Volume 22 - Novembro de 2017 Editor: Walmor J. Piccinini - Fundador: Giovanni Torello |
Abril de 2017 - Vol.22 - Nº 4 Psiquiatria na Infância e Adolescência
FATOS PARA AS FAMÍLIAS: Material traduzido da AACAP (Associação Americana de Psiquiatria para Crianças e Adolescentes) A maioria dos lactentes e crianças jovens são criaturas muito sociais
que necessitam e desejam o contato com
outros para prosperar e crescer. Eles sorriem, abraçam, riem e respondem
ativamente para jogos do tipo esconde- esconde
ou “peek-a-boo”. Ocasionalmente, entretanto, uma
criança não interage da maneira que se espera, em vez
disto a criança parece viver no seu mundo próprio, um lugar caracterizado por rotinas repetitivas, isolado ou com conduta peculiar,
com problemas de comunicação, e uma total falta de interesse social ou interesse
em outros. Esta são as características de um
transtorno do desenvolvimento chamado autismo. Autismo geralmente é identificado quando a criança está com trinta meses de idade. É descoberto quando os
pais ficam preocupados que seu filho passa estar surdo, ainda não fala, resiste
aos carinhos e evita interação com outros. Alguns dos primeiros sinais e sintomas que sugerem que uma criança
jovem necessita uma avaliação mais cuidadosa para autismo incluem: *aos seis meses de idade ainda não sorri *não reage a troca de sons e sorrisos ou
tem expressão facial por nove meses. *não balbucia, aponta, busca ou acena por 12 meses. *nenhuma palavra em 16 meses *nenhuma frase com duas palavras por 24 meses *atraso no desenvolvimento *Qualquer perda da fala, balbuciar e habilidades social Uma criança em idade de pré-escola com autismo “clássico” é
geralmente isolada, distante e falha em responder a outras pessoas. Muitas destas crianças não mantém contato ocular. Eles podem
se engajar em rituais estranhos do tipo rodar, bater mãos ou uma necessidade
obsessiva de manter a ordem. Muitas crianças com autismo não falam de todo. Aqueles que
conseguem falar em rima, tem ecolalia (repetem as
palavras como se fosse um eco), referem-se a si mesmos como “ele” ou “ela” ou
usam uma linguagem peculiar. A severidade do autismo varia, de leve a grave. Algumas crianças
são brilhantes e se saem bem na escola, embora tenham problemas de ajustamento
escolar. Eles podem ter a capacidade de viver independentemente quando se
tornam adultos. Outras crianças com autismo funcionam num nível mais baixo. Retardo mental é muitas
vezes associado ao autismo. Ocasionalmente, uma criança com autismo pode apresentar um talento
extraordinário na arte, música ou outra área específica. A causa do autismo permanece desconhecida, embora teorias
correntes indicam problemas com a função ou estrutura
do sistema nervoso central. O que sabemos no entanto,
que os pais não causam o autismo. Ainda não há cura para o autismo, um tratamento apropriado,
especializado fornecido desde cedo na vida pode ter um impacto positivo no
desenvolvimento da criança e produz uma diminuição na conduta desagregada e nos
sintomas.
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