Volume 9 - 2004
Editor: Giovanni Torello

 

Maio de 2004 - Vol.9 - Nº 5

História da Psiquiatria

A Psiquiatria Brasileira e o ano de 1965

Walmor J. Piccinini

Quando penso na psiquiatria dos anos 60 tenho a nítida impressão que ela estava em grande ebulição criativa. Examinando objetivamente a produção científica daqueles anos vou tendo que repensar muitas idéias. De repente me dou conta que eu vivia uma época extremamente produtiva da minha vida pessoal e, talvez esse fato me fizesse olhar para o que acontecia à minha volta com o mesmo entusiasmo. Estudante de medicina, trabalhando na Clínica Pinel de Porto Alegre sentia muito orgulho do trabalho que era realizado sob a liderança de Marcelo Blaya. A idéia de estar revolucionando o atendimento hospitalar psiquiátrico no país aos poucos ia fazendo parte do nosso imaginário. Unidades mistas, comunidade terapêutica, equipe psiquiátrica, hospital-dia, hospital-noite, hospital de orientação psicodinâmica, grupos operativos, acompanhamento por ATs, tudo era novidade. Jovens médicos vinham de diferentes partes do país para receber essa nova formação psiquiátrica. Unidades similares eram abertas em outras partes do país. Soma-se isso o fato de estar me formando no ano de 1965 e fazendo a opção pela psiquiatria.

A democracia vivida dentro de um hospital psiquiátrico contrastava com o mundo real em que os apertos da ditadura iam progressivamente interferindo na vida dos brasileiros. As reuniões comunitárias, os grupos as discussões clínicas intra-hospital, contrastavam com as limitações associativas e as cassações de opositores. Vivíamos o segundo ano da ditadura, as publicações científicas atravessavam momentos de dificuldade. O Jornal Brasileiro de Psiquiatria publicou apenas duas revistas no ano. Volume 14; (1 e 2) e Volume 14; (3 e 4). Os artigos eram divididos, metade sobre grupoterapia analítica e a outra metade sobre novos medicamentos. No número 1 de 1965 aparecia pela primeira vez no JBP, nome de um jovem pesquisador, bolsista do CNPQ. J.Romildo Bueno, descrevendo a sua experiência com um novo neuroléptico, o Triperidol.

Além dos trabalhos que relacionaremos mais adiante, alguns acontecimentos merecem registro. Em 26 de julho de 1965 foi fundada a Associação Catarinense de Psiquiatria, filiada à do Estado da Guanabara. Seu primeiro presidente foi o Dr. José Tavares Iracema e tinha como coordenador científico o Dr. Antônio Santaella. Em 11 de setembro de 1965 foi fundada a Associação Brasileira de Medicina Psicossomática cujo primeiro presidente foi o Dr. Danilo Perestrello. Nessa associação predominavam os analistas, alguns clínicos e raros psiquiatras.

No JBP encontramos um artigo do Dr. J. Caruso Madalena que na época era o mais respeitado pesquisador no que se relacionava a novas drogas. “Considerações sobre os Ensaios Clínicos e sua situação em psiquiatria”.

Conferência do Professor José Leme Lopes sobre “A Psiquiatria e o Velho Hospício publicado no primeiro número do JBP de 1965 retrata com a verve característica desse nobre professor, que neste ano em outubro completa cem anos do seu nascimento, a história do prédio do Hospício Pedro II. Descreve desde a compra do terreno até sua construção e inauguração, os primeiros pacientes. Termina descrevendo sua deterioração, desativação e posterior restauração e reinauguração como sede da Universidade do Brasil. “Do Hospício à Universidade - uma trajetória que poderá servir de lema para outras campanhas.”

Nesse mesmo ano, Nelson Pires lançou seu livro “Clínica Psicossomática”.O Professor Luiz Cerqueira publicou “Pela Reabilitação em Psiquiatria”, um das mais interessantes contribuições desse grande propagador de uma psiquiatria social. O Dr. David Azoubel Neto defendeu doutorado em Psiquiatria na Fac. De Medicina de Ribeirão Preto com o trabalho “Contribuição ao estudo epidemiológico do alcoolismo.

Naquela época eram raras as teses de doutorado, eram mais comuns as de livre-docência.

Os gaúchos tiveram um hiato em suas revistas e publicaram seus artigos, principalmente na Revista de Neurobiologia e em O Hospital.

As publicações ficaram assim distribuídas nas principais revistas:

Jornal Brasileiro de Psiquiatria (18 artigos);.

Neurobiologia (16 artigos);.

Revista Psiquiatria (11);.

O Hospital (9);.

A Folha Médica (4).

Os demais artigos ficaram distribuídos na demais publicações.

No Índice Bibliográfico Brasileiros de Psiquiatria registramos 90 referências bibliográficas que colocamos a seguir

Bibliografia Brasileira de 1965

1. Alencastro, G. G. Uso clínico da benzodiazepinona - resultados observados num grupo de 50 pacientes. Vita Med (Rio De Janeiro). 1965; 12(3):73-76.

2. Andrade, Oswald M. Furto como expressão de imaturidade emocional. Revista De Psiquiatria. 1965; 4(7):38-44.

3. Andrade, Oswald M. and Moraes, Talvane M. de. Incidência de alcoolismo no pronto-socorro psiquiátrico da Zona Sul (Hospital Pinel do S.N.D.M.). Rev.Bras.De Saúde Mental. 1965; 1:1-20.

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5. Araújo, Deusdedit. Psicologia da velhice. Rev.Bras.De Saúde Mental. 1965; 9(1):89-96.

6. Arruda, Elso. Comunidade Terapêutica do Ponto de Vista Antropológico. Revista De Psiquiatria. 1965; 4(8):106-114.

7. Azoubel Neto, David. Contribuição para o estudo epidemiológico do alcoolismo. Ribeirão Preto . Tese De Doutorado-Fac.Med. Ribeirão Preto-USP. 1965.

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9. Barbosa, Oscar; Groisman, M., and Vianna Filho, Ulysses. Notas preliminares sobre a investigação de um novo antiepiléptico (G.32883). J.Bras.Psiquiat. 1965; 14(1-2):5-22.

10. Bastos, Fernando de O.; Cesarino, Antônio Carlos; Carvalho, Henrique M., and Martins, Clóvis. A tioridazina no tratamento das desordens mentais. Ensaio Terapêutico. Bol. Clin. Psiquiat. FMUSP . 1965; 4:213.
Notes: Idem Rev. O Hospital, 70 (3); 679-90, 1966

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12. Blay Neto, Bernardo. Chegada de um novo integrante no grupo. J.Bras.Psiquiat. 1965; 14(3-4).

13. Blaya, Marcelo and Albuquerque Manoel A. A Residência como fator Fundamental na Formação de Psiquiatria. Rev.Neurobiologia, Recife. 1965; 28(3):208-216.

14. Braz, G. Nossa experiência com o emprego da iproniazida em psiquiatria. J. Bras. Psiquiat. 1965; 14(1,2):81-92.

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18. Cardo, Walter Nelson; Carvalho, Henrique M.; Fortes, J. R. Albuquerque, and Gonçalves, Jayme. Haloperidol em doenças mentais; contribuição clínica. Arq.De Neuro Psiquiatria. 1965; 23(1):37-44.

19. Cardoso, Evandro. Como analisar esquizofrenicos diante do Teatro-Sexo-Afeto. Salvador,BA. Edit Artes Gráficas. 1965.

20. Cardoso, Evandro. Da Psicologia à Psiquiatria. Feira De Santana,BA. Ed. Radamé. 1965; 1-174.

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52. Madalena, J. Caruso. A impressionante ação euhípnica do Ro 4-5360( Nitrazepam) em relação ao fenobarbital. Avaliada pelo método da análise sequencial. Rev. O Hospital. 1965; 67(2):293-298.

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Notes: Idem. Rev. C.E. Galba Velloso (BH), 1(2): 33-34,1970

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85. Velloso, Fernando M. and Paprocki, Jorge.. Ensaios clínicos com um novo tensiolítico do grupo das benzodiazepinas (WY 3498). São Paulo, Ed. Publ. F.Wyeth. 1965.

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90. Zimmermann, David et al. Observações clínicas com o Anatensol em pacientes psiquiátricos agudos. Rev.Bras.Med. 1965; 22:48.

Nós temos tentado comparar as publicações brasileiras com o american Journal e os Archives of General Psychiatry. Vamos voltar a essa comparação mais adiante, no momento apenas citaremos alguns pontos. Os Archives ainda mantinham uma linha psicodinâmica e chamam a atenção os debates entre os analistas defensores de uma posição mais clássica da psicanálise e os que defendem e aceitam a psicoterapia psicanalítica. No vol.12 (1) tem um trabalho de Roy Ginker sob o título “Identity or Regression in American Psychoanalysis”. No artigo o autor critica ponto por ponto as idéias de Maxwell Gittelson expressadas no artigo “The Identity Crisis of Psychoanalysis”. Gittelson defende uma psicanálise sem concessões. Considera a Psicoterapia Psicanalítica um erro e faz afirmações bem radicais do tipo. A psicanálise não depende do meio cultural onde está inserida ou uma mais difícil de entender a luz dos dias atuais que é a seguinte:”Psychiatry is not science - psychoanalysis is a basic science of individual psychology”.

Um outro artigo interessante foi apresentado por Franz Alexander e Sheldon T. Selesnick. “Freud-Bleuler Correspondence”. Nas cartas trocadas Freud tenta sem sucesso evitar o desligamento de Bleuler do movimento psicanalítico. Bleuler alegava que não podia pertencer a uma entidade que desligava seus membros por divergência de opinião. Freud entendia que ele não queria se indispor com psiquiatras alemães queeram muito críticos em relação a psicanálise. A oportunidade desse artigo tem relação com as críticas que Alexander vinha sofrendo por suas idéias de experiência emocional corretiva, que nada mais era que uma psicoterapia de apoio. Um artigo que depois veio a ter importância foi o de William K.Zung.”A Self-Rating Depression Scale”.

Um últimoregistro é sobre a publicidade encontrada nas páginas dos Archives: Miltown e Meprospan 400, era anunciados como importantes ansiolíticos. Pouco tempo depois,o Mebrobamato que era a substância anunciada, foi retirada do mercado pelos intensos efeitos aditivos. A Ritalina era anunciada para a fadiga crônica, ninguém pensava em distúrbios de atenção.


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