Volume 12 - 2007
Editor: Giovanni Torello

 

Janeiro de 2007 - Vol.12 - Nº 1

História da Psiquiatria

Bruno Russomano de Mendonça Lima

Walmor J. Piccinini
Helena Schmid



                                                                        

                   (março de 1951- março de 1993)

Bruno Lima Award da Associação Psiquiátrica Americana desde 1995.

A edição da revista Veja, de quatro de dezembro, de 1974, na página 20, trazia uma foto de todos os formandos de Medicina da UFRGS daquele ano e uma coluna com um Aviso à Clientela, onde criticava o fato de a Associação Turma Médica (ATM) que terminava o curso naquele ano ter decidido não prestar homenagens aos professores. A Revista informava que entendia ser necessário “Prevenir os futuros clientes de que os novos médicos gaúchos, por confissão simples e espontânea - cujas razões foram explicadas pelo orador da turma –, não são os mais competentes. Quem, com eles, quiser se arriscar, jamais poderá alegar ignorância”. 

            O orador em pauta chamava-se Bruno Russomano de Mendonça Lima, ironicamente o único psiquiatra brasileiro que anualmente é homenageado com um Prêmio pela Associação Americana de Psiquiatria, porque esta Associação, em 1995, criou o “Bruno Lima Award”.

             Sem qualquer relação com o prêmio americano, por outro lado, o Centro de Estudos de  Psiquiatria Integrada da Famed-PUC/RS (www.cenespi.com.br) criou, em 1996, por outras razões, outra premiação, O Prêmio Bruno Russomano de Mendonça Lima.

             A história da ATM 74 segue. Em 15 de janeiro de 1975, a Editoria da Revista Veja após descobrir que tinha pisado em falso, publicou nova reportagem com o título “Despedida Amarga”, (página 35). Reconhecia que havia um movimento amplo de repúdio aos desacertos da reforma universitária, uma vez que vários outros grupos de formandos repetiram a atitude, mas em relação aos médicos da ATM74 continuaram implacáveis.

“Os 150 novos médicos, por exemplo, assumindo o risco de enfrentar futuras desconfianças profissionais, admitiram honestamente sua precária formação – tratando porém, de transferir toda a culpa  para a  universidade.”

Seria demais imaginar uma retratação de um órgão da imprensa, mas na comemoração dos 30 anos dessa turma médica, Veja foi muito lembrada e a mágoa pela incompreensão perdurava mesmo após tantos anos. Cabe salientar que nessa turma médica formaram-se eminentes professores universitários, alguns chefiam departamentos universitários nos Estados Unidos e na Organização Mundial de Saúde, são médicos reconhecidos pela capacidade profissional e liderança na categoria. Bruno Lima foi um dos diamantes dessa turma e, mesmo tendo falecido moço, com 42 anos, deixou profundas marcas por onde passou.

Sua primeira marca pública, foi ter sido o orador da ATM74. Só como lembrete, era um período de ditadura militar e repressão, a turma médica não homenageou professores como forma de protesto e ele, que era dos mais jovens, e de pequeno porte físico, aceitou a missão de enfrentar o público. Quem sabe, se nesse momento, tenha falado a herança paterna e materna. Seus pais, ambos falecidos, Alcides de Mendonça Lima e Rosah Russomano, forma insignes juristas de renome nacional e ambos catedráticos na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pelotas.

Registramos alguns trechos do discurso de formatura onde já se pode verificar seu compromisso social e a explicação sobre a decisão de não prestar as homenagens tradicionais:

            “Durante os seis anos de nosso curso, fomos à chamada turma da transição, que emergiu dos moldes arcaicos de nossa antiga universidade e que foi sendo jogada, sucessivamente nos departamentos recém constituídos, em função de uma reforma que muito falhou em sua implementação. Sucederam-se as decepções. Repetiram-se os desenganos. O nosso curso médico, a que havíamos aspirado, quando passamos o concurso vestibular e que envolvêramos em nossos sonhos adolescentes, sob muitos aspectos nos decepcionou. Não obstante, cremos que, à nossa turma, as condições adversas e empobrecedoras, não prejudicaram, porque soubemos compensa-las por esforço próprio e iniciativa pessoal.

- durante seis anos foi-nos pedida paciência, porque éramos a turma da transição. Agora nos cabe exigi-la, enquanto essa Universidade enfrenta a sua transição. “Nós conseguimos sobreviver nesse ambiente confuso, ela deverá enfrentar a realidade que não fez por merecer homenagens. Não apenas a restauração da saúde interessa ao médico. Também lhe diz respeito sua preservação. Os métodos curativos precisam ser complementados e, eventualmente, substituídos pelos cuidados preventivos, já que o emprego daqueles, em muitos casos, espelha a falência destes.

O verdadeiro progresso, em qualquer de suas dimensões, é paradoxalmente, uma soma de negatividades. Uma determinada faixa populacional abastada, bem nutrida, alfabetizada, com boas condições habitacionais e com elevados padrões de higiene, caracteriza positividades importantes, mas que não bastam para definir a verdadeira realidade sócio-econômica de um povo. São necessárias as negatividades: ausência de pobreza; ausência de subnutrição; ausência de analfabetismo; ausência de favelas; ausência de doenças. Aí então e só então, a saúde, em seu amplo conceito de completo bem estar físico, psíquico e social, deixará de ser um privilégio de poucos para se transformar num direito de todos.

-Por outro lado, existem, em nosso corpo docente, professores de primeira grandeza. Mestres na verdadeira e única acepção do termo. A estes, nosso curso foi, igualmente frustrante. A estes, que tem sua realização profissional tolhida, em complicadas e esterilizantes redes burocráticas, nosso protesto é amplamente positivo e gratificante, porque lhes auxiliará no combate que travam por melhores condições de ensino e pesquisa; porque lhes mostrará que os alunos querem aprender, com os professores que querem ensinar”.

 

            Os autores desse artigo conviveram com Bruno Lima em diferentes períodos de sua vida. A médica endocrinologista que aqui escreve foi sua colega de faculdade, uma das alunas da ATM74 e hoje Professora Titular de Endocrinologia da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas. Walmor, co-editor de Psiquiatria on-line, teve oportunidade de trabalhar com ele nos anos de 1978 até 80, na Equipe de Saúde Mental coordenada pelo psicanalista Carlos Gari Faria. Bruno retornando de sua residência em Psiquiatria nos Estados Unidos da América integrou-se a este trabalho de setorização e interiorização da Psiquiatria no Rio Grande do Sul. Discreto, afável, foi assimilado pelo grupo sem qualquer atrito ou dificuldade. Nessa época já desfrutava de merecido prestígio profissional.

Bruno havia sido residente da Johns Hopkins e, em Porto Alegre, passou também a colaborar com o Professor Ellis Busnello, no “Programa de Saúde Comunitária Murialdo”, da Vila S.José do Murialdo, e com o Professor Manuel Albuquerque que o levou para o Departamento de Psiquiatria da PUCRS. Sua vida em Porto Alegre estava tranqüila, consultório sem horas vagas, orientando alunos e se envolvendo em atividades preventivas. É dele a autoria do Manual de Cuidados Primários em Saúde Mental e que como homem de equipe dividiu a paternidade com seus colegas. Nas nossas conversas diárias, talvez por ser mais antigo na profissão, ele me confiava sua insatisfação com o que vinha fazendo por aqui. Para muitos parecia que estava tudo perfeito, mas para Bruno faltava o desafio, a paixão. Um belo dia falou ao colega psiquiatra autor deste artigo, sobre um convite para retornar a Baltimore. Largar uma posição estável por aqui e recomeçar numa posição intermediária nos EUA, deixava-o temeroso, mas foi em frente. Fomos encontrá-lo alguns anos depois, enquanto visitava familiares no Brasil e por ocasião do seu segundo casamento. Já ostentava o título de Professor Associado, Departamento de Psiquiatria, Escola de Medicina, e Departamento de Higiene Mental e Saúde Pública na “The Johns Hopkins University”. Sobre alguns aspectos da sua atividade em Baltimore, vamos utilizar um documento já publicado na Psiquiatria On-line por Erick Messias em 2001. (Dezembro de 2001 - Vol.6 - Nº 12)

Bruno Lima, psiquiatra brasileiro, prêmio americano.

Dr. Erick Messias

Há pessoas que jamais conheceremos pessoalmente, mas que mantêm uma presença constante na nossa vida. Em nossa carreira profissional, particularmente, nos deparamos muitas vezes com um mesmo nome, associado a uma determinada área e muitas vezes esse nome começa a se tornar lugar-comum no nosso dia-a-dia. No meu caso particular há duas pessoas cujas carreiras abriram veredas que depois caminhei, mas quando cheguei por lá eles já haviam morrido, deixando uma presença tão real que muitas vezes sinto que os conheci pessoalmente. O primeiro foi o professor de fisiologia Luís Capelo, em cujo laboratório de motilidade gastrintestinal, na Universidade Federal do Ceará, trabalhei quando estudante de medicina. O outro foi o psiquiatra gaúcho Bruno Lima.

Quando cheguei a Baltimore para começar a residência de psiquiatria, alguns brasileiros já haviam se aventurado nas searas psicopatológicas por aqui. Acredito que o primeiro tenha sido o Márcio Pinheiro, que tanto contribui para nossas discussões na lista de psiquiatria, seguido pelo Manoel Penna e sua esposa Ignês Penna, que foram meus pais adotivos aqui em Maryland. Mas logo no começo de minha estada por aqui, ouvi o nome de Bruno Lima.

A primeira coisa que me chamou atenção ao ouvir falar de Bruno foi à imensa admiração com o qual as pessoas mencionavam seu nome. Misturado a essa admiração havia uma considerável dose de carinho, e uma proporcional dose de tristeza e senso de tragédia por sua morte tão inesperada, colhendo-o ainda tão jovem (Bruno foi vítima de um câncer que o surpreendeu, e a muitos outros, no momento em que ele chegava ao auge de sua carreira).

No decorrer do tempo continuei ouvindo seu nome. No ano passado participei do jantar da sociedade de psiquiatria de Maryland quando uma psiquiatra de Baltimore recebeu o prêmio Bruno Lima para aqueles que se destacam em contribuições na área de saúde mental e desastres – um dos interesses de Bruno que trabalhou com vitimas de desastres naturais na América do Sul. Esse prêmio foi criado em 1994/5 pela associação psiquiátrica norte-americana (APA) como estímulo para psiquiatras interessados na área de desastre e como homenagem a Bruno, pelo seu trabalho nessa área, como professor de psiquiatria na Johns Hopkins e junto a Organização Mundial de Saúde (OMS). Esse ano durante o congresso da Associação Americana de Saúde Pública (APHA) foi realizada um simpósio Bruno Lima acerca de problemas de saúde mental em membros de minorias. Semana passada fui conversar com a diretora do setor de psiquiatria comunitária da Johns Hopkins e na sala de espera me deparei com a figura risonha de Bruno, nas fotos da equipe de saúde comunitária, tiradas pelo fim dos anos 80, que amarelam pelos corredores do serviço – durante minha conversa com a diretora do serviço ela mencionou Bruno como seu mentor, e como figura principal na criação do serviço.

Numa nota mais pessoal, tenho que mencionar que uma das pessoas que conheci por aqui, e que me deu apoio e por quem nutro um grande carinho e admiração foi Ana Lima, esposa de Bruno, que conheci entre o grupo de residentes latinos.

Bruno Lima e Luís Capelo são duas dessas figuras que sinto não ter tido a oportunidade de conhecer, mas cuja presença, carisma e personalidade, sobreviveram e continuam influenciando estudantes e profissionais. Não sei detalhes da vida dessas pessoas como datas, trabalhos específicos, e títulos; sei da marca que deixaram naqueles com quem conviveram. E essa marca influencia carreira e opções de vida de diferentes gerações de estudantes. Falo por experiência própria.

Algumas informações sobre o prêmio Bruno Lima, da página da APA na internet: (www.psych.org).

Bruno Lima Award for Excellence in Disaster Psychiatry


The Committee established the Bruno Lima Award in 1995. The award honors the memory of Bruno Lima, one of the original members of the APA’s Task Force on Psychiatric Dimensions of Disaster and initiator of the first proposal to hold a disaster workshop at the Annual Meeting. As an Associate Professor at Johns Hopkins University School of Medicine, Dr. Lima was known for his important contributions to disaster studies in South America as well as the development of critical documents relating to the care of disaster victims throughout the world through his work with the World Health Organization. His untimely death from leukemia cut short his opportunities to see his contributions to national policy on the provision of care to disaster victims come to fruition within the APA. This award supports professional values as well as encourages training among psychiatrists in the area of disaster psychiatry.

Bruno Lima Award (Lista dos agraciados pode ser vista em http://www.psych.org/disasterpsych/wbl/apabrunolima.cfm)

 

            Esse depoimento, de Erick Messias, serviu de estímulo para que recuperássemos informações sobre a trajetória de Bruno Lima em Baltimore e sua importância para a psiquiatria brasileira. Bruno era organizado, onde passava deixava um Manual para orientar outros profissionais. Ele fez isso com o Manual de Cuidados Primários em Saúde Mental aqui no Rio Grande do Sul e fez isso com um Manual para Workers in Major Disasters. Seu trabalho começou com a assistência a vítimas de um vulcão na América Central e amadureceu com as vítimas de Armero na Colômbia, onde a erupção do vulcão Nevada Del Ruiz, provocou um gigantesco deslocamento de lama que cobriu a cidade, matando, aproximadamente 22 mil pessoas. Bruno e equipe se deslocaram para Armero e atenderam os sobreviventes. Desse atendimento resultaram vários trabalhos publicados internacionalmente. Um desses trabalhos foi publicado nos Arquivos de Psiquiatria, Psicoterapia e Psicanálise da Fundação Universitária Mário Martins. Vol.I, Ano 1,  pág. 104-110, 1994. “A prevalência de sofrimento emocional entre vítimas de desastre: um acompanhamento de quatro anos”.  (Nesse trabalho os autores constataram, em 113 sobreviventes, uma prevalência inicial de 65% de problemas emocionais, dois anos depois subiu para 78% e após quatro anos baixou para 31%, mostrando uma cronificação dos quadros.)

 

Outras publicações de Bruno R.M. Lima conforme registro no Índice Bibliográfico Brasileiro de Psiquiatria ( www.biblioserver.com/walpicci).

 

   1.   Busnello, Ellis A. D.; Gomes, Roberto; Gerchman, S.; Wildt, Marco; Velasques, T.; Turkenitz, A.; Azevedo, Daniela; Averbuck, Clarice A., and Lima, Bruno R. M. O Estudo Conjunto da OMS sobre Estratégias para a Extensão dos Serviços de Saúde Mental. Rev. ABP. 1981; 3(7): 124-126.

   2.   Busnello, Ellis A. D.; Lima, Bruno R. M., and Bertolote, José M. Aspectos Interculturais de Classificação e Diagnóstico: Tópicos Psiquiátricos e Psicossociais na Vila São José do Murialdo. J. Bras. Psiquiat. 1983; 32(4): 207-10.

   3.   Busnello, Ellis A. D.; Lima, Bruno R. M., and Bertolote, José M. A Colheita de dados e seu Papel no Planejamento e Avaliação. J. Bras. Psiquiat. 1988; 37(5): 247-9.

   4.   Busnello, Ellis A. D.; Lima, Bruno R. M.; Bertolote, José M.; Gomes, Roberto, and Wildt, Marco. O Estudo Conjunto da OMS Sobre o Registro Triaxial dos Problemas de Saúde. Comunicação Preliminar. J. Bras. Psiquiat. 1983; 32(3): 151-154.

   5.   Busnello, Ellis A. D.; Lima, Bruno R. M.; Gomes, Roberto, and Bertolote, José M. Identificação e Manejo dos Doentes Mentais Crônicos num Local de Cuidados Primários em Porto Alegre, Brasil.  J.Bras. Psiquiat. 1983; 32(6): 359-363.

   6.   Lima, Bruno R. M. Intervenções preventivas e registro triaxial dos problemas de saúde no atendimento primário. Bol. Ofic.Sanitária Panam. 1987; 102(..):132-146.

   7.   Lima, Bruno R. M. Psiquiatria: Paciente ou Terapeuta. R. Psiquiat. RS. 1979; I(3,4): 7-11.

   8.   Lima, Bruno R. M.; Chavez, H.; Samaniego, N.; Pompei, Maria Silvia; Pai, S.; Santacruz, H., and Lozano, J. Disaster severity and emotional disturbance: implications for primary mental health care in developing countries. Acta. Psychiat. Scandinavia. 1989; 79(1): 74-82.

   9.   Lima, Bruno R. M. and Gaviria, Moisés. Conseqüências psicossociales de los desastres: La experiência latino americana. Hispanic American Family Center, Chicago,1989 (Monografias Clínicas 2). 1989:1-265.

10.   Lima, Bruno R. M.; Pai, S.; Lozano, J., and Santacruz, H. Screening for the psychological consequences of a major disaster in a developing country. Acta Psychiat. Scandinavia. 1987; 76(.).:561-567.

11.   Lima, Bruno R. M.; Pai, S.; Lozano, J., and Santacruz, H. The stability of emotional symptoms among disaster victims in a developing country. J. of Traumatic Stress. 1990; 3(.):497-506.

12.   Lima, Bruno R. M.; Pai, S.; Santacruz, H.; Lozano, J., and Luna, J. Screening for the psychological consequences of a major disaster in a developing country: Armero, Colombia. Acta  Psychiat. Scandinavia. 1987; 76(5):561-7.

13.   Lima, Bruno R. M.; Pai, S.; Toledo, V.; Caris, L.; Haro, JM; Lozano, J., and Santacruz, H. Emotional distress in disaster victims. J. Nerv Ment Dis. 1993; 181(6):288-393.

14.   Lima, Bruno R. M.; Pai, S.; Toledo, Virgínia; Caris, Luis; Haro, Joseph M.; Lozano, J., and Santacruz, H. A Prevalência de Sofrimento Emocional entre Vítimas de Desastres: Um Acompanhamento de Quatro Anos. Arq. Psiq.Psicot. Psicanal. 1994; 1(1):104-109.

15.   Lima, Bruno R. M.; Santacruz, H.;  Lozano, J.; Luna, J., and Pai, S. Primary mental health care for the victims of the disaster in Armero, Colombia. Acta Psiquiatr. Psicol. Am. Lat. 1988; 34(1): 13-32.

Outros trabalhos na internet:

Training Primary Care Workers in Disaster Mental Health: The Experience in Ecuador. Bruno R. Lima. 1988. 42 pp.

 

Screening for the Psychological Consequences of a Major Disaster in a Developing Country. Bruno Lima et al. 1987. 7 pp.

 

Primary Mental Health Care for Disaster Victims in Developing Countries. Bruno Lima. 1986. 7 pp.

 

Esse novo campo de atuação da psiquiatria (A Psiquiatria de Desastres), e de outros trabalhadores em saúde mental passou a ter maior visibilidade depois que tragédias de grande impacto emocional como foi o atentado de 11 de setembro, o tsunami no pacífico, a ação do furacão Katrina sobre New Orleans. Alguns endereços eletrônicos oferecem mais informações sobre esses problemas: alguns links explicativos on-line

 

Psiquiatria de desastres  http://www.psych.org/disasterpsych/

 

Premio Bruno Lima:

Ganhadores  http://www.psych.org/disasterpsych/wbl/apabrunolima.cfm

 

Regulamento do Prêmio

http://www.psych.org/disasterpsych/links/brunolimaawarddetails.cfm

 

Na busca por dados sobre a vida de Bruno Lima, contatamos alguns membros da ATM74, entre eles o Dr. Antonio Gerbase que trabalha na Organização Mundial de Saúde, em Genebra, na área de DST/AIDS e dos contatos selecionamos esse trecho de e-mail:

“Estive varias vezes com o Bruno de Junho de 1991 a Fevereiro de 1993. Passei o ano novo de 1992 a 1993 na casa do Bruno e em Março de 1993 ele se foi! Ele estava profissionalmente no auge, respeitado pelos colegas e afetuosos com os amigos. Nós nascemos no mesmo dia. mês, ano e hospital e fomos colegas de turma. Foi do Bruno o nosso discurso de formatura. Alias o único, pois a ATM 74 decidiu não ter paraninfo e homenageados. A ultima imagem, que me ficou do Bruno foi quando ele comentou sobre um filme Canadense que tinha visto sobre esquimós. Referiu-se ao fato de que seria interessante sair deste mundo caminhando sempre para o norte e, em determinado momento, sentar e esperar tudo acabar. Eu não sabia que ele já estava iniciando a caminhada”. (Gerbase)


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