Psyquiatry online Brazil
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Volume 22 - Novembro de 2017
Editor: Giovanni Torello

 

Fevereiro de 2014 - Vol.19 - Nº 2

France - Brasil- Psy

Coordenação: Docteur Eliezer DE HOLLANDA CORDEIRO

Quem somos (qui sommes-nous?)                                  

France-Brasil-PSY é o novo espaço virtual de “psychiatry on  line”oferto aos  profissionais do setor da saúde mental de expressão  lusófona e portuguesa.Assim, os leitores poderão doravante nela encontrar traduções e artigos em francês e em português abrangendo a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise. Sem esquecer as rubricas habituais : reuniões e colóquios, livros recentes, lista de revistas e de associações, seleção de sites.

Qui sommes- nous ?

France-Brasil-PSY est le nouvel espace virtuel de “psychiatry on line”offert aux professionnels du secteur de la santé mentale d’expression lusophone et française. Ainsi, les lecteurs pourront désormais y trouver des traductions et des articles en français et en portugais  concernant la psychiatrie, la psychologie et la psychanalyse. Sans oublier les rubriques habituelles : réunions et colloques, livres récentes, liste de revues et d’associations, sélection  de sites

SOMMAIRE (SUMÁRIO):

 

  • 1. A VIOLÊNCIA EXISTE NO PSIQUISMO DE CADA UM
  • 2. O COMPLEXO DE MOISÉS
  • 3. LIVROS RECENTES
  • 4. REVISTAS
  • 5. ASSOCIAÇÕES


  • 1)A VIOLÊNCIA EXISTE NO PSIQUISMO DE CADA UM

    Referências: Serge HELFED e Xavier RAFER

    Tradução e resumo: Eliezer de Hollanda Cordeiro

     

    A violência faz parte da economia psíquica de cada um. Ela pode se exprimir de várias maneiras. Há também uma estética da violência: é bonito se ver um carro em chamas. Somos atraidos  por filmes violentos, donde o sucesso das séries policiais. Muitas vezes, trata-se de  crianças muito jovens, sem adultos para  guiá-las. O trabalho psicoterapêutico com crianças em dificuldade e suas famílias mostra  a existência, desde o início, de violências domésticas. Assim, é necessário implementar um acompanhamento parental para crianças violentas. As atuais medidas recomendadas pelo Estado, correm o risco de  infantilizar os pais. Por exemplo: a interdição decretada  proibindo que,  menores não acompanhados pelos pais, saiam nas ruas após as 11 horas da noite.

    Segundo Serge Helfed,  a família, o  desemprego, entre outros fatores,  podem  explicar o fenômeno da violência. Nestas condições,o trabalho implica uma ação bem preparada e que não é da alçada da polícia. As crianças que não encontram uma  estrutura familiar segura,  vão buscá-la em gangues organizadas,em sistemas de  redes  ou de adesão. Um enorme trabalho será necessário para se  encontrar alternativas para essas crianças.

    Assistimos a uma escalada de violências de quatro ou cinco anos para cá, quando novas armas  começaram a ser empregadas durante as maifestações estudantis. Em seguida, gangues organizadas surgiram em todos os departamentos. Acredita-se que essas gangues se tornarão cada vez mais criminosas,  na medida em que essas  crianças irão  crescendo. Pode-se falar de uma espiral da delinquência.Juízes para crianças devem dispor de lugares mais  apropriados e de mais recursos para realizar suas tarefas. Porque os juizes  enfrentam  adolescentes que zombam deles e que não percebem a gravidade dos fatos que cometeram.

    O psiquiatra Michel Stora, considera que algumas crianças vão correr riscos deliberadamente, condutas que  muitas vezes não têm nenhum sentido. Na realidade, elas precisam  de alguém que intervenha de maneira firme e lhes diga de parar com isso. Um  verdadeiro trabalho político deve ser feito.

    Xavier Rafer, por sua vez, evoca a  existência da premeditação como capaz de levar a  uma escalada de atos violentos.Contudo, ele considera que  não há nenhuma predestinação social e ou racial nessas violências.

    Em conclusão, é  necessário que os pais façam coisas com seus filhos, dialoguem com eles,  porque  não existem realmente alternativas satisfatórias a este contacto,. Mesmo essas casas construidas em quarteirões,  embora úteis, não substituem as famílias.  É preciso evitar que as crianças sejam muitas vezes deixadas sozinhas.

     

    2) O COMPLEXO DE MOISÉS

    Referências:Le complexe de Moyse (O complexo de Moisés): palavras de adotados que se tornaram adultos, autoras  Diane Drory e Colette Frère, Pref­acio : Myriam Szejer, Coleção Comprendre, Editor De Boeck

    Tradução e resumo: Dr.Eliezer de Hollanda Cordeiro

     

    Moisés recebeu uma bela herança  ao ser adotado.E portanto, ele se revoltou contra o povo que o adotou. Se  é verdade que todo ser humano pode ser  construido pelo  complexo de Édipo, o adotado tem de integrar nesta construção o  Complexo de Moisés,  que caracterisa a sua filiação. O adotado precisa encontrar,  mais ou menos conscientemente, o equilíbrio entre suas duas histórias. Podemos  fazer o máximo possível,a amnésia infantil não apaga nada: uma criança adotada  será sempre tirada das águas, virá da sua mãe biológica e  restará marcada pelas palavras que lhes foram ditas naquele momento.

    O que ela pode fazer para transformar essa  herança  numa força viva? Como dar à criança, liberdade suficiente  para que ela possa assumir sua dupla filiação? Como edificar  o processo de indentificação  da criança  adotada? Como ajudá-la a assumir sua  dupla lealdade,  a integrar sua história e a ferida do abandono ? Como acompanhá-la no decurso de suas interrogações sobre suas origens ?
    Doze pessoas adotadas, todas adultas, contaram   a história de seus percursos, marcados por  muitos paradoxos que precisavam ser desvendados e interpretados. 

    Colette Frère e Diane Drory escutaram  essas pessoas  e assim  puderam responder às questões acima colocadas.

    Leio em Passiondulivre.com sobre a propósito de  Diane Drory: “Psicóloga e psicanalista, ela é bem conhecida por seus artigos sobre "coisas da vida", publicados na Bélgica desde 1989. Ex-presidente da Federação belga dos psicólogos, dá muitas palestras  de formação no setor da pequena infância.”
    E sobre Colette Frère :’’
    advogada, jornalista, autora de artigos relacionados com a família e os direitos da criança. Ela também publicou "Semvocê”.

     

    PASSAGENS DA INTRODUÇÃO DO LIVRO

    1. A ADOÇÃO, UM SOFRIMENTO?

     

    Crianças abandonadas por  seus genitores  têm muita chance quando  encontram  uma família adotiva, diz o rumor público. No entanto, a realidade é mais complexa.

    O que podemos aprender com a experiência dos filhos adotivos é que, no mais profundo infortúnio, o ser humano pode construir a sua felicidade. De fato, perder  seus pais de  nascença representa uma profunda infelicidade. Esta infelicidade, esta supressão  de sua origem, a adoção não pode evitar. Não pode haver  existência  sem vínculo.

    Todos nós temos de nos situar  com relação a um passado, a uma história, a um desejo fundamental que diz respeito à nossa reprodução... ou à sua  ausência. Todos nós precisamos reivindicar uma filiação  em suas dimensões biológica, social e afetiva. Assim se funda o direito a uma possibilidade e a uma intimidade para existir,  e a construção de uma identidade. A árvore que não tem raízes não dará frutos.

    Compreendam-me bem: quando falamos da verdade sobre a origem, não é tanto o estado civil que conta, mas receber suficientemente matéria e esclarecimento afim de forjar o imaginário  de uma forma construtiva e não-dramática.

    2. A ADOÇÃO, UM TRAUMATISMO ?

     

    Precisamos distinguir  trauma e traumatismo. Quando uma criança é separada de sua mãe natural, ela sofre um trauma  que perturba o seu mundo e pode torná-la até  confusa. Ela fica  indefesa, ela sofre: ela vive um trauma. Se este trauma  ocorre antes da idade de 18 meses, antes de sua capacidade a integrar a imagem  a  palavra, ela sofre um rasgão sensorial que permeia a memória do seu corpo. A criança será capaz de retomar o seu desenvolvimento se ela tiver  rapidamente  tutores "afetivos", os elementos importantes  para favorecer a famosa resiliência. Quando ela tiver  acesso à palavra, virão se adicionar então  tutores “verbais” e “culturais”.

    O traumatismo é, em nosso vocabulário, a representação em imagens e palavras do trauma,do acontecimento  que submerge  e desequilibra o sujeito. Seu mundo íntimo não pode se  reconstituir  com a aquisição, ao longo do tempo, de uma representação do trauma que seja clara e menos sobrecarregada  pela dor e  a angústia.

    Mas esta sequência nem sempre ocorre. Em seu livro “Clínica da origem”, François Ansermet descreveu os tempos existentes no traumatismo. O primeiro é o pavor do encontro da realidade quando ocorre  um choque inassimilável mentalmente. Para os  adotados, pensemos no  choque da separação radical e definitiva da mãe de nascimento bem como  dos pontos de referência e da atmosfera de vida originária.No segundo tempo dessa sequência, afim de sair do desespero do atordoamento, é preciso  construir uma fantasia que explique o traumático real. Esta figuração de trauma no mundo interior da pessoa traumatizada será uma síntese entre a narrativa íntima, a história veiculada pelo entourage próximo  e os  fragmentos de história que circulam no contexto cultural.

     

    3) LIVROS RECENTES

    * Éloge de l’autorité

    DAMIEN Robert 

    Paris, Armand Colin, 2013, – Br.-29,90 € 

    * Paul Ricoeur, l’imagination vive.

    Une genèse de la philosophie ricoeurienne de l’imagination

    AMALRIC Jean-Luc

    Paris, Hermann, 2013,-Br. - 36 €

    * Le penser : du Moi-peau au Moi-pensant

    ANZIEU Didier

    Paris, Dunod, 2013,-14 € 

    *Voulons-nos des enfants barbares ?

    Prévenir et traiter la violence extrême

    BERGER Maurice

    Paris, Dunod, 2013,-19,50 € 

    *L’autoanalyse

    BONNET Gérard

    Paris, PUF, 2013,-9 € 

    *Quand lire c’est faire : écrire, traduire, transmettre

    DELION Pierre

    Paris, Hermann, 2013, -35  € 

    *Abus de faiblesse et autres manipulations

    HERIGOYEN Marie-France

    Paris, Le Livre de poche, 2013, - 6,90  € 

    *Le refoulement : pourquoi et comment ?

    LANDMAN Patrick, POMMIER Gérard

    Toulouse, Erès, 2013,-29  € 

    *Faut-il avoir peur de la bientraitance ?

    Retour sur une notion ambigüe

    SRANDRA Philippe

    Paris, ESTEM, 2013,- 16  € 

    *L’oubli e ses vertus

    KIPMAN Simon-Daniel

    Paris, Albi-Michel, 2013-18  € 

    *Vie et mort en psychanalyse

    LAPLANCHE Jean

    Paris, PUF, - 13  € 

    *Les troubles du développement cognitif :

    approche thérapeutique chez l’enfant et l’adolescent

    BERGER Maurice

    Paris, Dunod, 2013,- 23  € 

    *Histoire de la psychiatrie

    HOCHMANN Jacques

    Paris, PUF, 2013, -9  € 

    *La folie maniaque-dépressive

     KRAEPELIN Émile

    Nouvelle édition,- Grenoble, 2013, - 16  € 

    *Agathe ou ja jumelle occultée : la cure d’une petite fille autiste

    VASSE Denis

    Bayard, 2013,- 26  € 

    4) REVISTAS

    L’Evolution pychiatrique

    L’Information psychiatrique

    Impacte Medecine

    La Revue Française De Psychiatrie Et De Psychologie Médicale

    L’Encephale

    Psychiatrie Française

    L’Autre, Culture et Sociétés

     

    5)ASSOCIAÇÕES

    *Mission Nationale d’Appui En Sante Mentale

    *Association Française De Psychiatrie Et Psychologie Legales (Afpp)

    *Association Française De Therapie Comportementale Et Cognitive (Aftcc)

    *Association Francophone De Formation Et De Recherche En Therapie Comportementale Et Cognitive  (Afforthecc)

    *Association De Langue Française Pour L’etude Du Stress Et Du Traumatisme (Alfest)

    *Association Pour La Fondation Henri Ey

    * Association Française de Thérapie du Traumatisme des Violences Sexuelles et familiales et de Prévention (AFTVS) Site internete: www.psylegale.com

    *Association Aquitaine pour L'information Médicale et l'Epidémiologie en Aquitaine AAPIMEP

    *Association Française des Psychychiatres. d'Exercice Privé AFPEP

    *Association  pour la Promotion de l'Assur. Qualité en Santé Mentale ANCREPSY

    *Association  Scientifique des Psychiatres de Secteur ASPS *Association Francophone de Formation et de Recherche en Therapie Comportementale et Cognitive (A.F.FOR.THE.C.C.)

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