Novembro de 2013 - Vol.18 - Nº 11 Editor: Walmor J. Piccinini - Fundador: Giovanni Torello |
Novembro de 2013 - Vol.18 - Nº 11 France - Brasil- Psy Coordenação: Docteur Eliezer DE HOLLANDA CORDEIRO Quem somos (qui
sommes-nous?)
France-Brasil-PSY é o novo espaço virtual de “psychiatry on
line”oferto aos profissionais do setor da saúde mental de expressão
lusófona e portuguesa.Assim, os leitores poderão doravante nela encontrar
traduções e artigos em francês e em português abrangendo a psiquiatria, a
psicologia e a psicanálise. Sem esquecer as rubricas habituais : reuniões
e colóquios, livros recentes, lista de revistas e de associações, seleção de
sites. Qui sommes- nous ? France-Brasil-PSY est le nouvel espace virtuel de “psychiatry on
line”offert aux professionnels du secteur de la santé mentale d’expression
lusophone et française. Ainsi, les lecteurs pourront désormais y trouver des
traductions et des articles en français et en portugais concernant la
psychiatrie, la psychologie et la psychanalyse. Sans oublier les rubriques
habituelles : réunions et colloques, livres récentes, liste de revues et
d’associations, sélection de sites
1) BIOGRAFIAS
TERAPÊUTICAS PARA RECONSTRUIR SUAS VIDAS LE MONDE |
08.01.2013 à 10h48• Mis à jour le 08.01.2013 à 12h04 Benjamin Leclercq [Monde Académie] - Chartres, Envoyé spécial Traduzido por Eliezer de Hollanda Cordeiro
O Senhor Gilles, embora sob perfusão, caminha no largo corredor, entra no
que lhe parece
ser um quarto de hospital, senta-se, reajusta seus suspensórios e fixa um olhar impaciente em direção de uma
interlocutora. No cabide, uma blusa branca, e em frente dele, uma biógrafa. Nada de blusa nem de exames médicos, apenas uma caneta e un grande caderno
azul. Nada de doença também, não se trata disto.O
Senhor Gilles, 68 anos, ‘’ três vezes avô’’,
veio por causa do seu ‘’livrinho’’,como ele o chama. O mesmo ritual ocorre a
cada duas semanas. Quando a quimioterapia começa, ele corre
depressa para conversar com Valéria, afim de acrescentar algumas páginas
suplementares à história de sua vida e tornar o livrinho um pouco maior. Desde 2007, o serviço de
cancerologia do centro hospitalar Louis-Pasteur de
Chartres, propõe aos pacientes em situação não curativa de escrever a história
de suas vidas, narrada somente pela voz do doente, e escrita por duas mãos, as
de Valéria Milewski,biógrafa.Uma maneira de agir que se encontra no provérbio,
escrito às pressas no quadro-negro de seu bureau:”Quando tu não sabes onde vais, olha de onde vens.” O fio condutor
de um complemento à medicina alopática: “Construir
um tutor com essas pessoas desestruturadas,sobre o qual eles podem se apoiar,
no momento em que as circunstâncias de suas vidas fazem surgir uma intensa necessidade de
espiritualidade, de transmissão,de fazer um exame de suas vidas”, testemunha a biógrafa. “O LIVRO DE VÔVÔ” Antes de se tornar biógrafa, Valeria Milewski, 45
anos, cabelos pretos e compridos, feição altaneira, escrevia dramas para
teatro.Cansada, matriculou-se como escritora pública em 2005 para continuar a
idéia que não lhe sai da cabeça. Dois anos mais tarde, ela apresentou o seu projeto ao Louis Pasteur.
O pacto é selado: "não temos dinheiro mas o faremos!" Quarenta livros
mais tarde, o pacto continua firme. Às 11horas e 45 minutos, a biógrafa propõe o término da reunião. O Sr. Gilles faz de conta que não
entende e continua, falador, a discussão. Na ordem do
dia, desordenadamente, sua carteira de motorista para vehículos pesados, porque
"seus netinhos devem saber que a
carteira de motorista do avô tem ainda seus 12 pontos"; que ele
continua fazendo trabalhos na casa móvel onde mora e que não quer deixar; mas ele evita abordar os incômodos causados pelo tratamento que
toma desde que tem de trabalhar; que ele continua a vestir seu macacão azul de mecânico
– carroceiro e trabalhando somente
"à 20%". Sem diminuir
a benevolência da biógrafa, ele prolonga a reunião, como se quizesse que
o prazer durasse e o retorno à sala de tratamento atrasasse. Ele "começoiu a trabalhar há dois anos e meio.
Ele começou lentamente, depois aumentou. Eu encontro detalhes esquecidos",
explicou. Detalhes para seus descendentes, seus filhos e seus netos. "Eles
não sabem nada sobre mim, eu nem sempre
estive presente, eu trabalhei muito. Eu explico como eu conduzi minha vida, como fiz para me sair disto.
" Uma espécie de "coleção de boas idéias... e também de idéias ruins! Isto servirá para "o livro de vôvô", disse sorrindo. Para ele, era urgente transmitir sua mensagem a cada paciente. O diário e suas lições para o Sr. Gilles, uma vontade de
prevenção para Clarisse-Andrée Essah-Mbarza, 49 anos. Longe da casa dela, que
fica na França, onde ela foi visitar um parente. Foi aí que ela soube da gravidade de sua doença. Uma
hospitalização de emergência e eis que foi obrigada a ficar hospital. Então seu livro tornou-se a história de uma revolta contra a injustiça
de viver "num país, a República
Centro-Africana, onde se nega a doença", onde não se percebe a sua
próparia doença; "Quero sair deste silêncio que mata, para que sirva de
lição aos outros", explica calmamente. É uma oportunidade para mobilizar a
sua energia e seu tempo, diante do desraizamento e da solidão, para ‘’viver a
doença de forma diferente e se sentir aliviada": Clarisse-Andrée escreve
seus textos em sua casa e os retoma em seguida com a biógrafa. "ISTO NÃO É UM TESTAMENTO" No hospital, a história sofre a influência do tempo. Snr. Gilles e
Clarisse-André preencheram vários cadernos, mas a maioria dos pacientes só
escrevem algumas páginas. Os narradores não pronunciam a palavra "morte", não evocam sua
próprias mortes. Se a questão do sofrimento ou o resultado da batalha surge discretamente, nas entrelinhas, a idéia não é a de concluir sua vida. "Isto não é
um testamento. Com Valéria, fazemos apenas um
livro", resume Gilles. "A
doença ocupa a maior parte do tempo,
apenas algumas linhas das histórias",
salienta Valeria Milewski. Isto não é uma última
confissão, também não é uma psicanálise. "Não é
aqui que as pessoas escavam seus sofrimentos psicológicos," diz ela. "Podemos falar de uma pessoa
no final de sua vida e não apenas de um corpo no final da vida." As histórias permanecem
confidenciais, eles não as lêm. "Elas pertencem
a eles’’, observa Chantal Thaluet, enfermeira chefe. Não conhecer a história deles, é permanecer objetivo em nossa escuta.” São 17 horas. Com o passo cansado, Clarisse-André vai
para casa, trajando o seu amplo vestido africano. Logo mais, Snr. Gilles vai reajustar seus suspensórios e voltar para a sua casa. No trajeto, eles vão talvez
pensar no que ainda têm a dizer, em seu pequeno livro. Para a profissão médica, que luta para perpetuar esta
experiência, a biografia "terapêutica"
tem suas virtudes. "Isto muda o olhar da
medicina, recoloca-a no seu lugar," descreve o doutor Solub. ”UM LIVRO QUE ME AJUDOU A FAZER O LUTO” Momento importante para os parentes, a apresentação
do livro vai ocorrer cerca de oito meses
após a saída do paciente. "Após o luto para não exacerbar a dor,"
explica Valeria Milewski. Christiane C., 68 anos, recebeu em fevereiro de
2012 o livro de seu marido, morto em setembro de 2010. "Eu estava ansiosa
para lê-lo, mas esperei um pouco. Eu temia
ficar emocionada demais”, disse. “No início de abril, levei-o comigo para ler
no País basco, onde temos um apartamento e íamos juntos." A leitura foi inicialmente difícil. "Eu timaginava
que ele ia falar sobre nossa vida familiar." Ora, "ele não falava
muito de nós. Ele fala no livro de sua juventude dolorosa, um tabu que ele não
costumava abordar, no livro ele positiva
muitas coisas, especialmente sua relação
com o pai. Isto deixou-o mais aberto e lhe fez muito
bem, é evidente." Hoje, ela considera que isto lhe "ajudou
a fazer o trabalho de luto".
Com ou sem o livro? "Com",
respondeu com um sorriso comovido. "Isto colocou em evidência que
estávamos em diferentes registros. Eu esperava outra coisa mas gostei de lê-lo e que me sinto feliz de transmiti-lo aos meus filhos." O livro,vai assim continuar a sua vida nas mãos de seus dois
filhos. "O primeiro lêu-o e
disse-me que o ajudou a entender certas atitudes de um pai que não mimava os filhos, que não brincava com
eles, por causa de sua história." Estou feliz porque ele poude fazer este
constato. E espero que este livro se torne um apoio para um diálogo com os meus filhos, para retomar
certas coisas com eles." ** Le masochisme ANDRÉ Serge Gironde, Lormont, Le Bor de l’eau, collection ‘’La
Muette’’ 2013 - 7 € **Le sadisme ANDRÉ Serge Gironde : Lormont, Le Bor de l’eau, coll. ‘’La
Muette’’, 2013 - 7 € **Les enveloppes psychiques J.DORON, D. HOUZEL, E. MISSENARD Paris, Dunod, 2013- 24 € **Penser la psychanalyse : avec Bion, Lacan,
Winnicott, Laplanche, Aulagnier, Anzieu, Rosolato GREEN, André Paris, les éditions d’Ithaqu, 2013- Br. 20 € **L’école de Palo
Alto PICARD Dominique, MARC Edmond Paris, PUF, 2013- 9€ **Joyce McDOUGALL Société Psychanalytique de Paris Colloque 2012 Sous la direction de Bernard CHERVET et Paul DENIS Paris, Société
Psychanalytique de Paris, 2013- 15€ **Les théâtres de Joyce McDOUGALL : l’héritage d’une
psychanalyste engagée Sous la direction de Sander KIRSCH, Jacques VAN
WYNSBERGHE Toulouse, EPEL, 2012 -
23€ **Évolution psychiatrique (L’). 78-1 Réhabilitation Issy-les-Moulineaux, Elsevier, 2013- 28 € **Tristesse business : le scandale du DSM5 LANDMAN, Patrick Paris : Max
Milo, 2013- 12€ **L’anthropologue et le monde global AUGE Marc Paris :Armand Colin, , 2013- 21,90 € **La bioéthique, pour quoi faire ? Par les membres du Conseil consultatif national
d’éthique ; coordonné par Ali
Bemmaklouf Paris : PUF, 2013 -
13 € **Le fétichisme ANDRÉ Serge Paris : Dunod, 2013 - 7 € **Autour de l’œuvre de Jean-Paul VALABREGA :
permanence et métamorphose Sous la direction de Jean-Jacques BARREAU Paris, In press, 2013 -
22 € **Marx, Lacan: l’acte révolutionnaire et l’acte
analytique Sous la direction de S.LIPPI, P. LANDMAN Toulouse : Erès, 2013- 29,50
€ **L’avenir de la haine LE BRUN Jean-Pierre Paris : Fabert, 2013- 3,95 € **Mon corps et ses images NASIO Juan-David Paris : Payot, 2013-
9,15 € **Du temps pour soi : conquérir son temps intime SCHIMITT Laurent Paris : Odile Jacob, 2013- 8,90 € **Mal de femme : la perversion au féminin ABELHAUSER Alain Paris: Seuil, 2013-
24 € **Le générationnel : approche en thérapie familiale
Psychanalytique A.EIGUER, A.CARIL, F. ANDRÉ-FUSTIER Paris : Dunod, 2013-
22 € **Psychopathologie et handicap de l’enfant et de
l’adolescent : approches cliniques J-Y. BARREYRE, C. BURSZTEIN, A. CICCONE Toulouse : Erès, ,2013- 26,00
€ 3) REUNIÕES E COLÓQUIOS *OUTUBRO 2013 Em Brest(Finistère), dias 11 e 12: o Agrupamento dos
hospitaos de dia psiquiátricos
Bélgica-França-Suissa organisa o XXXXI
colóquio sobre o tema 4) REVISTAS La Revue Française De Psychiatrie Et
De Psychologie Médicale *Mission Nationale d’Appui En Sante Mentale *Association Française De Psychiatrie
Et Psychologie Legales (Afpp) *Association Française De Therapie Comportementale Et Cognitive (Aftcc) *Association De Langue Française Pour
L’etude Du Stress Et Du Traumatisme (Alfest) *Association Pour La Fondation Henri Ey * Association Française de Thérapie du Traumatisme des
Violences Sexuelles et familiales et de Prévention (AFTVS) Site internete: www.psylegale.com *Association Aquitaine pour L'information Médicale et
l'Epidémiologie en Aquitaine AAPIMEP *Association Française des Psychychiatres. d'Exercice
Privé AFPEP *Association pour la Promotion de l'Assur. Qualité en
Santé Mentale ANCREPSY *Association
Scientifique des Psychiatres de Secteur ASPS *Association
Francophone de Formation et de Recherche en Therapie Comportementale et
Cognitive (A.F.FOR.THE.C.C.)
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