Volume 16 - 2011
Editor: Giovanni Torello
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Volume 16 - 2011 Editor: Giovanni Torello |
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Junho de 2011 - Vol.16 - Nº 6 France - Brasil- Psy Coordenação: Docteur Eliezer DE HOLLANDA CORDEIRO Quem somos (qui
sommes-nous?)
France-Brasil-PSY é o novo espaço virtual de “psychiatry on
line”oferto aos profissionais do setor da saúde mental de expressão
lusófona e portuguesa.Assim, os leitores poderão doravante nela encontrar
traduções e artigos em francês e em português abrangendo a psiquiatria, a
psicologia e a psicanálise. Sem esquecer as rubricas habituais : reuniões
e colóquios, livros recentes, lista de revistas e de associações, seleção de
sites. Qui sommes- nous ? France-Brasil-PSY est le nouvel espace virtuel de “psychiatry on
line”offert aux professionnels du secteur de la santé mentale d’expression
lusophone et française. Ainsi, les lecteurs pourront désormais y trouver des
traductions et des articles en français et en portugais concernant la
psychiatrie, la psychologie et la psychanalyse. Sans oublier les rubriques
habituelles : réunions et colloques, livres récentes, liste de revues et
d’associations, sélection de sites 1)DÉFENSE
DE Tradução
e resenha :Eliezer de Hollanda Cordeiro Uma
coisa é certa, a psiquiatria está sendo atacada na França. Pessoas até dizem que ela está doente por
causa da política do ‘’tout sécuritaire en psychiatrie’’ (da segurança total em psiquiatria) do governo
atual. Porém, dizer que a psiquiatria
está ‘’doente’’, é confundir o sintoma com a doença.Quanto a mim, considero que a psiquiatria não está doente
mas ameaçada pelo abandono do cuidado- no sentido médico mais profundo da palavra. Hoje em
dia, poderíamos dizer sériamente que os
pacientes sofrendo de distúrbios psíquicos graves correm o perigo de serem trancados
no hospital psiquiátrico e de se tornarem crônicos? É o contrário que acontece! O que ameaça os pacientes, é a falta de lugar capaz de acolhê-los,
onde profissionais devidamente
preparados possam acolher pessoas
que devem ser ‘’tratadas’’ de maneira séria, o que implica
disponibilidade, constância e temporalidade. Dum lugar que leve em conta
a especificidade de cada caso,
antecipe a futura alta dos pacientes,prevendo a continuidade dos cuidados ulteriores. Este
lugar indispensável já existe e deve ser defendido: é a Psychiatrie de Secteur, hoje ameaçada.Referimo-nos ao setor
de psiquiatria pública com todas as
suas estruturas insubstituiveis (Centre médico-pischologique, hôpital de jour, Centre d’accueil
thérapeutique à temps partiel, Centre d’accueil et de crise, etc.). Apesar dos terriveis
ataques sofridos pelo setor
psiquiátrico( 110. 000 leitos
suprimidos em 30 anos, supressão do diploma de enfermeiro do setor
psiquiátrico, extinção do internato de psiquiatria, fechamento de inúmeras estruturas,
baixa catastrófica do número de
psiquiatras, etc.), o futuro de todo o dispositivo de cuidado só pode ser feito
em torno do setor, que vai
decidir, inclusive, do lugar da psiquiatria liberal. Desarranjar o setor da psiquiatria pública é
desmantelar o próprio lugar do cuidado psiquiátrico. O SETOR
É O SUSTENTÁCULO DA PSIQUIATRIA COMO DISCIPLINA MÉDICA Quem
pode acreditar que a defesa da
especificidade da psiquiatria possa ser feita fora do campo médico?
Seria possivel imaginar uma ‘’psiquiatria’’ sem médicos? Há alguma tempo, durante o episódio da gripe A, o governo criou
Centres de vaccination anônimos, amostra do que poderia ser uma ‘’medicina’’
sem médicos, sem relação médico-paciente. Esta iniciativa suscitou uma
profunda desconfiança dos cidadãos, que não foram se vacinar.Ora, o que
se passaria se um paciente correndo perigo
por causa de seus sintomas psíquicos, não pudesse encontrar ‘’asilo’’ em
lugares de cuidados psiquiátricos apropriados,
abertos de dia e de noite?E durante o ano inteiro? Nenhum Centre d’expertise psychiatrique
de tal sintoma ( adicto, distúrbio alimentar,distúrbio
ansioso-depressivo, distúrbio obsessivo-compulsivo, hiperatividade, autismo,
etc.) pode substituir esse lugar fundamental em que o médico deve conservar seu direito de defender a significação
precisa do termo curar. Nenhuma ‘’boa
prática’’, nenhum protocolo ‘’prescrito’’ de maneira autoritária pelos poderes
públicos, nenhuma ‘’técnica’’ standard pode substituir o direito e o dever do
médico. Existe
uma incompatibilidade primordial entre a defesa da psiquiatria, que passa pela defesa do setor
de psiquiatria pública, e a nova lei intitulada: “Hôpital, patients, santé et territoires “ (HPST), cujo objetivo seria o de
edificar uma nova psiquiatria. (...)Defender a psiquiatria significa defender a
medicina, proteger a relação
médico-doente, a independência
profissional do médico. E preservar o setor
de psiquiatria pública, lugar do
cuidado psiquiátrico por excelência e dimensão significativa de nosso combate. 2)BASES
FILOSÓFICAS DA PSIQUIATRIA: A NECESSÁRIA CONSCIÊNCIA DA CIÊNCIA?( As bases
filosóficas da psiquiatria, a necessária consciência da ciência ?) *Colóquio
organizado pela Association Française de Psychiatrie( no dia 18 de Novembro de
2011) Sala de
conferências da AQNDC_ 92 bis, boulevard du
Montparnasse, Paris, Comité
científico organizador : Doutor Jean-Louis GRIGUER, Professor Bernard GIBELLO, Doutor Michel BOTBOL, Doutor François KAMMERER, Doutor Alain KSENSEE Tradução
e rezenha:Eliezer de Hollanda Cordeiro O
título do colóquio, “A necessária consciência da ciência”, se refere ao provérbio francês ‘’Science sans conscience n'est que ruine de l'âme
[http://www.linternaute.com/proverbe/401/science-sans-conscience-n-est-que-ruine-de-l-ame/]."(Ciência sem consciência
é a ruina da alma). Isto quer dizer que,
para ser benéfica, a ciência deve
ser guiada pela alma, porque sozinha, ela
não traz sabedoria,muito pelo contrário.Para ser humanamente fecunda e útil,
a ciência deve estar ligada a uma consciência moral. ARGUMENTO
‘’No
momento em que a psiquiatria é alvo de críticas contraditórias sobre as suas
práticas, a Asssociation
Française de Psychiatrie
propõe uma
pausa afim de refletir, de maneira
interdisciplinar, sobre as relações complexas entre filosofia e psiquiatria. Efetivamente,
a reflexão filosófica aparece antes de tudo como uma ajuda preciosa à
compreensão dos conceitos psiquiátricos . A
filosofia fornece ao mesmo tempo indispensáveis instrumentos de precaução para
melhor precisar os limites e evitar derivas da psiquiatria. O
questionamento filosófico pode também
ajudar a reflexão crítica dos modelos psiquiátricos enrijecidos, abrindo-lhes
ao mesmo tempo novas perspectivas para
as pesquisas fundamentais. Durante
esta jornada, filósofos e psiquiatras vão comparar o resultado de suas reflexões sobre um
tema que não pode deixar indiferente
os atores que procuram dar sentidoe
humanismo às suas práticas, sem renunciar às contribuições das ciências
biológicas e sociais. 3.COLÓQUIOS
E CONGRESSOS *Setembro
2011(dias 26 e 27) À Pau (Pyrénées Atlantique) Informations : FASM Croix-Marine 31, rue d’Amsterdam 75008 Paris.
Téléphone : 01 45 96 06 36
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