistas das equipes que trabalhavam sob a minha responsabilidade médica, os insucessos não eram excepcionais, quaisquer que fossem suas referências teóricas ou escolas formadoras. Foi na prática de todos os dias que constatei que a psicanálise e as TIP não eram uma panacéia, tinham suas indicações, e que estas deviam ser levadas em conta pelo clínico.

Comecei então a estudar as psicoterapias breves, primeiro de inspiração psicanalitica, depois as outras (sistêmicas, comportamentais, cognitivas…) embora só praticasse as PIP (psicoterapias de inspiração psicanalítica). E, entre os muitos livros que li, o de Dominique MEGGLÉ me pareceu ser a apresentação mais interessante, agradável e didática das principais terapias breves, especialmente no que diz respeito às considerações sobre a sua história e desenvolvimento. Donde a minha idéia de apresentar seu livro aos leitores de France-Brasil-Psy.

No prefácio à segunda edição desse livro, « As terapias breves, os métodos eficazes que transformaram a psicoterapia », Dominique MEGGLÉ escreveu que durante o intervalo entre as duas edições « o desenvolvimento das terapias breves na França tornou-se irreversivel, apesar das resistências de certos psicanalistas, especialmente lacanianos( ...) As terapias breves são cada vez mais praticadas (...) em numerosos domínios do sofrimento mental: fobias, obsessões, ansiedade, distúrbios das condutas alimentares, depressão, distúrbios da personalidade e traumatismos psíquicos(…)As publicações francófonas multiplicaram-se nos últimos dez anos e o cordão umbilical que ligava as terapias breves à cultura americana foi cortado(…)Especialistas europeus desenvolveram suas próprias técnicas e alguns foram até ensiná-las nos EEUU (4
O capítulo do livro intitulado « O nascimento das terapias breves » é muito estimulante e precioso para a nossa argumentação na medida em que fornece abundante matéria para compreendermos a sua história. Notemos os pontos mais importantes: a viagem de S. Freud, Ferenczi e Jung aos Estados Unidos, em 1909, quando Freud pronunciou as famosas « Cinco Conferências sobre a Psicanálise ». Como sabemos, a partir desse momento, a psicanálise implantou-se nas universidades americanas, nas escolas de medicina, psiquiatras americanos foram aprender a psicanálise na Europa e analistas europeus vieram fazer conferências e ensinar nos EEUU. « De tal modo que o número de psicanalistas americanos no fim da Segunda Guerra Mundial tornou-se superior à totalidade dos psicanalistas da IPA. E, nas escolas de medicina, os psicanalistas arrancaram o poder ao comportamentalismo nascente (…) e confinaram os comportamentalistas nos laboratórions de psicologia experimental.A imigração de célebres psicanalistas europeus para os EEUU durante e após a Segunda Guerra Mundial reforçou esta tendência » (4.
O desenvolvimento das psicoterapias breves cresceu enormemente no início da Segunda Guerra Mundial, quando os americanos utilisaram testes psicométricos « em 11 milhões de pessoas, reformando tres milhões por razões de saúde, um terço delas por razões psiquiátricas. Apesar disso, as perdas psiquiátricas foram enormes, em tres anos de guerra cerca de 930 000 soldados foram hospitalisados em serviços de psiquiatria, hospitalizações que representavam mais do duplo das hospitalizações consecutivas a ferimentos corporais » (4).
Os americanos aceleraram então a formação dos psiquiatras militares, « que passaram de 35 em 1942 a 1800 em 1945 !Muitos receberam uma formação acelerada, donde a modificação das táticas terapêuticas e o abandono do tratamento psicanalítico dos traumatismos de guerra, que deixaram de ser neuroses e transformaram-se « em reações normais à batalha, aos cansaços do combate.Eles decidiram parar com as evacuações sanitárias dos pacientes, tratá-los perto do lugar dos combates e obtiveram assim a reintegração de cerca de 70% dos soldados tratados » (4) Este foi, segundo Dominique Megglé, o primeiro golpe dado à idéia de que « uma terapia deve durar e ser praticada por médicos muitissimo qualificados no conhecimento dos arcanos do inconsciente »
A história das terapias breves nos EEUU está também relacionada com « a política de exclusão dos psicólogos dos institutos de formação em psicanálise e também dos culturalistas : Karen Horney, por exemplo, teve de deixar o instituto de New York em 1941.Os psiquiatras analistas dissidentes interessavam-se às experiências atuais dos pacientes, às relações interpessoais e não ao passado infantil ; à análise do ego e não do ça.Eles construiram então as bases do movimento das terapias breves(…) ,que contaram com o reforço de psicólogos, entre os quais, Rogers, que tendo sido recusado pelo Instituto psicanalítico de Chicago, nomeou o que ele fazia, client centered therapy(4).
O fator dinheiro desempenhou também um papel importante na história das psicoterapias breves na medida em que « certas companhias de seguro americanas deixaram de reembolsar as psicoterapias longas e a subvencionar programas de avaliação da eficiência das terapias breves, o objetivo sendo a diminuição das despezas. Mais dinheiro sobraria para a realisação de pesquisas sobre as terapias breves ». Dominique MEGGLE, com seu humor habitual, escreveu que neste caso o dinheiro foi um potente fator de progresso epistemológico!!!
Por fim, notemos a importância dos trabalhadores sociais nos Estados Unidos, presentes nos dispensários de Higiene mental criados em todo o território americano afim de ajudar as populações mais carentes. Eles foram formados para trabalhar com psicólogos e psiquiatras ao nivel da prevenção da delinquência nos bairros dificeis e dos tratamentos dispensados às famílias e aos pacientes sofrendo de distúrbios psicológicos e comportamentais.Para tanto, uma formação às terapias breves foi dada aos trabalhadores sociais, que desempenharam um papel relevante na história das mesmas nos EEUU : uma das terapeutas breves mais famosas, Virginia SATIR, era uma trabalhadora social (4).

A história da psicanálise, como sabemos, foi e continua sendo muito complexa, às vezes ambígua, especialmente no que diz respeito à sua eficiência terapêutica, à duração do tempo da sessão e do próprio tratamento. Assim podemos dizer que S. Freud foi o primeiro psicoterapeuta breve e também o primeiro psicoterapeuta da família. O tratamento da impotência do compositor G. Mahler durante um passeio de quatro horas que os dois fizeram juntos, foi a primeira terapia psicanalítica breve ; o tratamento do pequeno Hans, no qual o pai da criança desempenhou um papel ativo e fundamental, foi a primeira experiência de terapia breve da família. Mais ainda, Sandor FERENCZI e Otto RANK foram pioneiros das terapias curtas, Ferenczi continuando a se referir à psicanlise mas modificando a técnica freudiana ; Rank dando uma guinada e deixando a psicanálise por uma psicologia baseada em certos conceitos da psicologia geral. Foram os trabalhos de Rank, nos diz D. Megglé, que deram o impulso decisivo ao desenvolvimento das terapias breves não analíticas nos EEUU.
Este longo e detalhado capítulo do livro escrito por D. MEGGLÉ mostra-nos ainda um autor familiarizado com a psicanálise e que reconhece sua dívida àquele que ele considera como seu mestre, o psicanalista Claude BARROIS, antigo titular da Associação Psicanalítica Francesa, ligada à IPA, que tive a oportunidade de conhecer pessoalmente.

1) E. de Hollanda Cordeiro: "Quando as TCC desafiam a psicanálise", in France-Psy-Brasil, (POLBr), Maio 2004.
2) E. de Hollanda Cordeiro: « NOVOS DESAFIOS DAS TERAPIAS BREVES, in France-Psy-Brasil, (POLBr), FEVEREIRO 2006
3) E. de Hollanda Cordeiro : « NOVOS DESAFIOS A PSICANALISE, in France-Psy-Brasil, (POLBr), MARÇO 2006
4) Dominique MEGGLE: "Les thérapies brèves", Presses de la Renaissance, Paris, 2002.

2. É PRECISO ACABAR COM A PSICANÁLISE?

Revista « Nouvel Observateur » nouvelobs.com | 05.10.05 | 17:04
Tradução e nota preliminar : Eliezer de Hollanda Cordeiro

Laurent Joffrin, redator-chefe do « Nouvel Observateur », informou que os artigos publicados pela revista sobre a psicanálise suscitaram apaixonadas reações, especialmente o dossiê de 1/09/20, por ocasião do lançamento pelas « Edições das Arenas » do « Livro negro da psicanálise ». Ele precisou que a revista recebeu várias dezenas de correios eletrônicos, cartas e telefonemas, publicados em sua edição de 15 de setembro 2005.
No artigo que publicamos mais abaixo, Laurent JOFFRIN rejeita a acusação de que o « Nouvel Observateur » tivesse declarado a guerra aos psicanalistas.
E ele aproveita para defender a liberdade de expressão e criticar o grupo de psicanalistas que teria exercido sobre a revista, um verdadeiro terror intelectual.
"O NOUVEL OBSERVATEUR TERIA TRAÍDO OS PSIS?"
Ao colocar a questão provocadora - « É preciso acabar com a psicanálise?"- teríamos declarado a guerra aos nossos amigos psicanalistas ? Não. Dêmo-lhes um empurrão, o que é desagradável mas muito diferente. E pensamos sobretudo… nos pacientes.
Nossa revista nasceu, em parte, de sua proximidade com o movimento psicanalítico. Ela não renega as suas origens. O pensamento de Freud e de seus continudores resta para nós, ao mesmo tempo um monumento do Século XX e uma referência indispensável.
Mas nunca pensamos que a psicanálise pudesse deter, sobre o estudo do espírito humano, uma espécie de monopólio que proibisse qualquer palavra diferente ou dissidente, qualquer crítica ou todo questionamento.Vigoroso pensamento, prática secular, a psicanálise não pode temer interrogações, mesmo virulentas. Ela já sobreviveu a muitas.
Várias vezes, no debate sobre a herança legada por Dolto, sobre as terapias comportamentais, sobre o uso dos psicotrópicos, abrimos a discussão, sempre acalorada, sempre interessante. Desta vez o exercício foi diferente: apoiâmo-nos deliberadamente no livro polêmico escrito por adversários do freudismo, quase todos ligados às « TCC », às terapias cognitivas e comportamentais. Estes são profissionais dos cuidados, historiadores, ou psiquiatras reconhecidos internacionalmente, influentes e que ocupam frequentemente cátedras prestigiosas ou eminentes responsabilidades.Eles procuram essencialmente reduzir os sintomas que fazem os pacientes sofrerem, modificando seus comportamentos, enquanto a psicanálise aborda as causas profundas dos distúrbios, num lento trabalho introspectivo dos analisados. Dois enfoques legítimos, totalmente diferentes, talvez complementares, entre os quais os pacientes devem se reconhecer, e sobre quais, por conseguinte, eles devem ser informados.
O "Livre noir de la psychanalyse" é ao mesmo tempo uma soma erudita e um requisitório brutal. Parcial ? Certamente.
Mas nós julgamos que ele coloca questões que não podem ficar sem respostas. Freud disse sempre a verdade ? Os conceitos da psicanálise são desmentidos pela ciência contemporânea (e esta fórmula tem sentido) ? E o que dizer sobre a eficiência das terapias de origem freudiana (e esta questão tem sentido) ? Etc. Tais questões estão hoje na praça pública : era o nosso objetivo.
Para equilibar nosso dossiê, fizemos primeiro um convite à historiadora da psicanálise mais conhecida em França, Elisabeth Roudinesco, mulher de grande capacidade. Foi então que nossas surpresas começaram. Elisabeth Roudinesco recusou inicialmente dialogar com qualquer autor do "Livre noir". Ela aconselhou-nos depois a não falar sobre o assunto e a substituir as passagens previstas para uma longa entrevista com ela. O livro, disse-nos em suma, é politicamente suspeito, quase antisemita.Acusação tanto grave como ridícula, conhecendo-se os autores do livro.
Muito rápido, pareceu-nos claro que a reação de Elisabeth Roudinesco era sustentada por um pequeno grupo de psicanalistas que utilizaram toda sorte de efeitos retóricos e eletrônicos para desconsiderar,antecipadamente, o "Livre noir" e de maneira acessória a revista que falava do mesmo. E isto no exato momento em que a imensa maioria dos psicanalistas, confiantes na solidez la de suas teses e de sua prática, convencidos de que as regras da deliberação racional bastam para demonstrar a falsidade das teorias adversas, aceitam evidentemente o debate, mesmo quando ele é tenso. Foi o que fez em nossas colunas, Alain de Mijolla, psicanalista corajoso e tolerante, autor de um dicionário da psicanálise reconhecido no mundo inteiro.
Durante este período o pequeno grupo mencionado, não somente colocou em dúvida as capacidades intelectuais da direção do « Nouvel Observateur » (questão que merecee naturalmente ser colocada a qualquer momento), mas continuou a qualificá-la de "fascistas", de ultra-liberais ", "de agentes dos trustes farmacêuticos", "de rodas de uma máquina destinada a servir o capital, de individuos « programados ", defensores da psicoterapia sem Freud. Todas expressões pitorescas que nos conduzem a tempos lonqinquos mas que não permitem de avançar nas discussões abordadas.
Esta discussão, nosso jornal contrinuará a conduzí-la, oferecendo a palavra a todos os protagonistas, sem se deixar intimidar por um terrorismo intelectual que não serve os defensores da causa freudiana. L. J.

3. 3. PSICOTERAPIAS: O DESAFIO DA AVALIAÇÃO

Resumo de um artigo escrito pela jornalista Catherine Vincent, publicado no jornal "Le Monde
Tradução : Eliezer de Hollanda Cordeiro

NOTA DO TRADUTOR: este artigo foi escrito quando o Senhor Douste-Blazy, agora Ministro das Relações Estrangeiras, era ainda Ministro da saúde da França.

O resumo é mais um testemunho do combate existente na França entre defensores das terapias comportamentais-cognitivas e psicanalistas Catherine Vincent escreveu no jornal «Le Monde » « que avaliar a eficiência dos tratamentos dos distúrbios mentais é un quebra-cabeça teórico e prático para os profissionais.Com efeito, « ao desmentir publicamente, diante de uma platéia de psicanalistas lacanianos o relatório do INSERM sobra a avaliação das psicoterapias, Philippe Douste-Blazy, Ministro da saúde, correu o risco de prejudicar inúmeros profissionais ».

Catherine Vincent nota que « os psicoterapeutas comportamentalistas, particularmente valorizados pelo ralatório, nada ganharão diante desta meia volta do ministro. Como os próprios analistas, talvez, que parecem ter obtido de força este desmentido ministerial colorido de clientelismo. Mas, é possivel que Douste-Blazy, no final das contas, tenha se prejudicado ele mesmo.»

A jornalista escreveu também que « a retirada do texto desta expertise( que eu traduzo como perícia feita por experto) não pode esconder o essencial : apesar do atrazo de vários anos com relação à maioria dos países ocidentais, o início do processo de avaliação das psicoterapias começou na França. E é muito possivel que o movimento continue ».

4. Associações

*Association française pour l'approche integrative et eclectique en psychotherapie (afiep)
*Association française de psychiatrie et psychologie legales (afpp)
*Association française de musicotherapie (afm)
*Association art et therapie
*Association française de therapie comportementale et cognitive (aftcc)
*Association francophone de formation et de recherche en therapie comportementale et Cognitive (afforthecc)
*Association de langue française pour l'etude du stress et du trauma (alfest)
*Association de formation et de recherche des cellules d'urgence medico-psychologique (aforcump)
*Association nationale des hospitaliers pharmaciens et psychiatres (anhpp)
*Association scientifique des psychiatres de secteur (asps)
*Association commission des hospitalisations psychiatriques france (cdhp france)
*Association promotion defense de la psychiatrie a l'hopital general (psyge)
*Association karl popper
*Association pour la fondation Henri Ey
*Association internationale d'ethno-psychanalyse (aiep)
*Collectif de recherche analytique (cora)
*Ecole parisienne de gestalt
*Ecole française de sexologie
*Ecole de la cause freudienne www.causefreudienne.org
*Groupement d'études et de prevention du suicide (geps)
*Groupe de recherches sur l'autisme et le polyhandicap (grap)
*Groupe de recherches pour l'application des concepts psychanalytiques a la psychose (grapp)
*Regroupement national en psychiatrie publique (renepp)
*Société française de gérontologie
*Société française de thérapie familiale (sftf)
* Société francophone de medecine psychosoma
*Société française de psychopathologie de l'expression et d'art-therapie(sfpe)
*Société française de recherche sur le sommeil (sfrs)
*Société française de relaxation psychotherapique (sfrp)
*Société française de sexologie clinique (sfsc)
*Société française de psycho-oncologie/association psychologie et cancers
*Société d'addictologie francophone
*Société ericksonienne
*Société de psychologie medicale et de psychiatrie de liaison de langue française
*Société médicale Balint
*Union nationale des associations de formation médicale continue (unaformec)
*Union nationale des amis et familles de malades mentaux (unafam)
*Association Psychanalytique de France (apf)
*Société Psychanalytique de Paris (spp)
*Ecole Freudienne de Paris
*Mediagora:http://perso.wanadoo.fr/christine.couderc/
*Agoraphobie.com:http://www.agoraphobie.com/
*Sitesfrancophones:http://www.churouen.fr/ssf/pathol/etatanxiete.html
*Distúrbios do humor (afetivos) : www.depression.ch
*Estados limites em psiquiatria: tratamento (d. Marcelli): suicidio escuta - 24/24 http://suicide.ecoute.free.fr
*Informações sobre o suicidio e as situações de crise: http://www.suicideinfo.org/french
*Centro de prevenção do suicidio: http://www.preventionsuicide.be
*Associação alta ao suicidio: http://www.stopsuicide.ch
*Suicídio : http://www.chu-rouen.fr/ssf/anthrop/suicide.html
*Drogas : http://www.drogues.gouv.fr/fr/index.html
*S.o.s. Réseaux : http://www.sosreseaux.com/
*Ireb - Instituto de pesquisas cientificas sobre às bebidas: http://www.ireb.com/
*Addica : addictions precarité Champagne Ardenne : http://www.addica.org/
*Internet addiction : conceito de dependência à internete: http://www.psyweb.net/addiction.htm
*Estupefiantes e conduta automobilistica; as proposições da sfta: http://www.sfta.org/commissions/
*stupefiantsetconduite.htm

Coordination (coordenador): Eliezer de HOLLANDA CORDEIRO [email protected]


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