Volume 11 - 2006
Editor: Giovanni Torello

 

Julho de 2006 - Vol.11 - Nº 7

História da Psiquiatria

A Guerra do Eletrochoque (ECT)

Walmor J. Piccinini

O acúmulo de aplicações, experiências e observações de inúmeros psiquiatras através dos tempos, demonstrou que a terapia eletroconvulsiva dá uma resposta que demonstra sua maior eficácia do que medicação e que seria o tratamento de escolha na depressão maior. A pergunta real é hoje: Por que não é? Por que a idéia de aplicar ECT causa um frisson entre muitos psiquiatras e pacientes, que o consideram somente como um tratamento de último recurso, em vez de ser a primeira escolha?

O título desse artigo é plasticamente assustador. Guerra em torno de uma forma de terapia? É uma pequena amostra de como a politização de uma atividade científica pode atrapalhar ou até inviabilizar sua utilização. Se falarmos numa guerra devemos nomear os contendores e o farei de uma forma bem sintética, mas prometo voltar a discuti-los no decorrer desse artigo.

A favor da eletroconvulsoterapia ou eletrochoque (ECT).

-Os pacientes que dele se beneficiaram.

-Associações de familiares de pacientes.

-Os mais importantes centros psiquiátricos universitários.

-Os psiquiatras clínicos de modo geral.

-A Associação Psiquiátrica Brasileira.

-O Conselho Federal de Medicina.

-A Associação Psiquiátrica Americana.

-O National Institute of Health.

-National Institute of Mental Health dos Estados Unidos.

-Associações Psiquiátricas pelo mundo a fora.

Contra a terapia por eletrochoque.

-O movimento hippie (geração das flores) dos anos 60.

-Ex-pacientes ativistas contra a psiquiatria.

-A Igreja da Cientologia.

-Grupos políticos predominantes de esquerda e alguns da direita. Há uma tentativa permanente de barrar o eletrochoque via legislação restritiva.

-Psiquiatras e Psicanalistas que discordam da atual orientação psiquiátrica.

-O Conselho Federal de Psicologia que mantém no seu "site" uma chamada de livro cujo título é "Eletrochoque, to fora".

Nosso próximo passo será tentar entender porque se estabeleceu esse clima de confrontação em torno de um método terapêutico eficaz, limpo, barato, sem danos ao paciente e de cobertura mundial, do mais rico ao mais pobre dos países.

Voltamos a repetir, a Eletroconvulsivoterapia, é a mais utilizada técnica de tratamento convulsivo em psiquiatria e continua sendo uma medida terapêutica eficaz. Apesar da longa experiência acumulada da sua eficácia e segurança, é um tratamento que desperta paixões extremas, prós e contra. A demonização do ECT é feita por ex-pacientes, alguns psiquiatras e ativistas de toda ordem. No Brasil, até uma entidade oficial de outra categoria profissional (CFP) condena, de maneira bem clara, esse tratamento.

O autor, psiquiatra formado nos anos 60, acompanhou toda a trajetória dessa disputa e pode dar um testemunho de suas observações. No início dos anos 60 ainda se aplicava o coma insulínico que logo foi abandonado. O Eletrochoque era utilizado de forma criteriosa na Clínica Pinel de Porto Alegre, que fora idealizada dentro dos moldes da Menninger Clinic de Topeka, Ka. Na maioria dos hospitais o ECT era aplicado em larga escala, com ou sem anestesia e não haviam os critérios, hoje bem estabelecidos de indicação do ECT. Ele pode er sido mal aplicado, utilizado como castigo, acho que sim. Como tortura de pacientes e prisioneiros, só tivemos comprovação na repressão comunista da ex-USRR.

Em 1977, ainda um jovem psiquiatra, tive a oportunidade de comparecer ao VI Congresso Mundial de Psiquiatria, fui delegado da Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul e participei de agitada Assembléia Geral que culminou com o desligamento da psiquiatria soviética da World Psychiatric Association (WPA) como conseqüência do uso político da psiquiatria contra os dissidentes políticos. Nesse Congresso foi proclamada a Declaração do Hawai que consiste em normas éticas para os psiquiatras. Vou pinçar três artigos de interesse para essa discussão:

3.O psiquiatra aspira estabelecer uma relação terapêutica baseada em acordo mútuo. Em seu nível ótimo requer confiança, confidencialidade, cooperação e respeito recíproco. Esta relação pode não ser possível com alguns pacientes, em cujo caso deve estabelecer-se contato com familiares ou pessoas indicadas. Se estabelecer uma relação com a finalidade distinta da terapêutica, como acontece por exemplo em psiquiatria forense, sua natureza deve ser cabalmente clara com as pessoas envolvidas. 

4. O psiquiatra deve informar ao paciente da natureza de sua doença, do diagnóstico proposto e dos procedimentos terapêuticos disponíveis, incluindo possíveis alternativas, e do prognóstico previsível. Esta informação deve ser oferecida com consideração e ao paciente deve-se dar a oportunidade de escolher entre os métodos adequados que estão disponíveis.

5. Não se deve realizar nenhum procedimento nem administrar-se nenhum tratamento contra ou a margem da vontade do paciente, a menos que devido a sua doença mental este não possa formar um juízo sobre o que é melhor aos seus interesses pessoais, ou quando sem esse tratamento possa dar lugar a prejuízos importantes para o paciente ou para ouras pessoas.

Na chegada a Honolulu, além do tradicional colar de flores, fomos recebidos por ativistas com panfletos de múltiplas origens, pró e contra a USRR, apelos de dissidentes políticos importantes e acusações contra o ECT. Isso já previa um congresso de intensos debates políticos. Do Congresso, além da parte científica guardei alguns momentos: 1. Uma manifestação pública contra o ECT. 2. Uma manifestação de dissidentes soviéticos famosos pedindo a condenação da psiquiatria da USRR. 3.Um dossiê da Academia soviética de Psiquiatria com a história clínica dos principais ativistas acusadores e uma surpreendente exposição de um pai cujo filho sofria com Síndrome de Tourette, e que se dispunha educar os psiquiatras, que não diagnosticavam o problema e tratavam os pacientes como esquizofrênicos.

As manifestações contra o ECT me deixaram perplexo, era a primeira vez que assistia uma demonstração pública contra a psiquiatria e não entendia o por quê. Mais tarde fui descobrindo o que estava por trás daquilo tudo. A repercussão do filme ¨Um Estranho no Ninho¨(1) e o nascente movimento antipsiquiátrico da Cientologia. Em 1950 o escritor L.Ron Hubbard escreveu um livro, Dianética. Em 1954, fundou uma religião que tem por base a dianética. Essa religião atraiu pessoas ricas e influentes e se tornou poderosa. Um dos seus objetivos é destruir a psiquiatria que consideram uma farsa. Entre seus membros mais famosos, nos dias atuais, temos o John Travolta e Tom Cruise. A Cientologia começou atacando o ECT, depois dirigiu seu poder de fogo contra o Prozac e, ultimamente ataca a Ritalina.

O congresso da WPA culminou com a Declaração do Hawai, em que os psiquiatras tomaram posição firme contra os abusos da psiquiatria e o uso punitivo da mesma.

Independentemente dos seus detratores, o uso do ECT vinha sendo criticado por muitos psiquiatras devido ao seu uso generalizado, a falta de objetividade diagnóstica e as intercorrências clínicas conseqüentes a sua aplicação.

A História da Loucura não é a História da Psiquiatria embora muitas correntes tentem distorcer o fato que a Psiquiatria nasceu de um esforço de muitos pesquisadores em tentar entender, tratar e alterar o curso da loucura e do sofrimento que ela causa. Há um sofisma repetido constantemente por historiadores, ideologicamente comprometidos, que a psiquiatria foi responsável pelo asilamento dos doentes mentais, com objetivos escusos. Daí as afirmações de que os psiquiatras eram torturadores, destruidores da mente dos insanos, foi apenas conseqüência. Não custa lembrar que os doentes já existiam antes de existir a psiquiatria. A Cena Inaugural da psiquiatria é a da libertação dos doentes mentais das correntes que os prendiam. Pinel propôs a observação, o reconhecimento dos doentes, o estabelecimento de um diagnóstico e um tratamento visando a recuperação dos que estavam afetados pelo mal. Seu tratamento moral, na verdade era assistência psicológica, cuidados humanitários, resgate da cidadania e a chance de voltar para casa. A lei de 1838, na França, foi um marco na proteção das pessoas portadoras de sofrimento psíquico, como hoje se tornou politicamente correto chama-las. A idéia de um local protegido e dedicado à recuperação não funcionou por vários motivos. Houve uma avalanche de internações, os recursos escassearam, o pessoal auxiliar foi se tornando escasso e cada vez menos preparado e as conseqüências todos já sabem. Os asilos viraram depósitos de pessoas que ninguém queria. Dentro deles foi se formando essa nova especialidade médica que chamamos psiquiatria, que passou a modificá-los de dentro para fora.. Os asilos se transformaram em hospitais, novos tratamentos surgiram, o tratamento foi levado para fora dos muros asilares e dos hospitais. As críticas a ação psiquiátrica se tornaram mais hostis e o debate incendiou-se.

A loucura já foi enfrentada com rezas, carinho, violência física, fome, técnicas brutais, psicanálise, psiquiatria biológica e medicamentos. Os resultados , as vezes, são animadores, outras vezes frustrantes, mas sempre com um objetivo em vista, minorar o sofrimento, evitar internamentos ou reduzir seu tempo de duração.

Primeiros tratamentos convulsivos em Psiquiatria

A primeira das terapias convulsivas foi iniciada em 1934, em Budapest, Hungria. O psiquiatra Ladislaus Von Meduna, M.D., hipotetizando um antagonismo entre a epilepsia e a esquizofrenia, pensou que induzindo quimicamente convulsões poderia de algum modo melhorar os sintomas psicóticos da esquizofrenia. Tentou primeiramente a cânfora, a seguir o pentylenetetrazol, que era mais solúvel e agia mais rapidamente. Meduna começou induzindo convulsões com pentylenetetrazol, um composto primeiramente introduzido como uma droga cardíaca e vendido sob o nome comercial de Cardiazol, na Europa e Metrazol nos Estados Unidos de fato, conseguiu resultados consideráveis, e unidades de tratamento foram surgindo no período que antecedeu a segunda guerra mundial em inúmeros centros na Europa. Nos Estados Unidos, instituições diferentes, como o asilo do estado da Geórgia em Milledgeville e a clínica privada de Sheppard-Pratt em Baltimore, instalaram unidades de Metrazol. ( apud Shorter)

Entre 1917 e 1938, quatro métodos de choque fisiológico foram descobertos, testados e utilizados em psiquiatria: febre, induzida pela malária, coma insulínico, (Método de Sackel) convulsões induzidas por medicamentos (cardiazol) e convulsões induzidas eletricamente (ECT). Dessas quatro, pelo menos no ocidente, só o ECT permanece como um tratamento efetivo e padrão para certas condições psiquiátricas (APA-1990).

Febre induzida pela malaria, foi utilizada para tratar a paralisia neurossifilítica (Doença de Bayle ou Paralisia Geral Progressiva).

O coma insulínico (Método de Sackel), foi utilizado para tratar a Esquizofrenia.

O Cardiazol, proposto por Von Meduna foi utilizado para causar crises convulsivas, baseado na hipótese errônea, de que epilepsia e esquizofrenia fossem incompatíveis. O choque cardiazólico era assustador, rápido e violento e contribuiu para algumas fraturas vertebrais. Mais tarde, associado a curare e escopolamina, causou menos complicações.

O Eletrochoque foi desenvolvido na Itália pelo Professor Ugo Cerletti, do qual apresentaremos algumas notas biográficas. Esse assunto pode também ser pesquisado em: (http://www.cerebromente.org.br/n04/historia/cerletti.htm).

Cerletti nasceu em Conegliano, cidadezinha situada há 120 km de Veneza, no ano de 1877. Em 1896 iniciou seus estudos médicos em Turim, dois anos depois se transferiu para Roma onde trabalhou no Laboratório de neuropatologia de Giovane Mingazzini. Formou-se em medicina em 1901. Até 1914, além do trabalho como psiquiatra clínico, freqüentava serviços psiquiátricos na Alemanha e França. Freqüentou a Clínica de Munich onde teve contato com Kraepelin Tinha uma boa reputação como investigador da arquitetura do cérebro. Depois da I Guerra Mundial foi professor em várias escolas de medicina e em 1935 tornou-se professor de psiquiatria em Roma onde se tornou chefe da Clínica para Doenças Nervosas e Mentais da Universidade de Roma.

Em 1936, reuniu no seu laboratório, três jovens residentes em psiquiatria, Fernando Accornero, Lucio Bini e Lamberto Longhi e deu a eles três tarefas de pesquisa.

Accornero devia estudar o coma insulínico, Longhi devia investigar o Cardiazol e Bini deveria estudar e desenvolver seus experimentos da aplicação de choques elétricos em cães e estudar sua aplicabilidade em humanos.( Segundo Edward Shorter - History of Psychiatry. Ed. John Wiley, 1997.pag 231):

"Os três jovens psiquiatras eram amigos inseparáveis. Trabalhavam dia e noite na Clínica de Roma e funcionavam mais como equipe, do que como pesquisadores individuais. Foi, no entanto, Lucio Bini quem descobriu que a corrente elétrica podia ser aplicada com segurança na têmpora de cães. Accornero e Bini chegaram a apresentar essas experiências em 1937 em congresso neuropsiquiátrico realizado na Suíça, mas não houve repercussão".

Quando voltaram a Roma, Cerletti tinha nova missão para eles, acompanhar a aplicação de choques em porcos, prévio a seu abate num matadouro de Roma. Essa observação teve resultados práticos, mudou o enfoque da pesquisa e com isso parou o morticínio de cães. Foi confirmado que a margem entre a convulsão e a dose letal era muito grande.

Os residentes pressionavam para experimentar em humanos, Cerletti hesitava. Se o paciente morresse, toda a responsabilidade cairia sobre ele, Cerletti.

Em 15 de abril de 1938, o comissariado de polícia encaminhou um maquinista ferroviário de 39 anos que fora encontrado vagando, em estado de confusão psicótica, pela estrada de ferro. Esse se tornou o primeiro ser humano a receber eletrochoque. Sua melhora foi transitória, mas isso já não importava. Há controvérsias quanto a datas, Thuillier relata que o paciente foi atendido em março de 1938 e que em 15 de abril Cerletti comunicou ao meio científico a descoberta. O trabalho foi publicado em 1938 no número 19 da revista Arch. Gen. Di neurol.psiquiat e psicoanal. E os autores eram Ugo Cerletti e Lucio Bini. Um dos alunos de Cerletti, Lothar Kalinovsky se encarregou em difundir a novidade em Londres e depois a levou para os Estados Unidos da América. Apesar da guerra, que explodiu em 1939, o Eletrochoque logo foi adotado em todas as nações. No Brasil, o primeiro trabalho sobre o assunto apareceu em 1941. O professor Antonio Carlos Pacheco e Silva publicou o artigo "O Eletrochoque no tratamento das doenças mentais" no Boletim da Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro em 1941. No mesmo ano o Dr. Jose Carlos Fernandes Bastos apresentou sua Tese de Docência com o título de "Contribuição clínica para o estudo da convulsoterapia aplicada aos distúrbios mentais não esquizofrênicos" seu enfoque, no entanto, era sobre o método de Meduna. Em 1942 aparecem os trabalhos de Iracy Doyle e Nelson de Toledo Ferraz. No seu livro sobre a História da Psiquiatria no Rio Grande do Sul, sem uma data precisa, mas nos anos 40, registra que o Dr. Murilo da Silveira montou o primeiro aparelho de eletrochoque no Hospício São Pedro. Refere ainda que o "iminente psiquiatra americano, Kalinovsky, elogiou o feito. Na cronologia da intodução dos métodos biológicos em Porto Alegre, Jacinto Godoy escreve que, a malarioterapia foi introduzida em 1929, a insulinoterapia em 1938, e o eletrochoque nos anos 40. Há um registro da introdução da penicilina em 1944, para o tratamento da neurosifilis. O choque por cardiazol não foi muito popular entre os gaúchos.

Uma outra fone de dados pode ser encontrada em:The History of Shock Therapy in Psychiatry http://www.cerebromente.org.br/n04/historia/shock.htm Renato M.E. Sabbatini, PhD

Edward Shorter publicou um curto artigo sobre o ECT em Psychiatric times (2004), do qual extraímos essa o seguinte:

"Numa das poucas contribuições italianas para a psiquiatria moderna, o professor de psiquiatria Ugo Cerletti, M.D., inspirado pelo bem sucedido de uma crescente lista de distúrbios físicos de (incluindo febre, sono profundo e coma insulínico) resolveu induzir convulsões aplicando a eletricidade diretamente ao cérebro. Como Meduna, ele e seu assistente Lucio Bini selecionaram pacientes com esquizofrenia para suas experimentações e tiveram um registro de sucesso apreciável (Cerletti, 1950). Suas publicações criaram o maior agito no meio psiquiátrico. Em maio de 1940, o psiquiatra Douglas Goldman de Cincinnati, fez uma apresentação do ECT na reunião anual da associação psiquiátrica americana (Curto, 1997). A terapia de Electroconvulsiva se espalhou rapidamente e ganhou grande popularidade, e logo os manuais começaram a ser publicados.

Em 1941, Lucie Jessner, M.D., do Massachusetts General Hospitale Gerard Ryan, M.D., da Universidade de Harvard publicaram "O Tratamento de Choque em Psiquiatria: um manual" A introdução foi escrita por Harry Solomon, M.D., chefe da pesquisa no então Boston Psychopathic Hospital (depois chamado Massachusetts Mental Health Center).

Em 1944, William Sargant, M.D., e Eliot Slatter, M.D., do hospital de Maudsley em Londres, figuras destacadas da psiquiatria inglesa, publicaram An Introduction to Physical Methods of Treatment in Psychiatry. Em 1946, Lothar Kalinowsky, M.D., que foi fundamental na divulgação do ECT nos Estados Unidos, e Paul Hoch, juntos escreveram Shock Treatment and Other Somatic Procedures in Psychiatry. Assim, figuras influentes participaram na divulgação do novo tratamento.

As forças armadas dos Estados Unidos fizeram largo uso do ECT durante a segunda guerra mundial, e pelos anos 1950s, ECT tinha se tornado o tratamento padrão para a depressão hospitalar, aceita como uma coisa natural na psiquiatria dos Estados Unidos e da Europa. A ascensão de ECT na Psiquiatria é uma das histórias grandes do sucesso da disciplina. A técnica foi aos poucos sendo modificada. Em 1940, o curare foi introduzido para moderar a força das convulsões sobre as vértebras, e o succinylcholine foi introduzido em 1952. No início dos anos de 1940s, tornou-se comum a anestesia dos pacientes com injeções de barbitúricos. Em 1949, Goldman introduziu ECT unilateral, colocando o elétrodo sobre o hemisfério direito a fim evitar as áreas do discurso. Abrams e Alfaiate (1976) introduziram ECT bi frontal movendo os elétrodos para frente sobre a testa. Nos 1950s, um paciente hospitalizado por depressão tinha uma excelente possibilidade de receber ECT, e uma possibilidade ainda maior de beneficiar-se dele. Então de repente, uma página foi virada, e o ECT desapareceu da psiquiatria. No treinamento psiquiátrico de 1960 a aproximadamente 1980, o ECT, virtualmente desapareceu. Porque ocorreu este desaparecimento repentino de uma terapia segura e eficaz é um dos enigmas da historia da psiquiatria.

O que parece ter acontecido foi uma combinação da hostilidade da contracultura dos anos 60s-contra o ECT, junto com a recepção entusiástica da novela antipsiquiátrica de Ken Kesey, One Flew Over the Cuckoo's Nest,, publicado em 1962. Não há nenhuma dúvida que a geração das flores era hostil à psiquiatria no geral e ao ECT no particular. O importante livro do sociólogo Erving Goffman, Asylum, publicado em 1961, faz uma referência crítica "ao tratamento choque." Ainda, a literatura antipsiquiátrica dos 1960s foi escrita pela maior parte por intelectuais. Além disso, a campanha sistemática da igreja de Scientology de encontro a ECT naqueles dias teve um grande impulso.

O filme de Milos Forman, de 1975, baseado na nove de Ken Kesey, teve um efeito de choque no público. A novela e o filme misturaram o ECT com a lobotomia de uma forma negativa e que depois disso, ninguém iria querer cair nas engrenagens da psiquiatria. O filme foi o maior sucesso dos estados unidos na época. O epicentro da hostilidade pública ao ECT ocorreu entre os 1970s e os 1980s. Antes dos 1970s, virtualmente nada foi escrito na imprensa popular em ECT. Então uma onda dos ataques começou na metade da década de 1970s e nos meados de 1980s no procedimento, tendo por resultado uma lei 1974 contra o ECT na Califórnia. No retrospecto, é realmente um espanto que um procedimento médico de valor para àqueles que sofrem de uma doença grave seja colocado como fora da lei, no interesse de proteger os pacientes da prática da psiquiatria em si.

Nas páginas da internet encontramos observações como essa, destacam uma psiquiatra famosa por seu trabalho com os pacientes e demonizam a eletroconvulsoterapia.

Maria Eduarda Mattar http://www.lainsignia.org/2005/marzo/cyt_008.htm
Rits. Brasil, março de 2005.

"Egas Moniz, que ganhou o prêmio Nobel, tinha inventando a lobotomia. Outras novidades eram o eletrochoque, o choque de insulina e o de cardiazol. Fui trabalhar numa enfermaria com um médico inteligente, mas que estava adaptado àquelas inovações. Então me disse: 'A senhora vai aprender as novas técnicas de tratamento. Vamos começar pelo eletrochoque.' Paramos diante da cama de um doente que estava ali para tomar eletrochoque. O psiquiatra apertou o botão e o homem entrou em convulsão. Ele mandou levar aquele paciente para a enfermeira e pediu que trouxessem outro. Quando o novo paciente ficou pronto para a aplicação do choque, o médico me disse: 'Aperte o botão.' E eu respondi: 'Não aperto.' Aí começou a rebelde."*

E foi quando não apertou o botão do eletrochoque que Nise da Silveira começou - com sua rebeldia - uma revolução. Mudou de forma definitiva o tratamento psiquiátrico que se fazia no Brasil da década de 40 - e influenciou a psiquiatria do país até os dias de hoje.

Segundo alguns autores, a associação de eletroconvulsoterapia com cadeira elétrica tornou mais difícil a aceitação do tratamento nos Estados Unidos, onde a cadeira elétrica foi inventada. O tema é utilizado como forma humorística em alguns blogs, mas a associação negativa existe.

http://eletrochoque.blogspot.com/

Para melhorar a imagem do Ect, o Instituto de Psiquiatria da USP publica um questionário com perguntas e resposttas, procurando esclarecer a poupulação. Acho importante publicá-lo, mesmo que torne ese artigo muito longo.

O Eletrochoque não é um tratamento ultrapassado ?

Muitas pessoas ficam surpresas quando descobrem que ainda se faz eletrochoque na atualidade. Infelizmente, há um grande desconhecimento por parte de muitos e um preconceito por parte de alguns a respeito da eletroconvulsoterapia (antigamente conhecida como eletrochoque). Correntes do tipo " antipsiquiatria" insistem em criticar os procedimentos psiquiátricos, correndo-se o risco de privar os pacientes de tratamentos adequados e humanos. A eletroconvulsoterapia (ECT) foi o primeiro tratamento comprovadamente eficaz para transtornos psiquiátricos. Surgiu no final dos anos trinta (enquanto que as principais medicações psiquiátricas surgiram nos anos cinqüenta) como um possível tratamento para a esquizofrenia (ver HISTÓRICO ). Contudo, com o passar do tempo, observou-se que era muito mais eficaz para o tratamento da depressão. Com o surgimento das medicações, pensou-se que a ECT viria a se tornar obsoleta (como aconteceu com outros tipos de tratamento como a insulinoterapia e a indução de febre malárica). No entanto, após a difusão do uso de medicações, observou-se que estas possuíam várias limitações (longo tempo para o início da ação, efeitos colaterais) e que, em alguns casos não eram capazes de remitir o quadro. Após um tempo de declínio no uso da ECT, este foi retomado e a técnica bastante aprimorada. Surgiram aparelhos modernos que permitem um controle preciso da carga fornecida, introduziu-se a anestesia geral com relaxamento muscular e oxigenação, além de monitorização detalhada das funções vitais durante o tratamento. Nos Estados Unidos, aproximadamente 50.000 pessoas por ano recebem tratamentos com ECT. Taxas semelhantes ocorrem em outros países desenvolvidos. No Brasil não há estatísticas a respeito do seu uso.

 O eletrochoque não é um tratamento agressivo ?

Deve-se esclarecer o que se entende por "agressivo". Em geral se faz referência a certo grau de "invasão" do procedimento no corpo do paciente. Nesse sentido, procedimentos como cirurgias gerais e neurocirurgias são tratamentos podem ser chamados "agressivos". Em comparação com estes procedimentos médicos, a ECT é muito menos "agressiva", pois, como nas cirurgias, os pacientes recebem o "choque" sob anestesia e, de forma diferente das cirurgias, não há seqüelas ou cicatrizes, havendo uma recuperação total.

 

  O eletrochoque não é uma punição ?  

O choque elétrico já foi utilizado de forma errada. Outros procedimentos médicos e odontológicos também já foram utilizados para fins escusos (basta citar a tortura, por exemplo). Infelizmente, técnicas boas e terapêuticas sempre correm o risco de ser utilizadas para o mal. Na atualidade, a utilização de conhecimentos médicos (incluindo as técnicas de ECT) para outros fins que não o terapêutico é considerada um crime que deve ser punido conforme a legislação.

  O eletrochoque não é um tratamento para pessoas loucas e violentas ?   Como já explicado anteriormente, a principal utilidade da ECT é nos transtornos depressivos. Nestes, os pacientes não estão nem "loucos" nem " violentos". Pelo contrário, as suas funções psíquicas estão lentificadas e o seu comportamento "calmo em excesso". Alguns pacientes vulgarmente chamados "loucos" (tecnicamente chamados "psicóticos", ou seja, que apresentam alucinações e delírios) podem também se beneficiar com o tratamento com ECT. Comportamentos violentos não são, comumente, uma indicação para o uso da ECT.  

O eletrochoque não queima o cérebro?

Deve-se ter em mente que a técnica para a utilização da ECT evoluiu muito nos últimos anos. Continuando com a comparação com outros procedimentos médicos, não se pode comparar uma cirurgia que é realizada atualmente com a que era realizada há 50 anos atrás. No caso da ECT, os aparelhos utilizados inicialmente forneciam cargas freqüentemente muito acima do que era necessário. Além disso, não se utilizava anestesia nem oxigenação. Por este motivo, alguns pacientes tinham crises muito longas e corriam o risco de sofrer uma anóxia (diminuição da quantidade de oxigênio ) cerebral, possivelmente com lesão. Na atualidade este risco é inexistente e todas as pesquisas sobre o assunto comprovam que não há nenhum tipo de lesão permanente do cérebro.

O eletrochoque não dói ?  

Para se evitar qualquer tipo de dor é utilizada a anestesia geral de curta duração (pois o tratamento dura poucos segundos). Para que se obtenha a convulsão, a carga deve ter uma intensidade suficiente para atingir o que se chama limiar convulsivo. Este limiar varia muito de pessoa para pessoa, sendo que alguns precisam de cargas maiores e outros, menores. Caso, em uma aplicação, não se atinja a carga suficiente, haverá o que se chama "crise frustra". Se não estivesse sob efeito de anestesia, o paciente sentiria dor quando houvesse uma "crise frustra".

Publicações Brasileiras sobre ECT

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2. Alakija, George and Cordeiro, Eliezer Holanda. Eletrochoque e Prurido. Rev. Neurobiologia, Recife. 1952; 15(2): 89-96.

3. Alexandre, Humberto and Garcia, J. Alves. Modificação na técnica de convulsoterapia elétrica. J.Bras.Psiquiat. 1948; 5(1):214-229.

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Notes: Publication Type: Letter

5. Almeida, Osvaldo Pereira de; Lafer, Beny; Gentil Filho, Valentim, and Gronich, Gary. 50 anos de ECT: do choque a seco ao tratamento otimizado. J. Bras. Psiquiat. 1988; 37(5): 233-40.

6. Alvarenga, Pedro Gomes de and Rigonatti, Sérgio Paulo. Olanzapine and ECT combined therapy in a refractory catatonic subtype schizophrenia patient with previous neuroleptic malignant syndrome episodes. Rev. Psiquiatr. RS. 2005; 27(3):324-327.

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8. Alves, Carlos Eduardo; Fontenelle, Leonardo F.; Cruz, Bruno, and Brasil, Marco Antônio Alves. Características clínicas e demográficas de um grupo de pacientes em uso de eletroconvulsoterapia. J. Bras. Psiquiat. 2005; 54(2): 90-93.

9. Araújo, Humberto Vicente de; P.Neto, Francisco Rodrigo; Chaves, Carmésia C. B.; Oliveira, Rivando R.; Almeida, Hermano José F.; Lucena, Ricardo Jorge M., and Andrade Filho, Epitácio de. Concepções sobre utilização de eletroconvulsoterapia por psiquiatras do nordeste brasileiro. Rev. CCS. 1990; 12(1): 69-72.
Notes: Centro de Ciências da Saúde- UFPB

10. Azi, Lorena de Almeida; Dalgalarrondo, Paulo, and Botega, Neury José. Eletroconvulsoterapia: estudo retrospectivo de 50 casos no HC-UNICAMP. J. Bras. Psiquiat. 1999; 48(11): 493-498.

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12. Bastos, Fernando de O. A terapêutica pelo eletrochoque. São Paulo Médico. 1943; 1-32.

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14. Bolner, Ane Rose; Hoffmann Filho, Conrado Roberto, and Machado, Sérgio C. E. P. Eletroconvulsoterapia: indicações, contra-indicações e resultados. Rev. AMRIGS. 1987; 31(1): 71-5.

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Notes: comentário de artigo

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Notes: PCd

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Notes: Relato de Caso

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De 1941 até 1960 tivemos 14 artigos sobre o tema.

De 1961 até 1980 nenhum artigo.

De 1980 até os dias atuais tivemos 74 trabalhos sobre a eletroconvulsoterapia. Esse fato corobora com a observação de Shorter, que no período de 60 a 80, o ECT esteve sumido da atividade psiquiátrica e, principalmente da formação psiquiátrica. Psiquiatras que se formaram nesse período tiveram muita dificuldade de aprender um tratamento carregado de preconceito e oposição ferrenha. Mérito para alguns bravos professores de psiquiatria que resolveram enfrentar o obscurantismo. Sem querer cometer injustiça, mas certamente o fazendo, pois sempre algum nome fica de fora, resolvi destacar os nomes de Valentin Gentil Filho, Ellis Busnello, Sérgio Paulo Rigonatti e Marco Antônio Alves Brasil. Os nomes dos que não foram relacionados podem ser encontrados na bibliografia apresentada anteriormente. Um outro fato a destacar é a resolução do Conselho Federal de Medicina sobre a Eletroconvulsoterapia

RESOLUÇÃO CFM Nº 1.640/2002

Dispõe sobre a eletroconvulsoterapia e dá outras providências.

O Conselho Federal de Medicina no uso das atribuições que lhe confere a Lei nº 3.268, de 30 setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.405, de 19 de julho de1958, e

CONSIDERANDO que a Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, assegura os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental sem qualquer forma de discriminação;

CONSIDERANDO que as Resoluções CFM nº 1.408, de 8 de junho de 1994, e nº 1.598, de 9 de agosto de 2000, versam sobre a assistência aos pacientes psiquiátricos e visam salvaguardar os princípios ético-profissionais no atendimento aos portadores de transtornos mentais;

CONSIDERANDO que a Resolução CFM nº 1.627, de 23 de outubro de 2001, define o ato profissional do médico;

CONSIDERANDO as Resoluções CFM nº 1.363, de 22 de março de 1993, e nº 1.409, de 14 de junho de 1994, que normatizam, respectivamente, os procedimentos exercidos pelos médicos anestesiologistas e pelos médicos que praticam atos cirúrgicos e/ou endoscópicos em regime ambulatorial;

CONSIDERANDO a Resolução CFM nº 1.246, de 8 de janeiro de 1988, que aprova o Código de Ética Médica;

CONSIDERANDO o Parecer CFM nº 43/2001, de 21 de novembro de 2001, acerca do Projeto de Lei nº 4.901/2001, de autoria do sr. deputado federal Marcos Rolim, que propõe a regulamentação restritiva da eletroconvulsoterapia e dá outras providências;

CONSIDERANDO a necessidade de se instituir normas relativas ao procedimento da eletroconvulsoterapia, estabelecendo indicações e condições técnicas em que deve ser realizado;

CONSIDERANDO o que foi decidido pela Câmara Técnica de Psiquiatria e aprovado em Sessão Plenária do Conselho Federal de Medicina, realizada em 10.7.02;

RESOLVE:

Art.1º - A eletroconvulsoterapia (ECT), como método terapêutico eficaz, seguro, internacionalmente reconhecido e aceito, deve ser realizada em ambiente hospitalar.

Art. 2º - O emprego da eletroconvulsoterapia é um ato médico, o que faz com que sua indicação, realização e acompanhamento sejam de responsabilidade dos profissionais médicos que dela participarem.

Art. 3º - O consentimento informado deverá ser obtido do paciente, por escrito, antes do início do tratamento.

Parágrafo primeiro - Nas situações em que o paciente não apresentar condições mentais e/ou etárias necessárias para fornecer o consentimento informado, este poderá ser obtido junto aos familiares ou responsáveis pelo mesmo.

Parágrafo segundo - Nas situações em que não houver possibilidade de se obter o consentimento informado junto ao paciente, sua família ou responsável, o médico que indicar e/ou realizar o procedimento tornar-se-á responsável pelo mesmo, devendo reportar-se ao diretor técnico da instituição e registrar o procedimento no prontuário médico.

Art. 4º - O médico investido na função de direção deverá assegurar as condições necessárias e suficientes para a realização do procedimento, tais como: instalações físicas, recursos humanos, aparelhagem e equipamentos tecnicamente adequados.

Art. 5º - A avaliação do estado clínico do paciente antes da eletroconvulsoterapia é obrigatória, em especial as condições cardiovasculares, respiratórias, neurológicas, osteoarticulares e odontológicas.

Art 6º - A eletroconvulsoterapia só poderá ser realizada sob procedimento anestésico seguindo as orientações constantes na Resolução CFM nº 1.363/93.

Art. 7º - O tratamento só poderá ser realizado em local que assegure a privacidade.

Art. 8º - Os aparelhos de ECT a serem utilizados deverão ser, preferencialmente, máquinas de corrente de pulsos breves e com dispositivo de ajuste da corrente.

Parágrafo único - As máquinas de corrente de ondas sinusoidais e com dispositivos de ajuste da voltagem deverão ser progressivamente substituídas pelas supracitadas.

Art. 9º - A eletroconvulsoterapia tem indicações precisas e específicas, não se tratando, por conseguinte, de terapêutica de exceção.

Parágrafo primeiro - Suas principais indicações são: depressão maior unipolar e bipolar; mania (em especial, episódios mistos e psicóticos); certas formas de esquizofrenia (em particular, a forma catatônica), certas formas agudas e produtivas resistentes aos neurolépticos atuais; transtorno esquizoafetivo; certas condições mentais secundárias às condições clínicas (estados confusionais e catatônicos secundários aa doenças tóxicas e metabólicas); certas formas de doença de Parkinson; pacientes que apresentam impossibilidade do uso de terapêutica psicofarmacológica.

Parágrafo segundo – O uso da eletroconvulsoterapia em crianças e adolescentes até 16 anos deverá ser evitado, salvo em condições excepcionais.

Art. 10º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília-DF, 10 de julho de 2002.

EDSON DE OLIVEIRA ANDRADE
Presidente

  RUBENS DOS SANTOS SILVA
Secretário-Geral

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Thuillier, Jean. El Nuevo Rostro de la Locura. 1981, Ed. Planeta. Barcelona, Espanha.

(1) Sobre o filme de Milos Forman

One Flew Over the Cuckoo's Nest ( Um Extranho no Ninho

O filme conta a história de McMurphy (Jack Nicholson) que escapa do trabalho de uma prisão agrícola fingindo loucura, e descobre que terminou num regime mais repressivo que a prisão que deixara para trás. Os outros homens, seja sadios ou insanos eram como ele, se escondiam nas enfermarias fechadas para fugir da lei, das suas famílias ou de desespero por suas próprias vidas. McMurphy resolve agitar o ambiente e acabar com a monotonia, inventa jogos, pilhérias e excursões, mas recebe uma dura oposição da enfermeira chefe, Mildred Ratched (Louise Fletcher), armada pelo sistema com medicação e eletrochoque para manter o controle. Quando a enfermeira descobre que

McMurphy contrabandeou duas mulheres para dentro da enfermaria, ela ameaça contar para a mãe de um jovem paciente Billy (Brad Dourif). Billy se suicida e um enraivecido

McMurphy, tenta estrangular Ratched. McMurphy é lobotonizado e retorna para a enfermaria onde é aliviado do sofrimento pelo amigo índio que o mata e depois escapa.

O estranho no ninho é um poderoso filme anti-psiquiátrico. Ironicamente, ele foi feito após o movimento de desinstitucionalização e numa época que o eletrochoque estava em declínio e não se usava lobotomia. O filme foi baseado na tradução dos estudos de Michel Foucault sobre prisão e loucura e refletia a desilusão da sociedade com certos tratamentos psiquiátricos que tinham muita aceitação 20 anos antes.


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