Volume 22 - Novembro de 2017 Editor: Walmor J. Piccinini - Fundador: Giovanni Torello |
Dezembro de 2016 - Vol.21 - Nº 12 História da Psiquiatria PAULO CORRÊA VAZ DE ARRUDA (1931?-2016) Walmor João Piccinini O ano de 2016 ainda
não terminara e as más notícias continuavam nos bombardeando. A morte do
Professor Paulo Correia de Vaz Arruda foi comunicada por um aluno e também
professor o Dr. Francisco Baptista Assunção Junior. Muito conhecido na USP,
mantinha-se relativamente distante dos agito da psiquiatria em nível nacional.
Dá sua obra podemos destacar alguns pontos marcantes: 1. O conceito de morte
cerebral em 1968.
2. A fundação do GRAPAL EM 1983 3. A orientação de alunos de pòsgraduação. Do seu currículo Lattes extraímos um resumo muito resumido das suas qualificações.
Formado pela Faculdade de Medicina da USP em 1953. Fez especialização em eletrofisiologia pela University of Illinois em 1955. Doutorado
pela USP em 1957 onde permaneceu até sua aposentadoria. No seu doutorado
defendeu a tese cujo título foi "Fatores físicos, sensitivos e sensoriais
de modificar os eletroencefalogramas normais e
patológicos". O primeiro
ponto marcante da sua vida acadêmica foi a elaboração
do Conceito de Morte Encefálica: " No Brasil, o conceito de morte encefálica
foi referido pela primeira vez em 1968, por ocasião do primeiro transplante
cardíaco. A pedido dos professores Euriclides de
Jesus Zerbini e Campos Freire, os professores Paulo de Vaz Arruda e Adail de
Freitas Julião definiram, com base puramente eletroencefalográfica, o conceito e comprovação de morte
real a partir de estudo da atividade elétrica cerebral. (http://docplayer.com.br/8228325-Comunicacao-de-mas-noticias-dilemas-eticos-frente-a-situacao-de-morte-encefalica.html). O também
professor Dr. João Romildo Bueno declara uma grande admiração por aquele que
ele chamava de Paulinho. Publicou no whatsapp de um
grupo de psiquiatras algumas informações mais íntimas sobre o Professor Paulo e
que fizemos algumas adaptações: ...sabia
que o ano ainda não acabou... morreu Paulinho Vaz
Arruda, o último Quixote psiquiátrico da paulicéia desvairada... jamais foi
“catedrático” ou “ titular”... mas escreveu
Duas Teses para professores que o foram... cozinheiro
emérito e conseguiu convencer os teimosos uspianos
que os cursos de pós-graduação necessitavam o “nihil-obstat”
da CAPES-CNPQ. Paulo foi um defensor da psiquiatria e da neuropsicologia,
pensava como poucos, bebia com os amigos e cozinhava
para os que dele gostavam. Perdi um amigo alegre e divertido... e a psiquiatria perdeu um marco... e
o ano ainda não acabou. O
psicanalista Plinio Montagna
(publicou no seu facebook) Com enorme
pesar compartilho a triste notícia do Professor Paulo Correia Vaz Arruda.
Certamente um dos nomes mais importantes da psiquiatria brasileira, um homem
brilhante, agudo pensador, humanista à toda prova que
desafiou o regime militar como professor, um estrategista expoente da educação
médica da Faculdade de Medicina da USP à qual dedicou grande parte da sua vida,
com amor verdadeiro. Seu humor fino, suas tiradas rápidas e irônicas eram
exemplares. Em 2007
publicamos na Psychiatry Online a Genealogia da Pós-graduação em Psiquiatria da USP (http://www.polbr.med.br/ano07/wal0707.php). a ideia era e é de establecer e
valorizar o papel dos professores orientadores. O
professor PVArruda, mesmo
sendo um homem da era pré CAPES- CNPQ deixou sua marca e formou excelentes
mestres e doutores. Para entender a lista. Coloca-se o número 1 no Professor
formador. O número dois nos seus doutores e 3 nos novos doutores que estes
doutores formaram O terceiro dos antigos professores a deixar
descendência foi o Professor Paulo Corrêa Vaz de Arruda 1 Paulo
Corrêa Vaz de Arruda +Doutorado ........ 2 Zacarias
Borges Ali Ramadam 1972 – 3.
+Doutorado Hilda
Clotilde Penteado Morana 2004 ........ 2 Renato
Luiz Marchetti (Estudo Clínico e de Neuroimagem das Psicoses em Epilepsia: Contribuição da Morfometria das Estruturas Temporais Mesiais,
Ano de obtenção: 1998. Orientador: Paulo Correa Vaz de Arruda. ........ 2 Nairo de Souza Vargas 1995 - (Psicoterapia de casais -
uma visão Simbólico-Arquetípica da Conjugalidade.) Orientador: Prof. Dr. Paulo Vaz de Arruda. ........ 2 Alexandrina
Maria Augusto da S.
Meleiro 1998 - ( O médico
enquanto paciente: Estudo comparativo com pacientes cardíacos de nível
universitário internados no Instituto do Coração.) Orientador: Paulo Vaz de Arruda. ........ 2 Gilberto
D'Elia 1999 - Ensino Médico:
Opinião do Aluno de Medicina sobre a Psiquiatria durante o Estágio de Internato
na FMUSP, Orientador: Prof Dr. Paulo Vaz de Arruda. +Mestrado ........ 2 Plínio
Luiz Kouznetz Montagna 1981
- Emoções expressas no ambiente familiar
e evolução da esquizofrenia. 1981. Dissertação (Mestrado em Medicina) -
Universidade de São Paulo, . Orientador: Paulo Corrêa
Vaz de Arruda. ........ 2 Sandra
Lucíola Martin Catropa 1985 - Estudo clínico de características
de personalidade em pacientes com Psoríase, através de entrevista e de exame de
Rorschach. Dissertação (Mestrado em Pós Graduação Em
Psicologia da Saúde) - Universidade Metodista de São Paulo, . Orientador: Paulo Corrêa Vaz de
Arruda. ........ 2 Carlos
David Segre 1987 -
Supervisão em psicoterapia
psicanalítica. 1987. Dissertação (Mestrado em Medicina) - Universidade de São
Paulo, . Orientador: Paulo
Corrêa Vaz de Arruda. ........ 2 Maria
Luiza Pigini 1988
- Estresse em aeronavegantes: sua importância. ........ 2 Hilda
Clotilde Penteado Morana 1988
- Estudo
clínico de personalidade de pacientes diabéticos juvenis através do exame de Rorschach. 1988. Dissertação (Mestrado em Psicologia da
Saúde) - Universidade Metodista de São Paulo, . Orientador: Paulo Corrêa Vaz de
Arruda. ........ 2 Renato
Del Sant 1990
- Propedeutíca das sindromes catatônicas
agudas. 1990. Dissertação (Mestrado em Medicina) - Universidade de São Paulo, . Orientador: Paulo
Corrêa Vaz de Arruda. ........ 2 Lúcia
Maria Rosa da Cruz
Costa 1990 - Estudo
analítico dos distúrbios psicológicos presentes em pacientes com prolapso da válvula mitral. ........ 2 Edna
Mombelli Cítero 1993
- Variação
adaptativa e relações de objeto em indivíduos com hipertensão essencial: um
estudo com Escala de Ryad e com o Teste de Phillepson. 1993. Dissertação (Mestrado em Psicologia da
Saúde) - Universidade Metodista de São Paulo, . Orientador: Paulo Corrêa Vaz de
Arruda. ........ 2 Paulo
Bessa da Silva 1998 - O discurso profético como
manifestações de processos psicológicos, na Universidde
Metodista de São Paulo. 1998. 0 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia da
Saúde) - Universidade Metodista de São Paulo, . Orientador: Paulo Corrêa Vaz de
Arruda. ........ 2 Ana
Carlota P.
Teixeira 1999
- Adoção:
Motivações Inconscientes. 1999. 0 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia da
Saúde) - Universidade Metodista de São Paulo, . Orientador: Paulo Corrêa Vaz de
Arruda ........ 2 Maria
Adelaide de Freitas Caires 1999
- Psicologia
Jurídica: Parâmetros para Sistematização. 1999. 0 f. Dissertação (Mestrado em
Pós Graduação da Saúde) - Universidade Metodista de São Paulo,
. Orientador: Paulo
Corrêa Vaz de Arruda. ........ 2 Kenji Paulo Fernando Toma 1999
- Filmes
violentos e sua relação com a agressividade em adolescentes do gênero
masculino: uma visão psicofisiológica. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Saúde)
- Universidade Metodista de São Paulo, . Orientador: Paulo Corrêa Vaz de
Arruda ........ 2 Maria
Lúcia Mandruzato 1999
- Um estudo
sobre a correlação entre a grafologia de Heymans Le Senne e o temperamento hipocrático. 1999. Dissertação
(Mestrado em Psicologia da Saúde) - Universidade Metodista de São Paulo, . Orientador: Paulo
Corrêa Vaz de Arruda. ........ 2 Yara Azevedo 2000 - Educação continuada em
Psiquiatria e o Projeto Disque Psiquiatria. Avaliação do Impacto da sua
Atuação. ........ 2 Paulo
de Mello 2000 - Mecanismos Neuropsicofisiológicos da
Hipnose. 2000. 0 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Saúde) -
Universidade Metodista de São Paulo, . Orientador: Paulo Corrêa Vaz de
Arruda. ........ 2 Simone
Portiolli Billachi 2001
– A influência
da contratransferência no atendimento fisioterapêutico
em alunos do último ano do curso de fisioterapia da UNIABC. 2001. Dissertação
(Mestrado em Psicologia da Saúde) - Universidade Metodista de São Paulo, . Orientador: Paulo
Corrêa Vaz de Arruda 2. Noeli Aparecida Gallinari. Prevenção de
DST/AIDS e a fantasia do príncipe encantado: estudo exploratório com mulheres
profissionais do sexo. 2001. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Saúde) -
Universidade Metodista de São Paulo, . Orientador: Paulo Corrêa Vaz de
Arruda. 2. Paulo Madjarof Filho. Efeito da sucessão
hipnótica dobre o estado de atenção, concentração e memória. 2002. Dissertação
(Mestrado em Psicologia da Saúde) - Universidade Metodista de São Paulo,
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Co-Orientador: Paulo Corrêa As orientações e os
assuntos tratados mostram sua grande preocupação com a assistência aos alunos
da USP e seu pioneirismo em abordar o tema do suicídio entre os jovens. Graças a publicação
do dr. Montanha pude acessar
uma entrevista muito objetiva em que o Professor Paulo Corrêa Vaz de Arruda
expressa suas ideias de como ser médico. http://medicina.fm.usp.br/cedem/hum/arquivo.php Entrevista
com o Professor Paulo Correia Vaz de Arruda por Diógenes Batista da Silva e Mateus Rozalem Aranha "Saber o
que é ser médico, isso foi muito difícil" O Prof. Dr. Paulo
Corrêa Vaz de Arruda, com a propriedade concedida por seus 54 anos de dedicação
à prática médica, nos conta sobre o que é ser médico e sobre as alegrias e
dificuldades dessa apaixonante profissão. Em uma verdadeira aula, ensina sobre
as diversas facetas dessa profissão e da extrema importância em reconhecer seus
limites e respeitá-los, sempre atento as necessidades que a medicina impõe
aqueles que a ela se dedicam. O que é ser médico? Não sei se eu sei o
que é ser médico. Mas eu acho que para ser um bom médico, tem que, em primeiro
lugar, ter generosidade; em segundo lugar, grande vontade de estudar, cada vez
mais e muito mais hoje do que no passado, devido à grande evolução da medicina.
É preciso ter espírito de sacrifício e ter a capacidade de conseguir o respeito
dos próprios colegas. Não é ter um espírito ganancioso, ganhar dinheiro. É ter
dedicação. O médico incorpora a profissão de uma maneira que, de certa forma, o
torna escravo do próprio trabalho e isso leva, muitas vezes, ao sacrifício de
outras partes da sua vida, ou seja, da sua vida familiar. Durante sua história, o que foi mais gratificante em ser
médico? O mais gratificante
mesmo foi ter a certeza de que, em alguns momentos, eu salvei uma vida, quer
dizer, salvar mesmo. São raros esses casos em que você pode dizer: “Se eu não
estivesse aqui, morria”. Claro, podia estar você, podia estar alguém. Então,
isso dá uma grande satisfação. Ah! Mas muita satisfação. Alimenta o ego. Bom,
em segundo lugar, tive a certeza de que ajudei muita gente, porque em 54 anos
de medicina, ponha gente para atender aí. E o que foi mais difícil? Vou dar uma resposta
cretina: ser médico! Saber o que é ser médico, isso foi muito difícil. Muito
difícil pelo seguinte: porque com um juízo crítico muito grande que a gente tem
que ter, eu tive que rever posições inúmeras vezes. Você teve que abrir mão de muita coisa na sua carreira? Ah, aí vai gerar
confusão. Sim, abri mão de uma coisa: ter filhos, algo muito sério. Porque, na
vida que eu levava, não dava. Colocar criança no mundo é fácil, mas cuidar e acompanhar é dificílimo. Porém, do resto, eu não
abri mão de nada. Porque a gente não dá o que não tem, ninguém dá o que não
tem. Se eu não tiver felicidade, eu não dou. Eu costumo dizer no meu
consultório: “o único feliz aqui dentro sou eu”, se você veio aqui é porque não
é feliz, se é feliz então vá embora e nos encontramos por ai na vida. A gente
precisa ter para dar. Acho que ser frustrado é ruim; ser triste, péssimo.
Então, eu tenho que ter alegria, e essa alegria eu ia buscar onde ela existia
para mim. É isso que eu fazia. Você acha que a medicina é um dom? Eu diria: foi; hoje
não. Hoje eu posso perfeitamente ter os conhecimentos de um engenheiro
eletrônico, que cabe. Porque a medicina foi se ampliando de tal maneira que
hoje cabe um computador de plantão. Há os laboratórios, a bioengenharia. Tem
gente que não vê doente e é famoso. Muitos médicos apresentam um comportamento de onipotência,
como se fossem verdadeiros deuses. Como você explicaria esse comportamento?
Você passou por isso? Sim, e foi onde eu
caí. Eu vou contar uma coisa horrorosa: eu tive um período de etilismo, um
período que só anos depois, sendo psiquiatra, eu entendi. Houve um momento no
qual todo mundo lhe julga o melhor. Foi quando, na época dos transplantes, o
primeiro a ser chamado era eu, para diagnosticar a morte cerebral e depois para
verificar as condições do coração. É um momento então que você consegue alguma
coisa, você se sente o tal. E você acha que essa onipotência pode vir do fato de o médico
ter decidido fazer medicina por se considerar dotado de vocação médica, de uma
coisa que os outro não têm? Não, de certo modo
não. Em primeiro lugar, vai muito do inconsciente, de se querer sarar através
de curar os outros. Você acaba se tratando ao curar os outros. Em segundo
lugar; há o fascínio por figuras médicas ilustres, porque todos nós passamos,
quando criança, por uma fragilidade muito grande. Daí chega o médico e, nossa
senhora, é uma segurança danada. Então, essa onipotência se vê muito mais no
cirurgião do que no clinico; o clinico é muito mais humilde. Mas, atualmente,
acho que uma personalidade bem estruturada, sabendo o que é medicina, você não
encontra mais. Hoje, existe mais uma espécie de caricatura do que antes você
encontrava por aqui. Você falou em etilismo. É sabido o comum uso e abuso de
álcool e de outras drogas entre os estudantes de medicina. Como você vê essa
situação? Para minha tristeza
é verdade. Tanto que depois daquela brincadeira, eu ajudei a fundar o GREA
(Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas). Eu acho que são as
angústias por que a gente passa. Não é brincadeira, desde o primeiro ano você
está exposto a uma série de situações. Na hora em que você começa a clinicar
então, parece, como diz a música, que o mundo caiu. O médico lida com uma série de dificuldades, pelo próprio
teor da atividade, especialmente por trabalhar com a dor e a morte o tempo
todo. Como você lidou e lida com esses sentimentos? Uma coisa que a
gente percebe na nossa faculdade é que os alunos têm problemas com esses temas,
mas não têm uma válvula de escape, eles não sabem lidar com isso. Não há alguém
que fale que chorar faz bem. Então tem uma cultura narcísica aqui, do tipo
“você tem que ser o forte”. Eu lidei, no passado, tão mal, tão mal, que resolvi
fundar o GRAPAL (Grupo de Assistência Psicológica ao Aluno da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo), para aprender a lidar com isso. E é
verdade, como a gente é frágil por dentro. A figura do médico pode ser considerada como um símbolo
social, com suas ramificações tanto no imaginário deles quanto no imaginário
dos pacientes, figura essa que parece persistir durante toda a história médica.
O que você acha desse símbolo e de sua importância? Bem, essa
importância existiu, mas não se verifica atualmente. E isso feriu profundamente
a vaidade dos médicos, e fez com que muitos desistissem. Antigamente, o médico
era uma figura de extrema importância – em uma cidade do interior tinha o delegado,
o padre e ele. Ele que intermediava os problemas de família. Ele era a figura
mais respeitada, porque a ele cabia qualquer e todo conhecimento médico. Era o
indivíduo que tinha a honorabilidade, que era conhecido por toda a população e
exercia a sua posição com honor. Honorário vem de honra, então o médico não
recebia por ser empregado, recebia por honra. Isso acabou com a socialização da
medicina, ou melhor, com a socialização que fizeram através da medicina. Hoje é
raro encontrar um profissional médico que seja, na realidade, um profissional
liberal. Não, ele possui três empregos. Isso é horroroso. O fim desse símbolo está afetando a relação médico-paciente? Sim, e como. No
passado, a gente podia até dizer que a grande maioria dos casos melhorava com a
chegada do médico. Isso é pura verdade. Então atrapalha muito, porque hoje
aquela confiança que havia na nossa figura, que éramos o dono do saber médico,
hoje é totalmente diluída, porque há inúmeras outras fontes, como a Internet,
por exemplo. Hoje, o paciente vai correndo para o site conferir o que está
escrito lá. Antigamente, tinham as comadres, as pessoas mais velhas. Agora não,
agora está em tudo quanto é lugar. E o desencontro de informações e de
posicionamentos atrapalha demais. Eu executo a minha profissão dizendo que a
minha opinião é aquela que eu estudei e continuo estudando, pode ser que haja
outras, mas a decisão final é a do paciente. Agora, a minha verdade, do
momento, se durante o tratamento, mudar, eu vou mudar também. Porque aquela
onipotência acabou realmente. Então o importante é reconhecer que o
conhecimento nosso é muito breve. Hoje, eu estou falando uma coisa que amanhã
já mudou. Mas é a minha maneira de conduzir o paciente, de olhar para ele, de
cuidar dele. Eu acho que esse perfil é que vai garantir,
o que chamamos, uma contratransferência positiva. Diógenes Batista da
Silva e Mateus Rozalem Aranha
|