![]() ![]() Volume 13 - 2008 Editores: Giovanni Torello e Walmor J. Piccinini |
Dezembro de 2008 - Vol.13 - Nº 12 France - Brasil- Psy Coordenação: Docteur Eliezer DE HOLLANDA CORDEIRO Quem somos (qui
sommes-nous?)
France-Brasil-PSY é o novo espaço virtual de “psychiatry on
line”oferto aos profissionais do setor da saúde mental de expressão
lusófona e portuguesa.Assim, os leitores poderão doravante nela encontrar
traduções e artigos em francês e em português abrangendo a psiquiatria, a
psicologia e a psicanálise. Sem esquecer as rubricas habituais : reuniões
e colóquios, livros recentes, lista de revistas e de associações, seleção de
sites. Qui sommes- nous ? France-Brasil-PSY est le nouvel espace virtuel de “psychiatry on
line”offert aux professionnels du secteur de la santé mentale d’expression
lusophone et française. Ainsi, les lecteurs pourront désormais y trouver des
traductions et des articles en français et en portugais concernant la
psychiatrie, la psychologie et la psychanalyse. Sans oublier les rubriques
habituelles : réunions et colloques, livres récentes, liste de revues et
d’associations, sélection de sites
1.UM LOUCO JULGADO CULPADO Le Monde de 1/11/08 Tradução e resumo:Eliezer de Hollanda Cordeiro Zuber G. responde ao juiz de maneira lenta e incoerente, ficando prostrado o resto do tempo. O olhar distante e vazio, parece entretanto seguir os debates, ajudado por um coquetel de psicotrópicos que ele toma 4 vezes ao dia. Aos 34 anos, diagnosticado esquizofrênico aos 22, foi julgado e condenado a 10 anos de prisão pelo Tribunal do Var de Draguignan , que o julgou responsável pelo incêndio do quarto em que estava encarcerado, causando a morte de outro prisioneiro. Ele explica ao juiz que um dos residentes colocou ectasy na bebida que tomava. Então adoeceu, e ficou encandeado pelo Sol, com que costumava conversar. A diretora chamou a polícia e ele acordou num hospital psiquiátrico.
ITINERÁRIO PSIQUIÁTRICO
O Juiz lhe pergunta: "qual é o seu problema " ? "Não sei". Mas se lembra de maneira mais precisa da sua infância e do seu itinerário psiquiátrico. O hospital Chalucet de Toulon não quis acolhê-lo em maio de 2005, embora tivesse pedido para ser hospitalizado. Zuber afobou-se e quebrou uma vidraça. Foi condenado a 8 meses de prisão. Ao chegar à prisão de La Farlède de Toulon, ateou fogo no quarto em que se encontrava. Durante a audiência, deu tres explicações diferentes para o seu gesto : a mudança de quarto, o suicídio de um prisioneiro e os guardas que mangavam dele.
O incêndio ocorreu em agosto de 2005. Seu companheiro de cárcere, Othoman B., morreu quatro meses depois. No momento em que Othoman B. foi colocado numa maca para ser levado ao hospital, a diretora adjunta perguntou a Zuber, "se foi ele que provocou o incêndio". Ele balançou a cabeça e murmurou um pequeno "sim", explicou Louisa Yazid, que faz parte da administração penitenciária. Quatro vigias vieram ao tribunal e deram versões diferentes. Durante o inquérito, o acusado negou constantemente ser o autor dos fatos.O advogado de Zuber, Lionel Febraro, disse : "Se a administração penitenciária tivesse colocado colchões ignífugos, Othoman B. não teria morrido.Se o acusado estivesse num quarto individual, o drama não teria ocorrrido. Existem elementos suficientes para colocar em causa a administração penitenciária". OS PERITOS ENTRAM EM CENA: ALTERAÇÃO DO DISCERNIMETO? Começa o debate com os peritos.Para o professor Jean-Michel Azorin, "os distúrbios psiquiátricos do paciente alteraram-lhe o discernimento, sem aboli-lo completamente porque suas alucinações desapareceram.Porém uma sanção penal não pode ser aplicada ao réu.A idéia de que a condenação vai permitir que Zuber pague sua dívida a sociedade não tem nenhum sentido para ele".O professor Azorin considera que o delito que ele cometeu "resulta de sua esquizofrenia". Por sua vez, o doutor Daniel Glezer, outrora chefe do serviço médico-psiquiátrico regional (SMPR) de Marseille, fornece outra explicação. Além da esquizofrenia, Zuber apresenta distúrbios da personalidade, responsáveis da passagem ao ato violento.Então, ele deve ser punido ? "Ele compreende um pouco a necessidade da punição", declara o médico. Os dois peritos estão de acordo pelo menos sobre um ponto: o diagnóstico da miséria da psiquiatria, de sua pauperização, "responsável dos problemas que podem ser encontrados na prisão", explica o doutor Glezer. O professor Azorin ajunta que "os hospitais psiquiátricos tradicionais não são adequados para acolher tais pacientes. E as equipes ficam com medo". Ele avança um outro argumento: "Tudo isto custa muito caro. As pessoas são formadas à idéia de que os doentes devem ficar o mínimo de tempo possivel no hospital. A prisão não é também adaptada. O acompanhamento dos doentes mentais presos é um problema sério", reconhece o doutor Glezer. A audiência mostrou que Zuber havia deixado de tomar seus neurolépticos alguns dias antes do incêndio. Meses mais tarde, houve un outro incêndio num quarto vizinho ao dele, no SMPR des Baumettes. Um enfermeiro acordou-o para que ficasse com outro prisioneiro que tinha idéias suicidas. A história não acabou aí. Por haver protestado, Zuber findou espancado. O vigia responsável foi condenado a dois meses de prisão mas deixado em liberdade condicional. 2. PSIQUIATRIA : O PRESIDENTE QUER DAR MAIS SEGURANÇA LEMONDE.FR avec AFP | 02.12.08 | 13h58 • Mis à jour le 02.12.08 | 19h30 Tradução e resumo:Eliezer de Hollanda Cordeiro Após a morte de um rapaz, apunhalado nas ruas de Grenoble por um doente mental que havia fugido de um hospital psiquiátrico, Nicolas Sarkozy prometeu uma profunda reforma da hospitalização psiquiátrica francesa.Na terça- feira 2 de dezembro, durante uma visita a um hospital psiquiátrico de Antony, perto de Paris, ele traçou os limites desta reforma, assegurando querer encontrar "o bom equilíbrio entre a reinserção do paciente e a proteção da sociedade. Nem angelismo exclusivo, nem apenas segurança. Eu não quero mais doentes mentais ou comportamentais na prisão, não quero que os hospitais psiquiátricos se transformem em prisões,mas também não quero que haja pessoas perigosas nas ruas", disse aos enfermeiros do hospital Erasme. E o presidente acrescentou: "Será necessário fazer com que uma parte do hospital psiquiátrico evolua afim de levar em conta a trilogia – prisão, rua, hospital".
Quanto à permissão de saída que pode ser dada a um paciente hospitalizado, ela caberá únicamente aos prefeitos ou à justiça, após o parecer de um "colégio". Farão parte desta equipe: o médico encarregado do tratamento, o enfermeiro chefe do estabelecimento e um psiquiatra "que não poderá ser aquele que cuida do paciente. A permissão de saída não pode ser tomada de maneira irrefletida", insistiu o Presidente, suscitando sussuros de protestos no auditório. Assim, a decisão será tomada pelo Estado, ou, "em alguns casos, pela justiça e não pelo perito". 70 MILHÕES DE EUROS SUPLEMENTARES O chefe do Estado não voltou a falar de seu projeto de criação de um ficheiro para as pessoas hospitalizadas de maneira obrigatória (…) porém indicou que os dossiês administrativos destas pessoas serão "comunicados a todos os departamentos. E que o segredo médico será respeitado da maneira mais estrita". Sobre o aspecto financeiro, o presidente Sarkozy prometeu 70 milhões de euros, trinta sendo destinados a melhorar a segurança dos estabelecimentos (…) e o contrôle das entradas e saídas dos doentes, afim de evitar fugas. Alguns pacientes hospitalizados contra a própria vontade usarão uma pulseira eletrônica ou um outro dispositivo de geo-localização. As verbas prometidas servirão também para a construção de outros 200 quartos de isolamento e de 4 estabelecimentos para doentes difíceis.
3.QUANDO UM AUTISTA APRENDE A TOCAR PIANO Nouvel Observateur(Un
autiste apprend à s'exprimer par le piano --par Krista Larson) NEW
MILFORD, New Jersey (AP) – O ano passado, a mãe de Paul DeSavino não poude esconder
seu nervosismo ao ver o filho sentado na cadeira do piano e sem poder começar a
tocar. Isto ocorreu numa de suas primeiras representações públicas. De fato, passaram-se vários minutos antes que Paul,
diagnosticado autista pelos médicos há mais de 30 anos, começasse a tocar
perfeitamente a melodia. Paul, que completou seus
35 anos, vai dar um recital de 30 minutos na Ópera
do Estado de New Jersey, numa festa caritativa destinada a obter
donativos para pesquisas sobre o autismo. *La revue française de psychiatrie et de psychologie medicale *L’encephale
5. ASSOCIAÇÕES
*Mission Nationale d’Appui en Santé Mentale *Association française pour l’approche integrative et eclectique en psychotherapie (afiep) *Association française de psychiatrie et psychologie legales (afpp) *Association française de musicotherapie (afm) *Association française de therapie comportementale et cognitive (aftcc) *Association de langue française pour l’etude du stress et du trauma (alfest) *Association de formation et de recherche des cellules d’urgence medico-psychologique (aforcump) *Association nationale des hospitaliers pharmaciens et psychiatres (anhpp) *Association scientifique des psychiatres de secteur (asps) *Association pour la fondation Henri Ey *Association internationale d’ethno-psychanalyse (aiep) *Collectif de recherche analytique (cora) *Groupement d’études et de prevention du suicide (geps) *Groupe de recherches sur l’autisme et le polyhandicap (grap) *Groupe de recherches pour l’application des concepts psychanalytiques a la psychose (grapp) *Société française de gérontologie *Société française de thérapie familiale (sftf) *Société française de recherche sur le sommeil (sfrs) *Société française de relaxation psychotherapique (sfrp) *Fédération française d’adictologie *Société de psychologie medicale et de psychiatrie de liaison de langue française *Union nationale des amis et familles de malades mentaux (unafam) *Association Psychanalytique de France (apf) *Société Psychanalytique de Paris (spp)
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