Volume 16 - 2011 Editor: Giovanni Torello |
Maio de 2011 - Vol.16 - Nº 5 Psicologia Clínica
VINCULAÇÃO AFETIVA NO PROCESSO TERAPÊUTICO: QUANDO O TERAPEUTA PASSA A SER UMA PESSOA
Braz Werneck Resumo O
objetivo deste trabalho é promover uma discussão sobre a ideia de que o envolvimento
afetivo do terapeuta seja necessário no processo de psicoterapia. A partir de
alusões à minha prática como psicoterapeuta, proponho que a atitude
fenomenológica possa oferecer uma atuação mais livre, apesar de empenhada em
não esconder as emoções, e por isso mesmo, mais livre para interagir com o
paciente de forma mais autêntica. Proponho tabém uma aproximação com o
construcionismo social, a partir das ideias de Tom Andersen e outros autores,
para uma argumentação no sentido de investigar a funcionalidade prática de uma
postura como esta. Por fim, para embasar uma atuação psicoterápica nos moldes
do envolvimento afetivo autêntico, uma visita às ideias de Irvin Yalom. Descritores: Vinculação afetiva;
psicoterapia; construcionismo social. Introdução A relação entre terapeuta e paciente é tema de
infindáveis discussões no meio acadêmico já há muitos anos. Situações em que o
terapeuta se mostra muito pouco e, com isso, frustra o paciente, inviabilizando
o processo não são raras. Em minha experiência como psicoterapeuta, tenho
encontrado algumas razões bastante fortes para compreender a atitude arredia de
alguns profissionais. Entretanto, continuo a pensar que, quando um terapeuta
não se apresenta como pessoa, dentro de seu consultório, o processo está
destinado a fracassar. Não que a exposição deva ser total, desmedida. Apenas
tenho razões para crer que aquele terapeuta que não se expõe em seu ambiente de
trabalho o faz por mais do que uma convicção técnica. A
partir de tal ideia, proponho algumas reflexões sobre o progresso terapêutico,
que me parece estar diretamente ligado a uma vinculação afetiva entre terapeuta
e paciente. Da mesma forma, a estagnação de uma psicoterapia seria provocada,
entre outras coisas, pela falta de vinculação afetiva entre os componentes do
processo. Proponho,
a partir de uma compreensão fenomenológica, que o afeto do terapeuta seja tão
importante quanto as questões trazidas pelo paciente. Em alguns casos, até mais
importante, posto que o que o paciente provoca no terapeuta pode ser o mais
contundente critério diagnóstico em psicoterapia (Bastos, 2000). Vinculação
afetiva e atitude fenomenológica É muito comum ouvirmos comentários sobre a posição
que o terapeuta precisa ocupar frente ao seu paciente. Posicionamentos radicais
carregam a ideia de que o terapeuta deve manter certa distância de seu paciente
para que consiga avaliar de forma eficiente o caso que atende. Concordo,
mas até certo ponto. Em várias situações, tenho percebido que o que acontece é
a busca de uma neutralidade que facilita a categorização e a classificação dos
pacientes segundo determinados modelos, mas torna a clínica inviável. Pelo
menos a clínica que defendemos, pautada na compreensão e no relacionamento
engajado com cada paciente, obviamente respeitando limites de ambos os lados. Manter o distanciamento de que aqui falamos parece eficaz em
determinadas relações que não circulam pela relação intersubjetiva. No caso das
psicoterapias, entretanto, pensamos que o profissional deva sempre questionar o
motivo pelo qual seja levado a adotar esse ou aquele posicionamento. Como
já exploramos em outros trabalhos, a atitude fenomenológica proporciona uma
liberdade de circulação muito maior por parte do terapeuta. A partir de sua
compreensão da situação que tem em mãos ele pode, sim, definir que a postura
mais adequada seja uma postura distante. O problema acontece quando os
terapeutas consultam seus livros e anotações, ou mesmo seus supervisores e
professores e decidem, antes de conhecer o paciente, que deverão se portar de
uma maneira ou de outra. Quando
defendo uma vinculação afetiva, ou uma atitude que permita a vinculação afetiva
por parte do terapeuta, devo destacar que a Fenomenologia se mostra como um
importante alicerce para tal concepção. A atitude fenomenológica permite a
liberdade, justamente porque coloca entre parêntesis as concepções pessoais e
anteriores ao contato. Com o contato, o terapeuta pode acessar as
características mais importantes, essenciais de cada encontro e de cada pessoa.
Este será o verdadeiro termômetro para, por exemplo, a construção do
diagnóstico. Psicoterapia
na Antiguidade e a importância dos conteúdos do terapeuta Um dado que passa despercebido com certa frequência
é de que o tratamento da loucura, por exemplo, é uma atividade que vem de
tempos muito remotos. Há relatos e registros, ainda que pouco passíveis de
análise e de estudos detalhados, de tal atividade no oriente antigo, na Grécia,
no Egito e em outros cantos mais reconhecidos no mundo por suas história e cultura.
De acordo com Bastos: A
interpretação ritualizada dos sonhos, delírios, fantasias e alucinações, de
acordo com a mitologia de cada cultura, proporcionava elementos terapêuticos de
compreensão psicológica e reintegração social. (...) Naturalmente, como muitos
desses rituais eram secretos, muito poucos detalhes nos chegaram a partir da
limitada literatura da época. Apesar de não termos hoje condições de avaliá-los
especificamente, nem de compará-los rigorosamente com os nossos próprios
métodos e técnicas, podemos imaginá-los, supondo-os semelhantes, em essência,
às técnicas psicoterápicas atuais no que possuem de universal, ou seja, no
vínculo terapêutico, na transferência, na catarse, na interpretação, na
elaboração e na reparação simbólicas. (2011; p. 03). As
palavras acima lançam a polêmica da antiguidade de técnicas psicoterapêuticas,
desvinculando-as da modernidade, mas também dão ideia de como a relação entre
as pessoas poderia ser vista como essencial nos tratamentos oferecidos pelos
“terapeutas da antiguidade”. A importância do fator cultural, por si mesma, já
sugere uma necessidade de adequação de qualquer técnica ao sujeito que está
sendo tratado. Reduzindo este dado a uma escala individual, pode-se chegar à
concepção de que o tratamento dever-se-ia ajustar ao indivíduo e não o
contrário. Vale
ressaltar que este comentário não é, nem de longe, uma conclusão nova no que
diz respeito à psicoterapia. Entretanto, observo o trabalho de alguns colegas
psicoterapeutas e me parece que as ideias relacionadas a uma vinculação afetiva
como estratégia terapêutica, ou a uma aproximação maior do terapeuta com os
seus próprios sentimentos em uma sessão, com determinado paciente, funcionam
apenas na teoria. A maioria dos profissionais não trabalha com as próprias
sensações, com o próprio corpo, com a própria subjetividade. Lembro-me de uma cena que aconteceu quando
assistia a uma conferência sobre o diagnóstico Pensando
no que poderia provocar uma atitude tão grosseiramente despreocupada com o
paciente e obviamente focada na manutenção de regras e teorias à revelia do
processo terapêutico de cada um, nada posso concluir além de características
pessoais interferindo na atuação profissional do psicoterapeuta. Afinal de
contas, qual é a novidade em se ter um profissional que seja guiado pela pessoa
que é em seus afazeres profissionais? Por acaso não é normal que escolhamos um
pedreiro que seja mais ágil no cotidiano, que sempre esteja em movimento e
tenha hábitos disciplinados quando quisermos fazer uma obra em nossa casa? Se a
pessoa que somos tem direta interferência no profissional que nos tornamos, e
isto é uma hipótese, podemos pensar no lugar que as premissas pessoais do
terapeuta ocupam em seu trabalho. Parece-me
que existem dois caminhos razoáveis. No primeiro, o terapeuta pode ser o tipo
de pessoa que se afilia religiosamente a determinada teoria ou abordagem dentro
da psicologia. Assim sendo, todos os passos que ele construir em seu caminho
estarão em consonância com esse primeiro, até que uma mudança suficientemente
radical ocorra em sua vida ou em sua forma de se relacionar com o mundo. No
segundo caminho, o terapeuta é o tipo de pessoa que traz consigo uma bagagem
muito mais compreensiva do que explicativa e, por isso mesmo, seja mais voltado
para a novidade que cada relação iniciada com cada um de seus pacientes possa
trazer para a sua própria vida. Desnecessário dizer que não me tornei, mas
sempre fui um terapeuta do segundo tipo. Portanto, penso que seja inútil, por
exemplo, tentar convencer um outro, do primeiro tipo, de que ele deva ser
convertido, trazido para a outra margem. Estaria eu renegando a minha própria
construção como pessoa. Construcionismo
Social: trabalho com o envolvimento afetivo do terapeuta Muito têm me chamado atenção as ideias do
Construcionismo Social, particularmente, quando se trata da formação das
chamadas equipes reflexivas no ambiente terapêutico. Tom Andersen descreve com
detalhes e com maestria o processo de formação do que hoje se entende como uma
atuação significativamente eficaz na terapia familiar. O
construcionismo floresce como uma visão de mundo na qual a realidade é
construída e não fornecida por qualquer circunstância. Os trabalhos que se
propagam sob a ótica do construcionismo possuem suas fundamentações
epistemológicas em autores como Vigotski, Gergen, Bakhtin, Wittgenstein,
Gadamer, entre outros. Cada um desses autores fornece uma contribuição para a
formação do discurso construcionista social. Todos apresentam em comum a
preocupação ou a forma de ver o mundo como um ambiente construído e construtor
pela e na linguagem. No
caso da psicoterapia, observamos a grande influência desses autores para a
compreensão do ambiente terapêutico como um lugar de construção intersubjetiva,
onde as figuras de terapeuta e paciente se encontram para erigir novas
possibilidades de conversação. É pouco comum que o terapeuta se veja inclinado
a evitar o seu próprio envolvimento, posto que as intervenções são feitas de
forma reflexiva, voltadas para o que afeta o terapeuta dentro da história
contada pelo paciente. O terapeuta se insere no ambiente terapêutico de uma
forma completamente diferente do que se observa normalmente. Oferece mais do
que sua presença para escutar, o que provoca também dúvidas e questionamentos
para ele mesmo. As sensações do terapeuta, suas emoções são tratadas como parte
integrante do processo. Os incômodos tornam o terapeuta mais humanamente
acessível ao paciente. Nas palavras de Tom Andersen: A
sensação de desconforto quase sempre aparecia quando o fluxo era sentido como
lento demais para mim e eu o forçava a ser mais rápido, enquanto os outros o
sentiam desconfortavelmente rápido e desejavam diminuí-lo e até mesmo pará-lo.
Nessas ocasiões eu podia sentir minhas tentativas para forçar a situação.
Aquela sensação de estar forçando alguém, que por sua vez, resistia à pressão,
era desconfortável. Questionei-me como deveria lidar com tal desconforto:
deveria ignorá-lo, dizendo, p. ex.: ‘isso faz parte da terapia’, ou deveria
levá-lo a sério perguntando: ‘desejo realmente esse tipo de relação com os
outros?’Preferi dizer não às duas propostas. (1991; p. 151). Considero
estas palavras muito importantes, pois se mostram como uma pertinente crítica à
onipotência e ao afastamento afetivo que tão comum se mostra na prática clínica
de nossos consultórios. Na
prática voltada para o embasamento epistemológico do construcionismo social,
observamos a verdadeira presença do terapeuta como uma pessoa. Considero esta
nova forma de compreensão da relação entre terapeuta e paciente uma
possibilidade de novos caminhos no que se refere à terapia. A presença do
terapeuta como um elemento a mais e não como o líder, o condutor, o responsável
pelo processo se retrata nas palavras de Guanaes: Em
uma conversa as pessoas criam conjuntamente um determinado setting prático-moral, no qual algumas regras e acordos são
construídos a partir de dentro da própria interação, criando possibilidades e
limites para o relacionamento entre elas. É de dentro de sua participação no
momento interativo que as pessoas constroem possibilidades e limites para a
relação que ali vivenciam, o que podem ou não fazer, dizer e sentir, os
próprios lugares de que falam, bem como a própria possibilidade de ressignificar as regras prático-morais por
elas mesmas construídas. Define-se, desse modo, uma relação dinâmica viva entre
os interlocutores, na qual diversos sentidos de mundo e de si podem ser
negociados. (2006, p. 37). Em
minha prática, existem momentos em que a importância dos afetos do terapeuta se
apresentou de formas realmente contundentes. Como no trecho abaixo: Posso facilmente corroborar estas palavras com a alusão à
minha prática como supervisor clínico. Em todas as minhas supervisões pude
experimentar o que me foi repetidamente passado em minhas experiências de
supervisionado pelo Dr. Cláudio Lyra Bastos: sempre temos como lidar com o que
o terapeuta traz sobre o seu paciente. Nunca podemos saber o que o paciente
leva ao terapeuta que nos pede supervisão. A partir da afetação que
identificamos no terapeuta, da observação do que o paciente lhe causou e até do
que o terapeuta causa em nós supervisores como repetição do que o paciente lhe
causara, podemos fazer uma supervisão eficiente e livre da necessidade de
manuais e de avaliações objetivas. Considero este ponto de suma importância,
pois com este exemplo podemos observar um proveitoso encontro entre o Método
Fenomenológico de Husserl, a Terapia Cognitiva e os Processos Reflexivos.
(Werneck Filho; 2010.). Obviamente,
o interesse da questão repousa sobre a possibilidade de que o terapeuta seja
incluído nessas negociações às quais a autora se refere. Uma grande descoberta pode ser a liberdade
que essa aparente mudança radical pode conferir ao terapeuta. Tenho uma grande
identificação com a ideia de que os terapeutas mais sisudos, mais rígidos e
tradicionalistas carregam consigo um medo grande de não poderem lidar com as
emoções que venham a experimentar na presença de algum paciente. Felizmente, já
contamos na literatura com relatos que caminham na direção oposta ao medo,
mesmo que para isso, seja necessária uma mudança de concepção e de articulação dos
pensamentos sobre o que seja um processo psicoterapêutico. Quebra de
paradigmas a partir da obra de Irvin Yalom Venho acompanhando, com grande interesse a obra
deste autor, por necessidade acadêmica e por interesse pessoal, também. A
condição de articular a técnica com a apresentação romanceada de casos clínicos
não é novidade, apesar de demandar habilidade. O
que considero essencial é o teor de coragem que a obra deste autor apresenta.
Não falo de uma coragem para lutar contra monstros interiores ou contra as
opiniões acadêmicas que possam contrariar as ideias. Quero sublinhar o fato de
que a obra trata de psicoterapia, sem que o leitor se veja forçado a entender
ou a estudar uma linha teórica qualquer. Não precisamos de linha teórica, de
afiliação teórica para empatizar com o sofrimento alheio. E devemos fazer isso.
Devemos deixar que os acontecimentos falem por si mesmos, pois só assim, penso
que os relatos dos pacientes deixarão de ser relatos, para que passem a ser
vivências nossas. E sendo eles vivências nossas, teremos alguma motivação
genuína para agir com eles. Agindo com eles, estaremos fazendo psicoterapia,
ajudando pacientes, quaisquer que sejam os problemas relatados. Quando não se
estabelece nenhum vínculo com o que o paciente se põe a relatar, não me parece
possível que o trabalho terapêutico gere algum fruto positivo. Por outro lado,
quando nos deixamos envolver por algum detalhe que nos pareça mais interessante
em qualquer história estaremos prontos para ajudar o paciente. As
ideias de Yalom não me parecem radicais. Na verdade, eu mesmo não concordo com
muitas coisas que são apresentadas em seus escritos. O importante, no entanto,
não é apenas o conteúdo, ainda que este o seja, mas também a intenção, a
atitude que se apreende com a leitura de seus trabalhos. Uma
das discussões que me parecem mais relevantes trata do que este autor chama de
padronização das psicoterapias. Em suas palavras: Já
que os pesquisadores têm uma necessidade legítima de comparar uma forma de
tratamento psicoterápico com algum outro tratamento (farmacológico ou outra
forma de psicoterapia), eles precisam fornecer no projeto uma terapia
“padronizada” – isto é, uma terapia uniforme para todos os indivíduos, que
possa, no futuro, ser reproduzida por outros pesquisadores e terapeutas. (...) E, no entanto, esse mesmo ato de
padronização torna a terapia menos real e menos eficaz. Acrescente a esse
problema o fato de que parte considerável da pesquisa em psicoterapia emprega
terapeutas inexperientes, ou terapeutas em fase de aprendizado, e não será
difícil entender por que esse tipo de pesquisa tem, na melhor das hipóteses,
uma conexão frágil com a realidade. (2006;
p. 45). Estas
palavras servem para introduzir a ideia de Yalom de que para cada paciente deve
ser criada uma terapia diferente. A partir do controverso debate entre a
validade necessária para que uma pesquisa seja aceita e a humanização cada vez
mais difícil de ser encontrada no meio acadêmico da Psicologia, podemos
concluir que a questão do envolvimento do terapeuta esteja imersa na questão da
padronização. Como pode haver um envolvimento autêntico se houver uma
padronização? Um
outro ponto importante na obra de Yalom é mais contundente no que diz respeito
ao tema do envolvimento do terapeuta. Claramente o autor se posicona de modo
favorável ao que vimos dizendo neste e em outros trabalhos, sobre a importância
do que o paciente provoca no terapeuta (Werneck Filho, 2009). A tarefa de
utilizar os próprios afetos, quaisquer que sejam, não é fácil. O profissional
deve estar muito bem preparado para que não confunda a utilização de seus
sentimentos para o bem da terapia do paciente com a sua própria imersão nesses
mesmos sentimentos. Segundo Yalom: Uma
das nossas maiores tarefas na terapia é prstar atenção aos nossos sentimentos
imediatos – eles representam dados preciosos. Se, numa sessão, você se sentir
entediado ou irritado, confuso, sexualmente excitado ou deixado de fora por seu
paciente, considere tais sentimentos como informações valiosas. É essa, precisamente,
a razão pela qual dou tanta ênfase à terapia pessoal para os terapeutas. Se
você desenvolver um profundo conhecimento de si mesmo, eliminar a maioria dos
seus pontos cegos e tiver uma boa base de experiência com pacientes, começará a
saber quanto do tédio, ou da confusão, é seu e quanto é evocado pelo paciente.
(2006; p. 73). A
concepção de que o terapeuta deve ser uma figura neutra há muito já é
criticada, mas ainda existem pessoas que trabalham desta forma. Pela
experiência que tenho, parece-me que o mais comum dos artífices de tal atitude
é mesmo o medo. Uma espécie de necessidade pessoal de não se expor à
possibilidade de um erro qualquer. A falta de terapia, assim como a terapia mal
conduzida, serve como um agravante na maioria dos casos. Penso
que a formação de um terapeuta se inicia muito antes de sua vida acadêmica. A
formação humana do profissional, como tenho dito em outros trabalhos, é
imprescindível para que se conheça o pedreiro, o bombeiro ou o terapeuta que se
pode ser. Em
minha experiência clínica, tenho experimentado momentos em que me é difícil
proceder de forma autêntica, e geralmente isso me diz muito do caso que estou
atendendo. Em outras situações, me faz atentar para o momento que esteja
vivendo. Tanto em uma situação, quanto em outra, poso garantir que o desfecho
depende sempre de que uso eu faço de meus sentimentos. Referências
Bibliográficas Andersen, T. Processos
Reflexivos. Rio de Janeiro. ITF – NOOS; 1991. Bastos, C. L. Manual
do Exame Psíquico: uma introdução prática à psicopatologia. Rio de Janeiro.
Revinter; 2011. Guanaes, C. A
Construção da Mudança em Terapia de Grupo: um enfoque construcionista social. São
Paulo. Vetor; 2006. Rasera, E. E. e Japur, M Grupo como construção social: aproximações entre construcionismo social
e terapia de grupo. São Paulo. Vetor; 2007. Yalom, I. Os
Desafios da Terapia. Rio de Janeiro. EDIOURO; 2002.
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