Volume 11 - 2006
Editor: Giovanni Torello

 

Fevereiro de 2006 - Vol.11 - Nº 2

France - Brasil- Psy

SOMMAIRE (SUMÁRIO)

Docteur Eliezer DE HOLLANDA CORDEIRO

Sumário:

 

  1. NOVOS DESAFIOS DAS TERAPIAS BREVES À PSICANÁLISE
  2. A BATALHA ENTRE OS PSIS CONTINUA
  3. QUANDO OS PSICÓLOGOS CLÍNICOS AJUDAM MÉDICOS
  4. MÚSICA, AUTISMO E DOENÇA DE ALZHEIMER
  5. DEPRESSÃO E GRAVIDEZ
  6. DOENCA DE ALZHEIMER: a) I MUNIDADE b)VACINA c) ORIGEM GENÉTICA
  7. ASSOCIAÇÕES

QUI SOMMES- NOUS (Quem somos)

QUEM SOMOS ?

France-Brasil-PSY é o novo espaço virtual de “psychiatry on line” oferecido aos profissionais do setor da saude mental de expressão lusofona e portuguesa.Assim, os leitores poderão doravante nela encontrar traduções e artigos em francês e em português abrangendo a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise. Sem esquecer as rubricas habituais : reuniões e colóquios, livros recentes, lista de revistas e de associações, seleção de sites.

QUI SOMMES- NOUS ?

France-Brasil-PSY est le nouvel espace virtuel de “psychiatry on line” offert aux professionnels du secteur de la santé mentale d'expression lusophone et française.Ainsi, les lecteurs pourront désormais y trouver des traductions et des articles en français et en portugais concernant la psychiatrie, la psychologie et la psychanalyse. Sans oublier les rubriques habituelles : réunions et colloques, livres récentes, liste de révues et d'associations, sélection de sites.


 

1. NOVOS DESAFIOS DAS TERAPIAS BREVES À PSICANÁLISE

Introdução

No momento em que a eficiência terapêutica da psicanálise está sendo colocada em causa na França através de relatórios científicos, livros, revistas, entrevistas e artigos, força é de constatar a progressão espetacular das terapias, especialmente as cognitivo-comportamentais, que rejeitam as teorias elaboradas por Freud e seus seguidores. Talvez por esta razão, os psicanalistas franceses, de uma maneira geral, recusam os argumentos, resultados e teorias defendidos pelos que praticam tais psicoterapias, ao ponto de ignorá-las e desprezá-las.

Entretanto, psiquiatras- psicanalistas começam a colocar questões consistindo em saber se a psicanálise é o melhor método para tratar todas as dificuldades adaptativas do homem com relação ao meio ambiente em que ele vive.

Na primeira parte do artigo que agora publicamos- a segunda devendo aparecer em Março- pretendemos apresentar aos psiquiatras e psicólogos lusófonos e a outros eventuais leitores, alguns dos principais argumentos avançados pelos psicanalistas e os TCC neste rude combate que cresceu ainda mais depois da publicação de um relatório do INSERM sobre a eficiência das psicoterapias e a recente publicação do « Livre Noir de la Psychanalyse ».

PRIMEIRA PARTE

Em vários artigos publicados em France-Psy-Brasil abordamos questões relativas às psicoterapias, a começar pelas primeiras edições de Novembro e Dezembro 2003(1)(2), quando evocamos o projeto de lei propondo a criação de um diploma definindo o estatuto do psicoterapeuta e que deu lugar a debates acalorados na França. A idéia central deste projeto era que só os detentores de um diploma de psicologia ou de psiquiatria poderiam intitular-se psicoterapeutas, o que deveria permitir um melhor enquadramento das práticas psicoterápicas, lutar contra charlatões e combater seitas religiosas. O projeto sofreu diversas modificações mas conservou o essencial : « o espírito e o texto da lei, especialmente a obrigação da formação em psicopatologia clínica, teórica e prática » (3). Como era de se esperar, a idéia de um controle da eficiência das práticas psicoterápicas contida no projeto suscitou debates não somente entre psicoterapeutas e legisladores, mas também entre os próprios psicoterapeutas e psicanalistas (4).

A questão da regulamentação da prática psicoterápica foi retomada por Robert M. Palem que, em um artigo que traduzimos e publicamos na POLBr de Agosto 2004 (5), lembrou que a psicanálise resta um modelo de referência e sem dúvida o mais elaborado para um bom número de métodos psicoterápicos. Mas o autor ajuntou que "a clássica cura freudiana cessou de ser hoje o horizonte inatingível de todas as psicoterapias (…) Que apareceram outras psicoterapias, com argumentos, resultados, teorias : sistêmicas, hipnóticas, cognitivo-comportamentais (...) Que "havia uma grande concorrência e mesmo um síndrome do divã vazio(…) a orientação psicanalítica preponderante recuando de maneira nítida » E Robert Palem concluiu : O discurso freudo-lacaniano era antes uma sorte de esperanto na Associação Francesa dos Psiquiatras de Exercício Privado (AFPEP). Não é mais o caso ».

David Servan-Schreiber, autor do best seller traduzido no Brasil, "Guérir le stress, l'anxiété et la dépression sans médicaments ni psychanalyse" (Curar o estresse, a ansiedade e a depressão sem medicamentos nem psicanálise », argumentou da seguinte maneira a batalha entre os psis : (6) « Em 2001, o INSERM (Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica) nomeou um comité de especialistas encarregado de avaliar diferentes formas de psicoterapias. Se eu sofro de ataques de ansiedade, se eu estou deprimido, o que eu devo fazer ? Uma psicanálise, uma terapia comportamental e cognitiva, ou seguir uma outra técnica psicoterápica ? Após vários países, a França decidiu avaliar a melhor maneira de tratar os que sofrem de dores emocionais ».

O comité, composto de psiquiatras, de psicólogos e de um psicanalista, ouviu representantes de diferentes escolas de terapia. Ele examinou mil artigos científicos (…) adotando como única regra a busca de provas científicas para determinar o que é eficiente (...) O relatório do INSERM concluiu que a eficiência da psicanálise só foi notada em 1 item dos 16 estudados. As terapias da família mostrram-se eficientes em 5 síndromes e as TCC em 15 dos 16 síndromes estudados. Com o relatório do INSERM, a psicoterapia na França aproximou-se da medicina moderna, que se funda em provas e não em teorias, mesmo as mais sedutoras » (6).

Outros representantes das TCC entraram também em cena e pediram que a maneira de trabalhar dos psicanalistas pudesse ser estudada, controlada e questionada, ajuntando que nenhum domínio da medicina deveria escapar a uma avaliação. Eles denunciaram o fato de que, na França, a psicanálise teria escondido os seus insucessos desde o início (...) e impedido a avaliação da eficiência das psicoterapias por métodos rigorosos" (4).

Por outro lado, as conclusões do INSERM suscitaram muitas críticas de psicanalistas,como por exemplo Yannich Cann e Jean-Louis Chassaing que, na "Lettre de Psychiatrie Française", órgão informativo do "Sindicato dos Psiquiatras Franceses" e da "Associação Francesa de Psiquiatria"(7), escreveram que as TCC têm por finalidade exclusiva a supressão do sintoma; que as psicoterapias psicodinâmicas partem do sintoma como expressão do sujeito para permitir-lhe um trabalho de elaboração;eles denunciaram o método utilizado na pesquisa do INSERM, etc. Enfim, a última objeção dos autores concerne o problema muito conhecido das dificuldades em medir-se os "efeitos sobre a subjetividade" de uma experiência psicoterápica.

Após o relatório do INSERM e a publicação do « Livro negro da psicanálise », as tensões na comunidade psi aumentarm ainda mais, a tal ponto que Eric Favereau escreveu no jornal Libération : «a batalha entre psis recomeçou. Uns contra os outros, certos analistas contra certos psicoterapeutas, freudianos contra lacanianos, defensores das terapias comportamentais-cognitivas contra psis das relações ».

Esse duplo ataque contra a psicanálise deu lugar a uma polêmica e virulenta resposta publicada na « Lettre de Psychiatrie Française » (8). Assinado por Roland Gori, Christian Hoffmann e Alain Vanier, o artigo se refere à Association Française de Thérapie Comportementale e Cognitive, (AFTCC), que apresenta as TCC como um novo aprendizado que viria retificar um comportamento patológico. Os autores concluem que as TTC são mais próximas da reeducação, especialmente para pacientes sofrendo de lesões cerebrais, e, por conseguinte, elas não podem ter o estatuto de psicoterapia, « que trata o conflito psíquico e resulta de um cuidado psíquico que ultrapassa a lógica médica ». Os autores lembram « que há cerca de um século, a psicanálise tornou-se pelo seu método e seus conceitos a referência maior das práticas psicoterápicas ».

De maneira mais argumentada e menos polêmica, a conhecida psicanalista e linguista Julia Kristeva declarou no último número da revista Paris Match: « A psicanálise não é uma psicoterapia como as outras, mas ela é única pela profundeza de sua ação e pela sua peocupação para com a verdade subjetiva. Esta aventura não é para todo mundo : ela é longa, cruel e incômoda. Mas quanta liberdade no fim da viagem às profundezas do desejo!». Julia Kristeva indica dois objetivos para a psicanálise: conservar o lugar privilegiado que ela ocupa no ensino superior e outorgar às sociedades psicanalíticas a tarefa de formar não somente analistas mas práticos de terapias psicanalíticas em situação de face a face.

Daniel Widlöcher por sua vez, em inúmeros artigos e livros, não somente reconhece o valor das TCC mas defende a idéia de que a psicanálise deve responder com argumentos aos desafios lançados por elas. Numa entrevista a « Sciences et Avenir" (9), ele coloca a seguinte questão: "será que a psicanálise é o melhor método para tratar todas as dificuldades adaptativas do homem com relação ao meio ambiente em que ele vive"? Mais ainda: "será que o ponto de vista psicanalítico deve continuar sendo o ponto de vista dominante para explicar o que é o equilíbrio psíquico"?

Nesta entrevista, ele admite que as TCC "podem trazer benefícios mais rápidos e espetaculares do ponto de vista sintomático do que a psicanálise ». Assim, as TCC, que são terapias do estado agudo, do acesso, do sintoma e, nesse sentido, mostram-se eficientes, "curam cerca de 80% das manifestações fóbicas agudas após um tratamento de 6 meses".

Mas, comparando os resultados positivos obtidos pela psicanálise e pelas TCC, Daniel Widlöcher diz que " os efeitos favoráveis não são os mesmos : se a psicanálise chega ao sucesso no fim de 4 anos de cura de pacientes sofrendo de manifestações fóbicas agudas, os resultados obtidos são bem diferentes : o clima de vida do paciente melhora de maneira mais fundamental após uma psicanálise" (9).

Por sua vez, J.B. Pontalis, no artigo "Uma idéia incurável" (10), escreveu a propósito dos sintomas, que muitos analistas consideram"que cabe aos outros curá-los (…)Os psicanalistas, quanto a eles, cuidariam das modificações estruturais : reforço do ego, castração (…) Enquanto esses analistas pensam proclamar uma oposição essencial entre os objetivos da psicanálise e os da medicina- ou das psicoterapias que não souberam romper com a medicina-, eles só fazem retornar a uma diferença das mais clássicas em medicina: a do processo mórbido e do aparecimento da doença". J.B.Pontalis explica esta passagem dizendo que"no psicanalista que desvaloriza por princípio a cura sintomática, é o médico que fala e não o psicanalista (nem o doente). Em medicina, o sintoma é um sinal (...) uma mensagem enviada pelo organismo perturbado, uma manifestação suscetivel de indicar e orientar o diagnóstico; da mesma maneira o desaparecimento do sintoma não implica o desaparecimento do processo mórbido. Em psicanálise, ao contrário, o essencial é o trajeto inventado pela formação do sintoma, cujo modelo é oferto pelo sonho."

Note-se que , em todos esses artigos publicados na POLBr só abordamos a competição entre a psicanálise e as TCC, sem levarmos em conta outras psicoterapias curtas .Ora, na recente edição do livro escrito pelo psiquiatra Dominique Megglé, intitulado "Les thérapies brèves", o autor denuncia também a psicanálise no que diz respeito a sua eficiência terapêutica, através de um estudo onde ele passa em revista « a grande maioria dos métodos que vieram transformar a psicoterapia e desafiar a psicanálise »(11).

Em seu prefácio, o Doutor Megglé resume os avanços das terapias breves na França, "cada vez mais praticadas (...) em numerosos domínios do sofrimento mental: fobias, obsessões, ansiedade, distúrbios das condutas alimentares, depressão, distúrbios da personalidade e traumatismos psíquicos. Ao mesmo tempo, o autor ajunta que as publicações francófonas multiplicaram-se nos últimos dez anos, enquanto o cordão umbilical que ligava as terapias breves à cultura americana foi cortado. Especialistas europeus desenvolvem suas próprias técnicas e alguns vão até ensiná-las nos EEUU (11).
FIM DA PRIMEIRA PARTE

Referências

1) E. de Hollanda Cordeiro: "Um estatuto para os psicoterapeutas", in France-Psy-Brasil,( POLBr), Novembro 2003.
2) E. de Hollanda Cordeiro: "Estatuto do psicoterapeuta na França", in France-Psy-Brasil, (POLBr), Dezembro 2003.
3) François Coret e Christian Vasseur : « Les psychothérapies et la loi », in Lettre de Psychiatrie Française, N. 151, Paris, Janvier 2006.
4) E. de Hollanda Cordeiro: "Quando as TCC desafiam a psicanálise", in France-Psy-Brasil,( POLBr), Maio 2004.
5) Robert M. Palem: « Psicoterapias e psicanálise », tradução em France-Psy-Brasil (POLBr), Agosto 2004
6) David Servan-Schreiber : « Monsieur le Ministre, ne méprisez pas la souffrance des patients », in Psychologies, n°240, Paris, 2005.
7) Yannich Cann e Jean-Louis Chassaing, in France-Psy-Brasil, (POLBr), Maio 2004.
8) Roland Gori, Christian Hoffmann e Alain Vanier : « As TTC não são psicoterapias », in La Lettre de Psychiatrie Française, N. 149, Paris, 2005.
9) Daniel Widlocher, entrevista dada a "Sciences et Avenir », tradução publicada em France-Brasil-Psy (POLBr), Maio 2004
10) J.B.Pontalis, in France-Psy-Brasil, (POLBr), Maio 2004.
11) Dominique Megglé: "Les thérapies brèves", Presses de la Renaissance, Paris, 2002.

2. A BATALHA ENTRE OS PSIS RECOMEÇOU

Mediscoop@santé.net

Eric Favereau constata no jornal Libération « que a batalha entre psis recomeçou. Uns contra os outros, certos analistas contra certos psicoterapeutas, freudianos contra lacanianos, defensores das terapias comportamentais, cognitivas contra psis das relações ».

O jornalista precisa « que pela primeira vez em sua história, o ministério da Saúde reuniu todos os componentes do planeta psy na Franca, […] convidados para receberem uma primeira versão dos decretos muito esperados da lei, votada em 2005, afim de regulamentar o uso do título de pscicoterapeuta ».

Eric Favereau résumiu assim: « O nevoeiro prevalece, com perspectivas de grandes tempestades ».

O jornalista concluiu entretanto que para o ministério da Saúde, « a sessão ainda não terminou.Os decretos sontinuam procurando um acordo. Nós faremos uma outra reunião para analisar as diferentes propostas ».

3. QUANDO PSICÓLOGOS CLÍNICOS AJUDAM MÉDICOS

No « Bulletin de L'Ordre des Médecins » de Dezembro, lí a seguinte informação :
A Associação de ajuda profissional aos médicos liberais (AAPML) procura ajudar os os médicos vítimas da síndrome de esgotamento profissional. A Associação coloca à disposição dos colegas ,um dispositivo telefônico, aberto 24 horas todos os dias( inclusive aos Domingos), dirigido por psicólogos clínicos. Este trabalho psicológico é feito segundo princípios éticos claros: respeito do anonimato, do sigilo, da integridade e dos valores daqueles que solicitam ajuda.

4. MÚSICA, AUTISMO E DOENÇA DE ALZHEIMER

Newsletter : Demências : Realidades e Perspectivas
La Croix 17 de Janeiro 2006
Tradução : Eliezer de Hollanda Cordeiro

O jornal La Croix evoca a terceira semana do som,«que foi uma ocasião para mostrar os benfeitos da musicoterapia nas crianças autistas e pessoas idosas sofrendo da doença de Alzheimer». Edith Lecourt, professor de psicologia clínica na Universidade Paris V, lembrou-nos que o uso da musica «com finalidade terapêutica » em distúrbios psicológicos ou comportementais mais ou menos graves. «Não ligando para a idade » a musicoterapia pode ser « muito importante no acompanhamento das pessoas idosas ». «Como foi o caso da Senhora N., 93 anos, soufrendo de uma demência e que continuava tocando piano », disse André Fertier, compositor e pesquisador de musicoterapia no hospital Charles-Foix d'Ivry-sur-Seine. «A mesma coisa ocorreu com um homem de 85 aons, médico da Marinha, que perdeu completamente a memória imediata mas que tornou-se capaz de tocar violinno e cantar em sete línguas".Apesar da deficiência, é extraordinário constatar o quanto a música permanece accessivel em tais pacientes », explicou André Fertier.

De qualquer maneira, «não o sabemos exatamente porque a música tem um tal poder sobre o homem. Portanto podemos fazer uma hipótese : No útero, todo homem percebe sons - a começar pelos batimentos do coração de sua mãe- sob forma musical, antes de distinguir a linguagem falada. Desta maneira, essa forma de espressão musical não lhe faz medo, e a melodia tem um sentido para a pessoa, explicou «Philippe Grimbert, psycoterapeuta e escritor.

5. DEPRESSÃO E GRAVIDEZ

www.sante.net aujourd'hui

Depressão : a suspensão do tratamento durante a gravidez poderia ser um fator favorecendo a recaida.

Marco Dutra (Boulogne)
Cerca de 6 % das mulheres grávidas - talvez até mesmo 10% -sofrerão de depressão num dado momento de suas vidas. Geralmente, as mulheres são mais vulneráveis à depresséao durante a gravidez e durante as semanas e os meses após o parto. Durante estes períodos, a depressão pode ser confundida com os sintomas da gravidêz ou com a « síndrome do terceiro dia » (geralmente chamado « baby blues ») que afeta muitas mulheres pouco tempo após o parto. Entretanto, mulheres que deixam de tomar um tratamento antidepressivo durante a gravidez correm um importante risco de recaida. Um recente estudo americano - que rompe com o mito dos hormônios capazes de garantir o bom moral das mulheres grávidas - publicado há pouco tempo no JAMA, o jornal da « Association médicale américaine », traz novos dados sobre este assunto,sem todavia responder de maneira clara às futuras mães quanto à escolha dificil que elas têm de fazer. Elas devem colocar na balança os incovenientes de uma depressão não tratada com o possivel risco de malformação cardíaca para o feto suscetivel de ser provocada por certos antidepressivos.

6. a)O DOENTE DE ALZHEIMER VÍTIMA DE SUA PRÓPRIA IMUNIDADE

Newsletter Demences : realite et perspectives Alzheimer
[email protected]
Science & Vie janeiro2006

Science & Vie coloca a questão das causas da destruição dos neurônios nesta doença degenerativa. Segundo a revista, o Doutor Karl-Heinz KRAUSE da faculdade de medecina de Genebra, disse haver identificado o culpado : « trata-se da microglia, um tipo de glóbulos brancos do cérebro que mata as bactérias em caso de infecção ».

Sabe-se que a a doença de Alzheimer caracteriza-se pelo aparecimento de placas amiloides nos neurônios.As placas, de natureza proteica, suscitariam uma reação anormal da microglia, destruindo assim os neurônios. « Comparamos culturas de neurônios sintetizando um precursor das placas amiloides», explica Krause. «Sem microglia, os neurônios sobrevivem sem problemas, mais desde que introduziamos esta substância no meio da cultura, os neurônios morrem».

Science & Vie precisa que « se os glóbulos brancos destroem os neurônios é porque, em suas membranas, uma enzima chamada NOX2 produz radicais livres aos quais os neurônios são muito sensiveis ».

b)VACINA CONTRA A DOENÇA DE ALZHEIMER »
Mediscoop@santé.net
O Jornal Le Monde informa, segundo Mediscoop, que « Roche obteve as autorizações para testar uma vacina contra a doença de Alzheimer ».

O jornal ajunta que «o ensaio consiste em injetar um anticorpo dirigido contra o peptídio bêta amilóide, uma molécula implicada diretamente na fisiopatologia dessa afecção ».

c) « Alzheimer, majoritairement d'origine génétique »
Mediscoop@santé.net

O Jornal La Croix dá uma notícia sobre um trabalho sueco-americano publicado nos Archives of general psychiatry, segundo a qual «a doença de Alzheimer tem suas raízes, pelo menos em 80 % dos casos, no patrimônio genético ».

O jornal explica que esse trabalho, « iniciado em 1998 com 12 000 pares de gêmeos suecos de mais de 65 anos, minimisa o papel do meio ambiente, sem contudo excluir o papel potencial das infecções».

7. Associações

*Association française pour l'approche integrative et eclectique en psychotherapie (afiep)
*Association française de psychiatrie et psychologie legales (afpp)
*Association française de musicotherapie (afm)
*Association art et therapie
*Association française de therapie comportementale et cognitive (aftcc)
*Association francophone de formation et de recherche en therapie comportementale et Cognitive (afforthecc)
*Association de langue française pour l'etude du stress et du trauma (alfest)
*Association de formation et de recherche des cellules d'urgence medico-psychologique (aforcump)
*Association nationale des hospitaliers pharmaciens et psychiatres (anhpp)
*Association scientifique des psychiatres de secteur (asps)
*Association commission des hospitalisations psychiatriques france (cdhp france)
*Association promotion defense de la psychiatrie a l'hopital general (psyge)
*Association karl popper
*Association pour la fondation Henri Ey
*Association internationale d'ethno-psychanalyse (aiep)
*Collectif de recherche analytique (cora)
*Ecole parisienne de gestalt
*Ecole française de sexologie
*Ecole de la cause freudienne www.causefreudienne.org
*Groupement d'études et de prevention du suicide (geps)
*Groupe de recherches sur l'autisme et le polyhandicap (grap)
*Groupe de recherches pour l'application des concepts psychanalytiques a la psychose (grapp)
*Regroupement national en psychiatrie publique (renepp)
*Société française de gérontologie
*Société française de thérapie familiale (sftf)
* Société francophone de medecine psychosoma
*Société française de psychopathologie de l'expression et d'art-therapie(sfpe)
*Société française de recherche sur le sommeil (sfrs)
*Société française de relaxation psychotherapique (sfrp)
*Société française de sexologie clinique (sfsc)
*Société française de psycho-oncologie/association psychologie et cancers
*Société d'addictologie francophone
*Société ericksonienne
*Société de psychologie medicale et de psychiatrie de liaison de langue française
*Société médicale Balint
*Union nationale des associations de formation médicale continue (unaformec)
*Union nationale des amis et familles de malades mentaux (unafam)
*Association Psychanalytique de France (apf)
*Société Psychanalytique de Paris (spp)
*Ecole Freudienne de Paris
*Mediagora:http://perso.wanadoo.fr/christine.couderc/
*Agoraphobie.com:http://www.agoraphobie.com/
*Sitesfrancophones:http://www.churouen.fr/ssf/pathol/etatanxiete.html
*Distúrbios do humor (afetivos) : www.depression.ch
*Estados limites em psiquiatria: tratamento (d. Marcelli): suicidio escuta - 24/24 http://suicide.ecoute.free.fr
*Informações sobre o suicidio e as situações de crise: http://www.suicideinfo.org/french
*Centro de prevenção do suicidio: http://www.preventionsuicide.be
*Associação alta ao suicidio: http://www.stopsuicide.ch
*Suicídio : http://www.chu-rouen.fr/ssf/anthrop/suicide.html
*Drogas : http://www.drogues.gouv.fr/fr/index.html
*S.o.s. Réseaux : http://www.sosreseaux.com/
*Ireb - Instituto de pesquisas cientificas sobre às bebidas: http://www.ireb.com/
*Addica : addictions precarité Champagne Ardenne : http://www.addica.org/
*Internet addiction : conceito de dependência à internete: http://www.psyweb.net/addiction.htm
*Estupefiantes e conduta automobilistica; as proposições da sfta: http://www.sfta.org/commissions/
*stupefiantsetconduite.htm

Coordination (coordenador): Eliezer de HOLLANDA CORDEIRO [email protected]


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